Percebi pela televisão que Sócrates "escreveu" ontem um artigo no Público a defender a sua maravilhosa e musculada intervenção "estratégica" na PT. Ao que o Público chegou! Hoje foi a vez de Guilherme Oliveira Martins, o factotum regimental, vir defender a mesma coisa, juntando-se à gloriosa patrulha patrioteira que junta demasiada gente previsível. Entende-se. A PT - como a EDP, a GALP, a Caixa e, com este PS, o BCP - passaram a ser "estratégicos", não para o país, mas para os ornamentos que o pastoreiam em alternância "democrática". O que dirão (porque fazer, não fazem nada) quando forem humilhados para a semana? Todavia, mais relevante que esta "conversa em família", é o desemprego. Cresceu em Maio para onze por cento, e é presentemente um dos mais elevados da Europa. Por isso, quando o "cronista" Sócrates, com aquele sorriso lamentavelmente irresponsável, vem jubilar os satisfeitinhos consigo próprios (como ele e os ilusionistas que ele criou), já só dá vontade de vomitar.
Adenda: «É uma questão de honra. Honra Nacional, porque são os interesses essenciais que estão em causa.» Já a Expo 98, o Euro 2004 e o Barroso em Bruxelas foram "honras nacionais". Esta visão panteónica da pátria tem-nos levado muito longe, não tem?
Adenda2: «A PT é o retrato eloquente de um regime que apodrece à vista do mundo inteiro. Digo regime porque os governos não actuaram sozinhos.»
Adenda3: «O governo PS voltou a abortar um negócio da PT. Há uns meses, o eng. Sócrates meteu o bedelho entre a PT e a TVI, não porque esse negócio seria ruinoso para os cofres do Estado – mas ruinoso para o bom nome do PS. (...) Os partidos do regime sabem que o poder é transitório. Por isso interessa conservar os poleiros para quando chegar a hora dos seus rapazes.»
Adenda4: «O PS é que corre para o abismo sem parar.»
Adenda: «É uma questão de honra. Honra Nacional, porque são os interesses essenciais que estão em causa.» Já a Expo 98, o Euro 2004 e o Barroso em Bruxelas foram "honras nacionais". Esta visão panteónica da pátria tem-nos levado muito longe, não tem?
Adenda2: «A PT é o retrato eloquente de um regime que apodrece à vista do mundo inteiro. Digo regime porque os governos não actuaram sozinhos.»
Adenda3: «O governo PS voltou a abortar um negócio da PT. Há uns meses, o eng. Sócrates meteu o bedelho entre a PT e a TVI, não porque esse negócio seria ruinoso para os cofres do Estado – mas ruinoso para o bom nome do PS. (...) Os partidos do regime sabem que o poder é transitório. Por isso interessa conservar os poleiros para quando chegar a hora dos seus rapazes.»
Adenda4: «O PS é que corre para o abismo sem parar.»
6 comentários:
Falta a OPA da Sonae. Hoje o PM está na Autoeuropa, que é um "investimento estratégico" dos Alemães que faz carros portugueses e traz grandes notícias para o emprego nacional (Sócrates dixit): 300 novos empregos. E claro, a Autoeuropa vende mais 100.000 carros por causa de Sócrates e não da procura nos stands da europa e do mundo. E por causa do "investimento estratégico" que nós lá fazemos com os nossos impostos, para subsidiar o preço de cada unidade a quem o compra lá fora.
Regime carunchoso - Parte III
Esses escritos admiráveis,
de tão doutos comportamentos,
são, sem dúvida, memoráveis
dos actuais deslumbramentos.
Estas acções tão douradas
são muito questionáveis,
em mãos deterioradas
ganham cores enfunáveis.
Mudando de assunto, aqui vai uma proposta para este mês de Julho
http://www.festivalaolargo.com/
Lei Volkswagem
A história de uma golden share que se arrasta no tempo
*
Partilhar
* Imprimir
* Comentar
* Enviar
* Diminuir
* Aumentar
É um dos conflitos mais longos, e mais célebres, entre Bruxelas e um Governo da União Europeia (UE) sobre a aplicação do direito comunitário, e que ainda não está perto de se resolver: apesar de condenada em 2007 pelo Tribunal de Justiça europeu, a Alemanha persiste em querer controlar quem entra no capital da construtora automóvel germânica Volkswagen (VW).
O pomo da discórdia é a lei de privatização da VW, de 1960, que era comparada pela Comissão Europeia a uma golden share, por limitar os direitos de voto dos accionistas a 20 por cento - independentemente do capital detido -, por conferir uma "minoria de bloqueio" das decisões estratégicas ao accionista histórico, o estado regional da Baixa Saxónia com os seus 20,3 por cento dos votos (o que impunha, de facto, que as decisões reunissem mais de 80 por cento do capital) e impor uma presença sistemática dos poderes públicos no conselho de vigilância do grupo.
Depois de vários de anos de avisos infrutíferos à Alemanha para alterar a lei por incompatibilidade com a livre circulação de capitais, a Comissão viu finalmente a sua posição confortada pelo Tribunal Europeu em Outubro de 2007.
Berlim alterou pouco depois a lei para eliminar os aspectos incriminados mas manteve a "minoria de bloqueio" da Baixa Saxónia, alegando que o tribunal só a considerou ilegal quando conjugada com as outras duas disposições.
A Comissão Europeia, que tem uma interpretação diferente, avisou há um ano o Governo de Angela Merkel de que, se não corrigisse devidamente a lei, voltaria ao tribunal para impor a aplicação do primeiro acórdão, o que pressupõe a aplicação de multas por cada dia de incumprimento.
Este é, no entanto, um passo que a Comissão hesita em dar, consciente do carácter altamente controverso da decisão. Sobretudo no actual contexto de crise do euro. E a lei lá se vai mantendo. Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas
Neste comentário vou apenas tecer considerações sobre a opinião de Medeiros Ferreira: continua a pensar como um militante socialista, não vê para além desse "umbigo", não emite uma opinião independente, não é o PS (que continua a governar como se Portugal estivesse em tempo de "vacas gordas", basta ver a recente nomeação para a entidade SUCH) que caminha para o Abismo é o País, não reconhecer isto é miopia mental.
Hoje não quero mais falar de desemprego e economia. Fico mais indignado e colérico e sofro de úlceras.
Ass.: Besta Imunda
Enviar um comentário