25.11.08

BRIGADAS


Não simpatizo nada com a figura política de Dias Loureiro e não aplaudi a sua escolha para o malfadado Conselho de Estado. Mas ainda consigo simpatizar menos com as diversas brigadas kitsch-policiais dedicadas à eugenia política - colocadas disciplinadamente às ordens do dr. Louçã e que visam mais longe e mais alto, como qualquer analfabeto já percebeu - brigadas essas que, segundo julgo saber, não só não conduzem a acção penal como não estão legalmente habilitados para efectuar uma investigação criminal. Poupem-se ao ridículo.

10 comentários:

Anónimo disse...

É assim:

- Por um lado, clama-se que a Lei e a Ética são para cumprir;

- Por outro, se alguém diz para se cumprir estes princípios, ai! ai! que são inquisidores, policias e turcionários, e se alguém "diz para" ou "os faz" cumprir é porque tem 2º intenções e interesse no negócio.

Ou seja, o Sindroma Anti-ASAE em versão de Estado.

Pessoalmente, só espero que a situação se clarifique rapidamente (enfim haja esperança) e que não tenhamos de, dia após dia, receber notícias de desmentidos e contra-desmentidos, que, infelizmente, parece mais certo, com uma carrada de gente a assobiar para o lado.

PS - Já agora, o cargo de Conselheiro de Estado é vitalício entre Eleições Presidênciais, ou de livre nomeação e "desnomação" presidêncial?

Anónimo disse...

O Sr. Sócrates pensava que, com a campanha que os socialistas estão a fazer nos últimos dias contra Cavaco, os professores deixavam de fazer manifestações, os mineiros de Aljustrel deixavam de lutar pelo seu emprego, os números da economia melhoravam, o desemprego baixava, etc. Estão muito enganados. Pode a SIC montar todas as noite uma missa para proteger a mentira de quem nos governa que o povo não se deixa enganar. O agravamento da situação portuguesa no ínicio do próximo ano será fatal para o Sr. Sócrates, que nem as mais brutais campanhas contra os seus adversários lhe servirão de ajuda. O povo português tem problemas tao graves que já não papa campanhas feitas pelos mesmos contra os mesmos: contra os professores, contra os trabalhadores contra os médicos, contra os militares, contra os juízes,etc.

Anónimo disse...

Cavaco devia ter (a bem da representatividade)convidado para o Conselho de Estado tambem o sobrinho de Isaltino, o tal que vive na Suica, e que poderia participar nas sessoes por video-conferencia.

Nuno Castelo-Branco disse...

João, neste caso não estou de acordo contigo. o dr. Cavaco pode ser solidário com os seus amigos e isso fica-lhe muito bem. No entanto, a posição que ocupa na hierarquia do regime que se confunde com o Estado, devia induzir, pelo menos à prudência. Ontem, falou quando nada devia ter dito, pois expôs-se. hoje agravou a coisa, "acreditando piamente" nas garantias dadas. esperemos que sim*. Mas e se tal não acontecer? O que fará? Encolhe os ombros e segue adiante?

*Espero que tudo corra bem, pois isto está a "chavizar-se" depressa demais!

Anónimo disse...

Dias Loureiro há-de sair deste pequeno problema mais reforçado, mais vigoroso, com a toda pujança intelectual, e mesmo moral, que todos lhe reconhecemos. Um homem desta creveira não desanima face a estas sempre ridículas adversidades.

Anónimo disse...

O retrato dos bancos, do mundo dos bancos em Portugal, está hoje nas páginas do "Público". Nas páginas onde se escreve sobre o BPN e Dias Loureiro aparece uma meia página de publicidade ao Santander Totta. SE for coincidência é uma curiosa coincidência, se não é, então o jornal informou o banco que ia ter estes textos e este optou por inlcuir publicidade claramente com a intenção de contraste. No meio da bandalheira, a luz do Totta. Ora, alguns questões se levantam aqui, e nem vale a pena dizer quais.

Carlos Medina Ribeiro disse...

«(...) Sempre pensei que o cavaquismo era assim uma espécie de salazarismo democrático, em que o seu mentor era um poço de virtudes morais, o seu aparelho político um saco de gatos e boa parte dos seus apoiantes mais firmes e mais ilustres uma cambada de oportunistas e arrivistas em busca de sucesso material rápido e a qualquer preço. (...)»
.
Extracto de «Resíduos tóxicos do cavaquismo», crónica de Alfredo Barroso publicada hoje no seu blogue [aqui].

Nuno Castelo-Branco disse...

Para o Carlos Medina Ribeiro:
Como se Barroso tivesse muita legitimidade para atirar pedras aos ppd's... O próprio regime, em fase de se tornar ele próprio um resíduo de democracia, enferma de elevados níveis de toxicidade.

Anónimo disse...

O homem falou com a Judite, mas não estava em segredo de Justiça. Podia ter explicado alguma coisinha. Recordemos Vieira:
Padre António Vieira: Locutus est mutus.

Anónimo disse...

Com toda a pujança mas também com toda a cagança, como se diz em Coimbra.
Ainda quero ver como vai sair desta.
O começo em nada o favorece.