Adriano Moreira alterna com Mário Soares no lugar cativo das entrevistas de Constança Cunha e Sá na tvi24. Para satisfação de alguns prebostes que imaginam que não simpatizo com o dito professor, fica estabelecido, de uma vez por todas, que não e que isso não tem a menor relevância cósmica. Detestava Marcello Caetano - Moreira aspiraria a "delfim" do seu antigo Presidente do Conselho - e Caetano devolvia-lhe a "graça". Nas "confidências do exílio" feitas a Joaquim Veríssimo Serrão, Marcello classificou o teórico do "Estado exíguo" como «o filósofo da traição» venerado, já então, como «reserva nacional». E continuava. «Nunca se consolou de, após tanta manobra para vir a suceder ao Doutor Salazar, ter sido unanimemente rejeitado pelas pessoas ouvidas acerca da sucessão.» Já nas suas "Memórias de Salazar", Marcello fora impiedoso na única referência a Moreira - «antigo aluno meu da Faculdade de Direito, rapaz esperto embora não muito brilhante.» Moreira tornou-se lamentavelmente em apenas mais um "senador" tagarela deste regime. No dia em que passavam 40 anos sobre a morte de Salazar, Constança entendeu não questionar o seu guru acerca do "antigamente" porventura para não o maçar. Pelo contrário, deixou-o falar como se ele estivesse em lição numa universidade de verão de um híbrido do Bloco, do PC, do PS, do PSD e do CDS. Uma verdadeira ave de Minerva, este sr. prof. Moreira.
5 comentários:
nos anos 50 havia um locutor do falecido RCP que fazia os relatos do hoquei em patins do torneio de Montreux. chamava-se Lança Moreira,
chamavam-lhe 'lança asneira'. fez escola.
vivemos no rectângulo de basbaques que deixam cair o queixo ao ouvir qualquer cretino.
a nossa periferia continuará cultural e civica
o rectangulo segue candidamente
E o mais extraordinário, caro J. Gonçalves, é a exiguidade do espírito do autor corresponder à exiguidade do estado das coisas, e da arte, a que chegámos!! Talvez um mecanismo de osmose o possa explicar!
Precatemo-nos contra este estado, a crédito e com empenho!!
Sempre me intrigou a magnanimidade a favor das evidencias e as elaborações que daí advêm, sempre evidentes!!
Enfim, não me apode de preboste que nem sequer mereço tão ilustre adjectivo. O Prof. Adriano Moreira tinha e tem os mesmos defeitos e virtudes de qualquer político coevo com legítima ambição.
Mas sempre foi brilhante, ah lá isso é que foi. O resto são dorzihas de corno.
A TVI-24; a SIC-N; a RTP-N. Tudo púlpitos raivosamente frequentados por todos esses respeitáveis vultos, de tal modo que nem os assentos arrefecem. Cada um por sua vez, rodando e alternando, vão ao ecran dizer - aos ouvintes mais atinados desses selectivos e seleccionados canais "fechados" e de assinatura - com "é"; ou como "poderá vir a ser"; ou "como foi"; ou "como deveria ter sido"; ou "como eu fiz". Todos legítimos, como reservas que são. As "reservas" da nação são várias; o Prof. Adriano Moreira e Soares são apenas dois. Freitas é outro. Já Vitorino se queria afirmar também como "reserva" (tem até o feitio apropriado). Outra grande reserva é o Prof. Miranda, frequentemente requisitado e folheado. Balsemão sempre foi mais Porsches, mas também é usado (pela SIC). E isto são só as reservas políticas. Ainda há que ter em consideração as reservas literárias - de que as televisões estão grávidas. Qualquer destas reservas cede docemente à rotina, acordando ocasionalmente da sua hibernação ética conforme o conveniente. A tudo têm assistido e com tudo pactuaram.
Ass.: Besta Imunda
nada pior que um juizo idiota para fundamentar juizos de valor perfeitamente subjectivos como é o caso. Toda a gente sabia que Marcello Caetano destestava Adriano Moreira e aproveitou o seu "depoimento", escrito no exílio, para desancar em tudo e em todos como se ele fosse o dono da razão. Se houve o 25 de Abril, parte dele deve-se às indecisões de Marcello, às suas ambiguidades. O depoimento de Marcello é de um homem ressabiado que não soube ou não foi capaz de romper com os ultras do regime e teve o dislate - para não dizer estupidez - de apoiar a terceira a recandidatura do Almirante Thomaz
à presidência da República em 1972Por favor, se quiser atacar Adriano Moreira, não se sirva do titubeante Prof. Marcello.
Enviar um comentário