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28.2.11

A VANTAGEM DE GRITAR MAIS


«Como se explica, então, o sucesso da música dos Deolinda? Não tenho uma teoria definitiva, mas eu apontaria para o facto de a subida uniforme do desemprego produzir mais desempregados não licenciados e mais desempregados com licenciatura. Mas os desempregados com licenciatura têm mais poder reivindicativo e mais a ganhar: estágios profissionais para licenciados, bolsas de investigação para trabalhar numa universidade, um posto na Adminstração Pública. Não estão em maior número - só gritam mais. Este efeito será provavelmente exacerbado pelo facto o crescimento do desemprego se ter feito sentir sobretudo em áreas do saber com acesso privilegiado aos media: cinema, artes, letras, comunicação social, alguma educação, eventualmente Direito. Os engenheiros em boa situação profissional estão caladinhos nos seus gabinetes. Os jornalistas desempregados estão a endrominar a cabeça dos colegas que conseguiram emprego


17.2.11

VERBOS DE ENCHER

"Derrubar" e "cair" são os verbos da moda na política portuguesa o que, desde logo, a define. Na vida propriamente dita, uma das coisas que não só não cai como se agrava é o desemprego. Isto é que verdadeiramente derruba qualquer um.

4.1.11

O DISCURSO DO MÉTODO


O INE vai alterar o "método" de contabilizar os desempregados. A coisa pela via presencial dava muito trabalho, incomodava as famílias e o telefone resolve tudo sem maçar ninguém. Assim sendo, deixa de ser possível comparar dados que foram obtidos por métodos distintos. A partir de agora, o INE como que parte de uma base zero para as suas recolhas e os números serão o que, naquele momento, eles revelarem. É, dizem, uma decisão técnica. Será. Mas é igualmente política, apesar de estra prevista desde 2008. Nesta altura do campeonato, em que o desemprego é a chaga que se conhece e alastra, não devia ser possível mexer no "método". Todavia, quem manda é o "discurso" dele e não o "método" em si. Nada, porém, que altere a realidade, sempre mais rica (para melhor e para pior) do que os "cientistas" dos gabinetes e de quem manda neles.

31.8.10

A VERDADEIRA RENTRÉE

Em números redondos, seiscentos mil desempregados. Calçadões, universidades de verão, creches, bola, etc., etc., perante isto, são ridículos. Sócrates ainda vive em 2007, antes da crise. Quanto a Passos e respectivos prosélitos, ainda não se sabe bem onde é que vivem. Tudo indica que esteja outra crise, tirada da mesma, pronta a servir-se. Fria como é próprio delas.

8.7.10

«VOLTAR A ACREDITAR»


Há cinco anos eram 150 mil certinhos. Não foram. São 560 mil desempregados. Agora são precisos - sem propaganda e por recomendação da OCDE onde o dr. Ferro Rodrigues é embaixador - 170 mil novos postos de trabalho. Preocupem-se com isto embora não seja "estratégico".

2.7.10

OS SATISFEITINHOS


Percebi pela televisão que Sócrates "escreveu" ontem um artigo no Público a defender a sua maravilhosa e musculada intervenção "estratégica" na PT. Ao que o Público chegou! Hoje foi a vez de Guilherme Oliveira Martins, o factotum regimental, vir defender a mesma coisa, juntando-se à gloriosa patrulha patrioteira que junta demasiada gente previsível. Entende-se. A PT - como a EDP, a GALP, a Caixa e, com este PS, o BCP - passaram a ser "estratégicos", não para o país, mas para os ornamentos que o pastoreiam em alternância "democrática". O que dirão (porque fazer, não fazem nada) quando forem humilhados para a semana? Todavia, mais relevante que esta "conversa em família", é o desemprego. Cresceu em Maio para onze por cento, e é presentemente um dos mais elevados da Europa. Por isso, quando o "cronista" Sócrates, com aquele sorriso lamentavelmente irresponsável, vem jubilar os satisfeitinhos consigo próprios (como ele e os ilusionistas que ele criou), já só dá vontade de vomitar.

Adenda: «É uma questão de honra. Honra Nacional, porque são os interesses essenciais que estão em causa.» Já a Expo 98, o Euro 2004 e o Barroso em Bruxelas foram "honras nacionais". Esta visão panteónica da pátria tem-nos levado muito longe, não tem?

Adenda2: «A PT é o retrato eloquente de um regime que apodrece à vista do mundo inteiro. Digo regime porque os governos não actuaram sozinhos.»

Adenda3: «O governo PS voltou a abortar um negócio da PT. Há uns meses, o eng. Sócrates meteu o bedelho entre a PT e a TVI, não porque esse negócio seria ruinoso para os cofres do Estado – mas ruinoso para o bom nome do PS. (...) Os partidos do regime sabem que o poder é transitório. Por isso interessa conservar os poleiros para quando chegar a hora dos seus rapazes.»

Adenda4: «O PS é que corre para o abismo sem parar.»

18.8.09

DOIS EM UM


Isto dava outro cartaz. Assim um como que pela metade do da propaganda. E servia para o dr. Costa e para o líder do dr. Costa. Dois em um.

13.7.09

MÓDICO DE VERDADE


Na galáxia OCDE, Portugal ocupa o sexto lugar no que respeita à taxa de desemprego. A comoção com as "novas oportunidades" não acompanhou a preocupação com o desemprego. Convinha fazer um inventário - Manuela Moura Guedes começou a elaborá-lo no seu Jornal das Sextas mas entretanto foi de férias... - da diferença entre o que foi prometido (designadamente em postos de trabalho) e a realidade. E, dos postos de trabalho criados, quais representam mera propaganda de "encosto" a alguma iniciativa privada. Só assim, com um módico de verdade, é que, "juntos", podemos "conseguir" alguma coisa.

23.2.09

O PAÍS E AS TRIVIALIDADES POPULISTAS

Francisco Saarsfield Cabral escreve no Público:

«O primeiro-ministro prefere a propaganda. Quase todos os dias aparece na televisão a anunciar uma iniciativa, uma medida, uma obra (às vezes em cerimónias mediáticas pagas pelas empresas construtoras). E não distingue coisas realmente úteis que o Governo tem feito de trivialidades populistas. É significativo que, no congresso da Associação Portuguesa de Empresas Familiares, um empresário da estatura e do perfil ético de Alexandre Soares dos Santos (Jerónimo Martins) tenha dito que a crise é agravada pela "demagogia intolerável do primeiro-ministro". Se somarmos o cansaço da repetição dos argumentos ("nós actuamos, os investimentos públicos são a resposta à crise", etc.) à perda de credibilidade decorrente do anterior excesso de optimismo, é duvidoso que a campanha propagandística do Governo seja eficaz. Julgo, até, que ela começa a tornar-se contraproducente.»

No país - uma coisa totalmente diversa da propaganda das tendas e das "trivialidades populistas" para consumo dos fanáticos dependentes e dos embrutecidos por um ano eleitoral em perspectiva - o desemprego cresceu em Janeiro cerca de 45% em relação a Dezembro último e cerca de 23% face a Janeiro de 2008, num total de mais de setenta mil desempregados inscritos nos organismos adequados só no primeiro mês do ano. É este país que vai ficar fora da "nave" de Espinho onde decorrerá o congresso do PS. Mas é dentro da "nave" que estarão os extra-terrestres babosos e o seu incontestado "conducator".

19.2.07

DESENGRAVIDAR

Por falar em regime, parece que o glorioso empreendedorismo nacional privilegia o despedimento democrático de mulheres grávidas. É uma preciosa ajuda para o governo e para a sua maioria que têm pressa em aprovar a legislação abortiva. Podem até colocar no preâmbulo que é mais uma "reforma" destinada a combater o desemprego.