Naquele linguarejar parecido com o português que é o do senhor Lula da Silva - "autor moral" confesso, juntamente com Sócrates, do grande negócio tríptico luso-brasileiro-espanhol (disse-o Granadeiro) - ficou a saber-se que a Oi (outra designação de elevado teor estupidificante) está mais "brasileira da Silva" do que nunca. Pode fazer-se uma extensão disto e afirmar, sem margem para grandes dúvidas, que Portugal também caminha, a passos gigantes e "estratégicos", para ficar "brasileiro da Silva" ou da "Silva brasileiro" o que vai dar no mesmo. O "brasileiro" era uma figura recorrente na prosa de Eça. Hoje aparece todos os dias nas televisões sob as mais imaginativas quanto apalhaçadas formas. Lula está em nós e nós estamos em Lula. Saravá.
5 comentários:
O Brasileiro de Eça era um dos alvos preferidos de crítica, mas pela recente prosperidade (os que voltavam "ricos" ao país), pela falta de gosto e pelos modos abastardados e híbridos. Na sua maioria eram, portanto, portugueses novos-ricos, mal-falantes.
"Estes" que temos que gramar estão muitas vezes "lá" e são autênticos: Lula, actores de novela, gajos da bola, correspondentes-sic, psicólogas e gestores. Os que temos "cá" também são autênticos. Dada a prevalência dos tipos "Rosineyde" e "Heltom" e a chinelice associada, não vou querer desenvolver mais a questão pois sofro de úlceras. O facto é que estamos rodeados deles, cheios deles e fartos deles. Preferia a invasão dos tártaros; ao menos não eram assim tão diferentes de nós e a sua língua mais fácil de perceber.
Ass.: Besta Imunda
O «brasileiro» não é uma figura recorrente na obra de Eça, onde agora de repente, apenas conto 1: Castro Gomes, o amante de Maria Eduarda.
O «brasileiro», o brasileiro de torna viagem aparece mais em Camilo.
Só n' "Os Maias" conto 4: o brasileiro "genérico", que era investidor rico, e que foi comentado no célebre jantar do Hotel Central, em honra de jacob Cohen, como sendo "afugentável pela revolução do Ega"; os dois brasileiros que no dia das corridas, no Hipódromo de Belém, consideravam tudo aquilo "duma senssaboria de rachar"; o Castro Gomes, sem dúvida. E mais algumas referências "de costumes" e típicas. Acho que n'O Primo Basílio também há brasileiros... : o "amigo do primo"(?) era ele próprio uma espécie de brasileiro.
Depois, na "Campanha Alegre" (ou n'As Farpas), temos todo um artigo totalmente dedicado ao Brasileiro.
Ass.: Besta Imunda
A Princesa Ratazzi - a do Portugal à Vol d´Oiseau - que tanto irritou Camilo e outros Portugueses, escrevia que havia por aí um escritor (Camilo) que punha um Brasileiro em todos os seus romances. Em resposta a esse tão injusto comentário respondeu Camilo :
"é mentira, há UM romance em que não há qualquer Brasileiro".
Ora toma !
O acordo ortográfico que o patarata nojento, o primeiro-mistificador, defendeu e impôs aos portugueses, provocou o desaparecimento da pouca consideração que ainda tinha por alguns galegos dos séculos XX e XXI. Não compro nada, não vejo nada, não ouço nada queme cheire a tupi. Façam todos o mesmo.
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