17.2.09

MÚSICAS

Como é que uma pessoa genuinamente inteligente como o Miguel Vale de Almeida escreve uma infantilidade destas? Lembra a rábula do dr. Dias Loureiro do "pai, já sou ministro" sobretudo depois disto. Aceita-se, pelos vistos, o "Prós" da D. Fátima como uma espécie de painel oficial da correcção política da televisão portuguesa quando acolhe aqueles que o Miguel considera "seres humanos normais". E não foi a D. Fátima, coitadinha, quem mudou. Quanto a Fernanda Câncio, é a velha técnica do panfleto tagarela. Ela sabe que nós sabemos por que é que o seu querido tema "fracturante" foi introduzido à pressa na moção do admirável Sócrates quando, ainda há uns meses, a criatura jurava que não previa nada de semelhante para a próxima legislatura. Ela sabe que nós sabemos que o Bloco do dr. Louçã vale uns votitos urbano-depressivos que podem fazer falta ao absolutismo "fracturante". É por estas e por outras, para além da minha natural antipatia, que Chopin está no post abaixo, na íntegra. Música, só da autêntica e tocada por autênticos.

7 comentários:

Daniel Santos disse...

este Miguel não é o mesmo que tinha atacado forte e feio o programa?

Anónimo disse...

João,

Note que o tal Vasco Barreto já esclareceu, nos comentários ao post em que diz que este seu blogue é antipático:

"Não conheço o João Gonçalves. Se calhar é até uma pessoa simpática. Disse apenas que o blogue em que ele escreve transmite antipatia"


Note ainda que é recorrente o tal Vasco M. Barreto dizer uma coisa nos posts e depois nos comentários aos seus próprios posts vir reinterpretar desta forma ... enfim ... desarmante, o que antes escreveu.

Portanto, com grande pena minha, afinal o João Gonçalves não é naturalmente antipático. Mais grave ainda: se calhar até é simpático.


rm

Anónimo disse...

Excelente a intervenção de João Viale de Almeida nos "Prós e Contras". Que o programa é cada vez menos imparcial e joga a favor das teses socretinas também é verdade. Mas essa orientação é da responsabilidade é da Drª Fátima. O resto - ou quase tudo é para esquecer - a não ser o facto de podermos ter conhecido ao vivo a célebre Fernanda Câncio ( talvez seja melhor a escrever) e o Dr. Pamplona Corte-Real, bon vivant et trés sage.

Anónimo disse...

E esta historia da filha da dona Fátima Campos Ferreira?
http://dn.sapo.pt/2009/02/17/cidades/advogada_detida_injurias_a_policias.html

Isto merecia um melhor esclarecimento. Houve ou não houve tratamento de favor, tal como se diz na noticia, por parte da PSP, depois de o
dirigente do PS/marido/presidente de empresa municipal se ter apresentado na esquadra?

Anónimo disse...

Há um programa na radiotelevisão portuguesa, chamado Prós e Contras, que se auto-promove como sendo o melhor programa de debate da televisão portuguesa. Eu não sabia que existiam programas de debate em qualquer uma das televisões portuguesas, mas se eles o dizem é porque deve ser assim. Ontem, após muitos meses sem lhe pôr a vista em cima, calhei a ver uns minutos, por causa de estar a ser "debatido" um "tema fracturante", o "casamento" guei. Sobre uma coisa que não existe nem pode existir é difícil falar - o casamento é um conceito e um conceito, já se sabe, é algo de muito rigoroso (não foi por acaso que o programa tinha lá dezenas de juristas, pelos vistos, mas nem um só filósofo. Foi uma falha, até porque se arranjaria certamente algum disposto a fazer a fineza de informar que as coisas são ao contrário do que digo). Enfim. De um bocado de pseudo-debate lamentável, retenho duas ou três ideias e imagens: as tristes tentativas de fazer ironia por parte da dra. Câncio (que, manifestamente, falharam por demasiado óbvias e rudes - o esprit de finesse não nasce de um dia para o outro), a natural arrogância e soberba dos sectores "progressivo-esquerdistas" que, embora não sejam capazes de apresentar qualquer argumento sólido falam como se fosse donos da verdade; a extraordinária falta de educação de dois senhores apresentados como professores universitários (também do lado progressista). Um, talvez aborrecido por ter de se dirigir aos comuns mortais - ou devido á hora adiantada - refastelava-se na cadeira, como se estivesse em casa, numa clara falta de respeito por quem ali se encontrava. O outro, a determinada altura, via qualquer coisa no telemóvel no momento em que um dos elementos da "reacção" lhe dizia algo.
Confirma-se, naturalmente, algo mais: esta gente é perigosa, esta gente é vingativa. Esta gente detém a verdade e tudo o que esteja contra essa verdade, contra o novo dogma absoluto, tem de ser excomungado. Esta gente fez dos dogmas relativistas e seus derivados uma religião laica, mas com os apetrechos repressivos que lhe garantem a promoção. No entanto, na sua laicidade exacerbada, esta boa gente demonstra uma ignorância fenomenal em relação á história e á cultura religiosa e mitológica. Por isso, embora não o saibam, o seu reinado não durará para sempre. Está nos Salmos. Mas eles, da Bíblia, ouviram falar do Levítico, do Génesis e do Deuteronómio. E da repressão da Igreja.

Anónimo disse...

Urbano-depressivo é você, seu cabrão!

Anónimo disse...

fátimas, fernandas, jugulares, arrastões e outros centros "vitais"
do umbilicus mundi são uma droga e fazem-me lembrar:
«pranto de maria parda porque vio as ruas de lisboa com tão poucos ramos nas tavernas, e o vinho tão caro e ella não podia passar sem elle»

radical livre