27.2.09

O CONGRESSO - 2


A "entrada" para o congresso de Espinho parece a chegada para um conselho de ministros com a nuance de os ajudantes dos ministros também estarem presentes e serem autorizados a falar. O resto são quase dois mil figurantes. A primeira "votação" (para a mesa do congresso) teve "apenas" 99% dos votos dos delegados presentes. Começam bem. Aprumadinhos.

Nota: Almeida Santos, um desgraçadinho mundialmente reconhecido, fala em "titulares de privilégios" que o admirável líder terá combatido firmemente nestes quatro anos. Sabe muito esta velha múmia.

Nota2: O querido líder dirige-se aos seus camaradas precisamente nos mesmos termos e usando os mesmos "conceitos" recorrentes dos anúncios, do power point, da propaganda exibida nas tendas armadas nas auto-estradas. Nem os fiéis são poupados.

Nota3: «Não se percebe que os organizadores do Congresso tenham colocado umas cortinas pretas à volta do recinto para impedir as televisões de mostrar os congressistas de frente. Servem para quê? Afinal, de que tem medo Sócrates? De si mesmo? Do partido? Ou dos cidadãos eleitores?»

Nota4: «Plasmas, holofotes de várias cores, tendas transparentes, telas, parques de estacionamento cheios de Mercedes, painéis de leds no palco. Um show. É bom ser poder.»

Nota5: Regressou o gladiador da "campanha negra" que, parece, vem já desde 2004. Uma velha música e um discurso que também já acusa uma certa idade.

Nota6: A "campanha negra" teve uma nuance com a introdução da expressão "calúnia" que foi associada, entre outros fantasmas, a televisões e a directores de jornais. Até Ramos Rosa foi citado através do termo "liberdade livre" por causa da "calúnia". Ora a "liberdade livre" passa pela liberdade de expressão, a começar pela dele que todos aturamos a título de abnegado serviço cívico. E - naturalmente e sobretudo - pela liberdade de informar e de comentar. Isso é que é "decência democrática".

14 comentários:

Anónimo disse...

Será o privilégio de os deputados defenderem os clientes em Tribunal quando deviam estar na assembleia?

Anónimo disse...

Ouvi pela rádio alguns excertos do discurso do W. Sócrates.

Embora já não tenha disposição para ouvir aquele estino cabotino e histrónico do dito cujo, perdi cerca de dez minutos para poder produzir um comentário minimamente racional.

W. Sócrates foi igual a si mesmo: palavroso, enfatuado e demagógico.

Seguindo à risca a cretinice doutrinária que lhe é peculiar desfraldou um rol de "reformas" e "modernidades" que alega ter "implementado".

Fez-me lembrar os longos discursos/relatórios do Ceausescu, nos quais o antigo ditador da "democracia popular" preferida do "mon ami" Mário Alberto, descrevia de forma apologética todos os feitos da sua governação.
Até mencionava as toneladas de chouriços produzidos durante o "plano quinquenal"...

W.Sócrates tem dotes para governar uma republiqueta de ciganos onde a prática de vendedor de banha da cobra é condição "sine qua non".

A verdade é que os portugueses estão a ficar casda vez mais parecidos com os romenos: os últimos da tabela!

joshua disse...

Foi curioso ver o Grande Actor seguir o seu guião com intensiómetro que é basicamente fazer de conta de repente que se irrita, é sacudir o sono, ficar muito enervado e excitado, começar a falar mais alto e mais rápido, e com isso sacar da multidão obediente e bem paga do Regime um aplauso de pé por umas tretas babosas que se proclama em desfastio.

É a Missa Grotesca da Legislatura onde um rebanho minoritário de barrigudos se prostra em homenagem grata por quanto foi lhe dado a sorver em quatro anos de safra devorista e rapinante.

É como diz António Ribeiro Ferreira: não falta quem tema ali dar a cara para que saibamos quem são, ao que vieram e o que fazem. Nós sabemos perfeitamente porquê. O Poder Autocrático sabe bem o que quer e o que urde.

Não é por acaso que milhares de portugueses mudos como reses para o matadouro não têm nada, não vão para lado nenhum, são os órfãos e varridos para debaixo do tapete da grande obra de exclusão social perpetrada pela Esquerda Deslavada.

caozito disse...

Não ouvi, nem quero ouvir, uma única palavra do Sócrates, mas nem precisava: bastou-me estar atento aos comentários do Vasco Pulido Valente, na tvi, e fiquei 'esclarecidíssimo' do que se passou no "conselho de guerra contra a campanha negra".

Necessário é preciso "MALHAR" na oposição, mãe da dita negra.

Anónimo disse...

nunca vi tanto saloio junto num comício. nem nas feiras visitadas pelo paulinho.
aquelas múmias parecem ter sido fabricadas na idade da pedra.muitas já se babam ao comer a sopa.
foram ao comício para bater palmas;
um novo tipo de velhas oportunidades.
ainda acabam todos licenciados no iscte.
parece que penhoraram o ordenada da ministra da educação

radical livre

Anónimo disse...

Segundo o "Correio da Manhã", o W. Sócrates "afirmou esta semana que se recandidata a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas em nome dos VALORES ÉTICOS e da DECÊNCIA NA VIDA DEMOCRÁTICA em Portugal"....

Qualquer português mediano vê nestas palavras um insulto à sua inteligência e probidade.

Um indíviduo que tem mentido com tosos os dentes que tem na boca a falar em ética e decência!

Shame you!

Anónimo disse...

Extraordinário... Nem na Feira do Relógio se vê melhor!

Anónimo disse...

Uma amiga, à hora do telejornal e quando aparece Sócrates: muda de canal, com um vai-te f...
Antiga eleitora do PS, tresmalhada para o BE.
JB

Anónimo disse...

Um congresso de regime e de exaltação do líder.

Anónimo disse...

É um Pavilhão cheio de carneiros à procura do lugarzinho.
Mas tudo começou logo ali na base.
Há quem chegue aos cargos nacionais com poucas dezenas de votos.

Anónimo disse...

Há que cobrir a rectaguarda. Até com cortinas. Vá-se lá saber porquê.

Anónimo disse...

Gabo-lhe a pachorra de seguir o congresso do PS, João Gonçalves.

Eu desliguei as televisões e dediquei-me a um vinho de qualidade média (também não quero destoar muito).

Alienação por alienação, prefiro a dos sentidos, tentando poupar o intelecto para tempos mais sérios, no caso de alguma vez os virmos a ter.

Anónimo disse...

É a Chavização do regime!

Anónimo disse...

A verdade é que estamos todos enjoados deste ódio cerrado sobre a mesma pessoa, desde 2005. Parece que não há outro assunto. De facto, Vitorino de Magalhães Godinho tem razão em relação ao governo, opositores, comentadores e políticos em geral: que imbecis. Nem vêem que o efeito sobre os que lêem é o contrário do que querem.