Jaime Nogueira Pinto: «Há três características que levam os portugueses a admirá-lo, mesmo quando não gostam dele: era patriota - o bem do país, como o entendia, foi sempre o objectivo número um; era doentiamente escrupuloso com os dinheiros do Estado e seu uso; e tomava decisões, boas ou más, mas assumidas. Talvez a sua popularidade post mortem venha precisamente do contraste com a classe política desta III República de hoje, onde, curiosamente, alguns dos políticos bem sucedidos têm traços "salazaristas". Como ele, chegaram ao poder de repente, sem ter de fazer longa carreira, via-sacra ou caminho das pedras que vai do jantar com os banqueiros à romagem às bases da província; da revista dos notáveis ao cumprimentar, comprometer, negociar.
4 comentários:
Excelente.
Realmente a figura de Salazar impunha-se pela rectidão e honestidade.
O povo ao comparar estes "governantes" com o Homem de Stª Comba Dão, é natural que se convertam ao salazarismo.
O seu patriotismo, não era por "golden shares", mas sim pelo país, no seu todo.
Cps
Scaramouche
Há anos que ando a pedir a um amigo um busto de Oliveira Salazar. Sei que ele os tem escondidos.
O "de-napoleão" não tenho (outros os terão às grozas); a minha tia "alemã", e pianista, tem ainda um de Wagner e outro de Beethoven (...). Eu tenho um de D. Manuel II (em louça e original de 1908) que o meu proscrito bisavô monárquico me deixou.
A Companhia-das-Lezírias devia ter baldes e carrinhos-de-mão com o retratozinho de pinto-de-sousa no fundo, em esmalte.
Ass.: Besta Imunda
Espero bem que ao mencionar "alguns políticos bem sucedidos hoje" o Dr. Nogueira Pinto não se esteja a referir, por exemplo, ao Pinócrates porque considero verdadeiramente intolerável (ou será anedótico ?)e indesculpavelmente ofensiva qualquer comparação entre uma das maiores figuras da nossa História e um tipo que pura e simplesmente me recuso a classificar.
Porque recusar classificá-lo? Não passa dum patarata nojento, dum mistificador imbecil servido de capacidade oratória que utiliza para enganar quem o não conhece bem.
Lembro, a propósito,o que se passou numa casa de família deste país.
Em dado dia a criada, eram assim designadas, pediu à patroa para ir ouvir, depois do jantar, o sermão que o Senhor Prior ia fazer na Igreja Matriz. Obtida a autorização, lá foi.
No regresso,a patroa perguntou-lhe: Então Maria, gostaste do sermão? O que é que o Senhor Prior disse?
Responde a criada: O que ele disse não sei,mas que era lindo era.
Com grande número de portugueses passa-se a mesma coisa. Acham os discursos do patarata muito lindos mas desconhecem que ele os está a enganar.
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