A Fundação Gulbenkian, dirigida pelo venerável Vilar - uma eminência ao nível de um Constâncio ou de um Rui Machete para não "discriminar" ninguém -, prepara-se para despedir Joana Varela. Para quem não sabe, Varela é a directora da Colóquio-Letras, umas das poucas revistas dignas do epíteto de "literárias", recentemente colocada online desde o primeiro número. Antes dela, a revista foi dirigida por gente tão notável como Hernâni Cidade, David Mourão-Ferreira e Jacinto Prado Coelho. Joana Varela soube estar à altura destes homens mas não escapou ao "modismo" a que nem a Gulbenkian de Vilar (um administrador profissional do regime), Marçal Grilo (o profeta da educação de Guterres), Teresa Patrício Gouveia (antiga e insignificante SEC) ou Isabel Mota (uma "manelista" do PSD) souberam fugir. A Gulbenkian foi invadida pela praga do "multiculturalismo". Vão longe os idos de 96, 97 e 98 quando se organizaram os magníficos seminários internacionais sobre a Europa que trouxeram a Lisboa Steiner, Shama, Furet, Finkielkraut, Romilly, Vidal e outros. Joana Varela não deve servir para "acompanhar" estes tempos da propaganda "multicultural" ligada a essa miragem "correcta" que são os chamados "países emergentes". E é natural que Rui Vilar queira ver no seu lugar - e, por consequência, a "escrever" uma outra Colóquio-Letras mais "adequada" a terceiros-mundismos "emergentes" e petrolíferos - um seu antigo colaborador na Culturgest, António Pinto Ribeiro, o verdadeiro "Pinto Ribeiro", aquele que nunca chegou a receber o telefonema certo para ir para a Ajuda pastorear a Cultura de Sócrates. O método para remover Joana Varela é o do costume e nada "multicultural": o «competente processo disciplinar com vista à aplicação da sanção que se mostrar adequada e na qual desde já se declara incluir-se o despedimento com justa causa» acompanhado da "suspensão preventiva" da arguida não vá ela virar a "louca da casa". Há coisas que nunca mudam.
18 comentários:
"António Pinto Ribeiro, o verdadeiro "Pinto Ribeiro", aquele que nunca chegou a receber o telefonema certo para ir para a Ajuda pastorear a Cultura de Sócrates."
Lastimável, não é???? Duplamente!!!
Por outro lado, o Verdadeiro APR está muito acima dessa coisa brejeira que é ser Ministo da Cultura em Porugal. Será que ele quereria ser essa coisa? Alguém lhe foi perguntar??? Também não me parece que fosse o caso da Cultura vir abaixo com a sua nomeação!! É dos poucos Portugueses que ocupa uma FUNÇÃO exercendo-a de foma COMPETENTE! Tão competente que incomoda muita gente do Faz-de-Conta! O APR-VERDADEIRO FAZ! Altamene original e acrescenta saber e qualidade. E em tudo aquilo que ele pega é de referência além fronteiras, não é coisinha de trazer por casa.
Pois, se é ele que vai gerir a Colóquio Letras: é para APLAUDIR! Vai ter Alguém que veio a esta vida para fazer mais do que Fazer-de-Conta.
Defende como entendas melhor a Joana Varela , agora não atires por terra, lama e para esse caixote de inutilidades um indíviduo que já Fez Muito e já Deu Provas de que não pensa rasteiro e digo mais: É HONESTO! Altamente Honesto!
Escolhe outro para Lapidares. Não o Verdaeiro António Pinto Ribeiro: fica-te mal, bastante mal, até parece que também prestas culto e cultivas a burrice tão apreciada neste Portugal.
Vejo que "conhece" muito bem o Pinto Ribeiro. E a mim também dada a familiaridade do "trato". Como se acobarda atrás do anonimato, não me parece adequado o "tom". Ainda por cima, digamos assim, armado em "cultural". Cumprimentos.
Cobarde? Eu? Jamais (!) ( Anota para não te esqueceres). Apenas sigo a norma no teu blog de escrever sob o nick "Anónimo" quando se fala de Cultura e das coisas e pessoas dela. Só isso. Como bem poderás verificar pelas caixas de comentários dos Posts em que ela é o assunto.
Por outro lado, leio-te muito atentamente. Tenho-te como uma referência muito válida sobre a "vidinha" deste país. Acertas muito mais do que falhas. Conhecer o teu blog, ler os teus textos, é, de certa forma, percepcionar um certo modo de com o mundo se apresenta para ti. Sim. Conheço o trabalho do Pinto Ribeiro, talvez melhor do que aquilo que conheço o teu blog ( como deves concordar, ainda bem que assim o é.). Por isso, digo: o trabalho dele não se justa a entrar na lista de um caixote de inutilidades que com muita mestria e olho clínico nos vais referindo.
A minha saudação é mais modesta, João. É humana, mas atenta e sincera. Cumprimentos tb.
((PS.: Nem vou tecer considerações sobre o facto de viabilizares o anomimato e depois atirares com um cobarde. Espero um adjectivo mais justo e ajustado.))
Oh Anónimo, será que Vc. é o "verdadeiro"?
Faço fé que o Verdadeiro esteja a trabalhar em mais um programa ou projecto que me faça sair de casa para consumir cultura de qualidade, aquela que te acrescenta mais qualquer coisa, aquela daqual não voltas igual.
Francisco: faz a experiência de acompanhar o trabalho do Verdadeiro. Uma coisa que pesa muito nestas coisas é a "carteira". Asseguro-te que vais experienciar o "fenómeno" ( raríssimo) de te sentires a fazer um verdadeiro investimento. E não aquele tremendo desagrado de te sentires defraudado, enganado com as clássicas palhaçadas culturais que andam por aí, só porque é in ser da Koltura (Chulura).
Isto é um dado colateral a todo um trabalho, mas faz muita diferença, para nós consumidores de produtos culturais ( que tb somos, não é?).
Nesta seara cultural há mais joio que trigo e muito trigo-transgénico, é bom não ceifar o "verdadeiro", confundindo-o ( indivíduo é vaidoso, mas não é Pavão).
É pena que esta anulação de nome que ocorreu ( e por quem, credo!) se transforme na anulação de todo um trabalho muito válido e substancial na diferença que fez e faz na oferta cultural de uma cidade e também na forma de posicionar um país face à sua relação com o passado e o presente; é sinistro que sirva mais para adornar, à laia de galhofa, dias e cabeças mais distraídas, do que para colocar freio à trapaça, à imposturice, à pavoagem que agora descobriu ser vip-chic essa coisa da Cultura… y como qualquer bom saloio lá opera a osmose: Cultura-Eventos/ Eventos-Cultura, Cultura-Eventos/ Eventos-Cultura … e não faltam aí é eventos que de eventos o que têm mais é Vento e cabeças de Vento que os concebem.
Tomo nota. De notar que apenas admiti a hipótese do "verdadeiro" ter vindo até aqui dizer de sua justiça. Quanto a eventuais comparações entre o "verdadeiro" e o "outro" (tema que, gostemos ou não, entrou definitivamente nos anais do escárnio e maledicência lusitana) creio que é facílimo distinguir. Que viva a Cultura!
Por este andar, se um dia destes desaparece um pato do Jardim Gulbenkian, a culpa também será do António Pinto Ribeiro. É extraordinário como ele tem servido de bode expiatório para o que acontece na Fundação Gulbenkian que não seja do agrado do público.
NOTA: Não tenho nada a ver com os comentários anónimos em cima, tão pouco conheço o João Gonçalves. Mas tenho sido colaboradora próxima do António Pinto Ribeiro em vários projectos nos últimos anos, respeito e admiro o trabalho dele, e aborrece-me imenso ver extrapolações indevidas aqui escarrapachadas.
Creio que o modo como me expressei visava por a "salvo" todo um trabalho ( do APR) que confesso - sem esse trabalho feito ( por esse indivíduo) - eu hoje seria seguramente uma pessoa mais pobre e precária ( tb estou em crer que muita gente de Lx reconhece que a programação de 11 anos da Culturgest fez diferença, e que muito lhe devemos. Eu estou em divida, mas sou uma pessoa grata. E foi esta tb a minha forma de expressar gratidão. Neste preciso momento passo por todos os momentos em que ao sair daquela Caixa-Forte atapetada a vermelho olhava para o Alto - bem para as estrelas - e vislumbrava um fio de sentido para a "vida"; e pelo panorama da ferta-Cultural vigente e depois havia o da Culturgest, facto esse que foi conquistando essa estranha certeza que só mesmo alguém muito preparado e muito competente poderia ter seleccionado aquele espectáculo e não aqueles vigentes nas outras outras programações, nas outras amostras de e ser humano. Como vós, bem sabeis, assistimos actualmente a um facilitismo feroz e redutor nas programações culturais, são pacotes de placebos. Isso, com a programação do APR, nunca aconteceu. Isso te muito valor! O valor de uma pessoa se sentir a crescer por dentro. Logo, considero muito injusto ver maltratado um trabalho que produz este efeito. Ver o seu executor tratado como uma manipulável peça de um sistema, como se fosse coisa vazia e do seu ofício apenas aprecia-se o folclore da coisa ( como só se vê por aí) e dele nada entendesse o alcance e consequências para os outros. Uma coisa que falha desastrosamente nas programações culturais que florescem como maus cogumelos-alucinatórios é nõ contemplarem a mais valia que pode ter ou não ter para a "pessoa" que o vai ver; encaixam a coisa num básico receita-de-bilheteira e o resto faz a festa. Y quando se sai da sala para voltarmos para nós?? Exactamente! É o arrombo do bolso (!) o primeiro dos saldos a contabilizar. Quando se saia da sala, num programa proposto pelo APR, no final de todos os Saldos e cobranças com a vida ficávamos com ganas “tenho que ver o próximo” como me vou arranjar??? E era tão fácil deixar de ser consumidor de coisas fúteis! ( Só não deixei de fumar eh ehe heeh!) Ainda que o mau-feitio e outros defeitos que compõem o Meu retrato - que até nesta senda virtual são facilmente detectáveis e sejam por demais evidentes e inultrapassáveis – bem pior pessoa ainda estaria sem aquelas coisas todas que eu vi. E já agora: anote tb Francisco o seguinte. A Fundação Gulbenkian levou Pretos ( os pretos da cidade de Lx) este ano como público à sua Instituição, om o programa Distância e Proximidade. Isto aconteceu 51 anos depois da Instituição estar na cidade de Lx e Antes da Eleição do Presidente-Preto-Obama nos EUA. Isso foi Obra (!) do António Pinto Ribeiro. ( anotem para não se esquecerem que é um dado que faz muita diferença, isto de ser pré-Obama!).
PS.: Como bem diz no seu comentário: vai ficar esta Anulação de nome. Pois que fique (!) que precisamos de rir. Agora não vamos confundir Trabalhos, especialmente quando são Estimáveis.
PS2: Acho que posso expressar a minha "defesa" sobre o trabalho de alguém. Só isso. E gosto de ser eu ( é uma coisa exagerada, isto de gostamos de ser nós), mas não sou nada esse Sr.; sou Eu que é uma coisa melhor ( só eu é que posso ser. ou não é??).
Cansa-me a pretensa vanguarda intelectual de António Pinto Ribeiro (o da Gulbenkian). Ouço-o há alguns anos e estou farto da cassete do neo-colonialismo, etc etc etc. Tem um pensamento estafado, desinteressante e ultrapassado. A encomenda de 20 curtas metragens apresentada recentemente na FGG é mais uma prova disso: um chorrilho de banalidades de onde apenas se salvam três ou quatro das ditas.
É uma pena ver a Gulbenkian a perder-se e a perder-nos.
Já agora, não vi em lado nenhum refência à entrada de Jorge Sampaio para a administração da casa...
L. Neves
Anónimo da 12:04
O fio condutor das Curtas era "objectos quotidianos" é natural que colocar um certo olhar ( esse, de como quem lê o Proust) teria facilitado o apreciar a atmosfera.
Indepenentemente da resistência que cada um tem ao discurso do "outro"; O discurso do APR pelo menos não é caricatura ou pastiche de pensamento, com a vantagem de desdobrar esse pensamento em formas que possibilitam dinâmicas ... ... ...
........
Agora este assunto interessa-me muitíssimo mais: O Jorge Sampaio o quê??? Nem posso crer! Isso sim é uma enorme derrocada! Só falta vir o resto da família, não? Y a Gulbenkian virar uma dependência do Hospital de Santa Maria a modos do mano - como erva daninha - se emplastrar como carraça em cão ... (jacinto-selvagem em lago era melhor metáfora) ... mas prasita serve bem!
Pois o discurso de António Pinto Ribeiro é, neste momento, discurso "pastiche de pensamento, com a" desvantagem "de desdobrar esse pensamento em formas que possibilitam dinâmicas "que se autopromovem como produtoras de uma corrente de elite cultural, sem consistência para tal, e que não têm novidade nem são a descoberta da pólvora. Ninguém tem coragem de enfrentar essas vacas sagradas da cultura portuguesa (os Pintos Ribeiros e os Alexandres Melos) e reduzi-las à sua real importância. Enquanto assim for quem tem dois dedos de testa, foge deste meio.
Quanto a Jorge Sampaio, não vale a pena mais comentários.
L.Neves
JG nao escapa à facilidade. é pena porque sabe dizer. Entusiasma-se com a sua verve e perde-se, desacredita-se. E depois APR esta acima desta converseta.
Por que sera que toda esta gente que podia aproveitar o espaço de discussao - sempre presente nos projectos de APR - se compraz em vir para aqui falaretar e nao utiliza os lugares certos?
Aqui não.
meus senhores, não metam o APR nessa guerra louca da Joana Varela com a administração da FCG.
Ora, porque aqui não?
É bom comunicar onde quer que seja ... todos os espaços são bons, até nas Igrejas...
L. Neves. Realmente aquele JS n merece o nosso digitar.
Quanto ao APR: discordamos; concorddo um pouco com a Maria: espetar a farpa olhos nos olhos, y no sítio certo. Tb não digo amén a tudo ... Contudo, está muito acima de um A.Melo, não misturar as farinhas ...
Com franqueza, acho que ficaram todos muito confusos com a multiplicação dos Antonios Pinto Ribeiro. Por momentos, pareceu-me estar a ver a dupla Dupond e Dupont...Saudações
Ninguém está a meter na guerra, está a tirar da guerra. Já chega de trafolhice e tautologias de nomes ...
ora,ora cá está o gosto pela sopa onde tudo se mistura...tão portuguesinhos..incapazes de analisarem com rigos o problema vá de delirar e mexericar....agora a culpa da demência da Joana Varela
é do Pinto Ribeiro. Lembram-se quando ele foi o culpado de terem acabado com o Ballet Gulbenkian? depois ninguém leu o que ele escreveu no livro dos 50 anos da fundação onde a propósito do BG afirmava ter sido contra e até tinha apontado alternativas. Mas claro isso ninguém leu..ou se leu fingiu que não leu...agora é o culpado da sorte da varela.....ele que é genial mas muito vaidoso deve estar a divirteir-se imenso.
Epa Apareceu aqui um Anónimo Estranjeiro a dizer mal da sopa dos tugas. Veio de colher de pau. Epa! O PintoRibeiro agora foi confundido com o Obama? Genial. Pá!? Qualquer dia é preto.
Enviar um comentário