8.11.08

MANUELA VAI COM AS OUTRAS?

Hoje ocorre uma "gigantesca" manifestação de professores. Ontem, certamente por mera coincidência, Manuela Ferreira Leite defendeu a suspensão da avaliação dos docentes e o recurso a um "novo" modelo e à avaliação "externa". Está encontrada a versão "Manuela vai com as outras"?

17 comentários:

bA disse...

há a reforma e a contra-reforma
e há eleições à porta
e há o vira-o-disco e toca o mesmo
e há o fado
e a fada má
e o mau fado que é o nosso, o do povo português nas mãos de políticos ambiciosos, prontos a vender a alma ao diabo,
etc
e o importante é que haja Sol, que é um factor importante para que não sejamos verdadeiramente enteados

Anónimo disse...

este ministério da falta de educação e instrução
parece ter sobrado da idade da pedra "lascada" a avaliar pelos nomes: jorge pedreira, não sei quantos calhau.
aqui o simplex transformou-se em complex:
papelada burro-socrática 80%
aulas 20%

radical livre

Anónimo disse...

Aqui, creio que não se trata de contestar as avaliações, mas o modelo. Será isso que Manuela defende? Se fôr, tudo bem; ela não pode deixar de aparecer nos grandes movimentos e este, pelo número, qualidade e importância na sociedade dos manifestantes, é de aproveitar para marcar a sua posição. Pois, que a marque claramente, é o que se lhe pode pedir.

Anónimo disse...

Confesso que é a primeira intervenção da Manuela mais sensata e apropriada, isto para quem não é professor , mas que sabe bem o que se lá passa dentro das escolas...e acredite que é até bem MAIS grave do que a maioria dos "afastados" pseudo-literados imagina. É que esta avaliação é altamente mal elaborada e ninguem da "rosa-primeira" teve a coragem de voltar a atrás e já agora, importar o modelo finlandes (muito mais simples, sem divisões, baseados em objectivos internos de escola). Mesmo nos US of A do Obama, a avaliação de professores é muitissimo mais simples e sem criar as palhaçadas que hoje ocorrem nas escolas.

LUIS BARATA disse...

Ainda não percebi muito bem quais as razões que levaram a Dra. Manuela a mudar de opinião sobre este assunto.

Anónimo disse...

Pode-se sempre governar (ou hostilizar) contra o povo, contra os professores, contra os militares, contra os médicos, contra os enfermeiros, contra os magistrados, contra os polícias, etc, etc Pergunto: oque ficará desse país em que parece que apenas se governa a favor dos banqueiros? Um arrogante Sócrates, protegido pelos capitalistas, e a miséria do povo.

Anónimo disse...

A agência de propaganda governamental Lusa difunde uma notícia às 13 horas, a propósito da manifestação dos professores, marcada para as 14.30, que o Terreiro do Paço está vazio. Os jornalistas já não têm vergonha?

Anónimo disse...

Lamento ver que todo este país parece ser o cenário de uma anedota.
Começando pelo governo, passando pela oposição e acabando em nós, contribuintes.
As anedotas só têm piada quando acontecem a personagens fictícias.

Luísa A. disse...

Penso que não estará em causa o princípio da avaliação de professores, mas o processo. Os nossos legisladores actuais parecem ter-se esquecido de que uma boa lei não tem apenas de ser útil e de garantir a equidade, mas também de ser exequível. E um ano de experiência já dá sinais mais do que eloquentes de que este modelo de avaliação «inter-pares» é excessivamente pesado e labiríntico, desviando os professores da preparação das aulas para o trabalho administrativo. Uma avaliação externa por inspectores da educação (já testada noutros países europeus) só teria vantagens, designadamente as do rigor e da objectividade.

Anónimo disse...

Que gracinha que tem est Luisa do comentário anterior. Se o ME contratasse inspectores da educação para fazer a avaliação dos professores, os Sindicatos e "sus muchachos" desatavam aos gritos que vinha aí outra vez uma ditadura, etc, etc...Não me lixem!

Tino disse...

Mais vale tarde do que nunca.

Anónimo disse...

Eu concordo com o modelo de avaliação externa. Mas a entidade que fizesse esta avaliação, os inspectores ou seja o que for, tinham de ser independentes do Ministério da Educação, ou pelo menos o Ministério nunca poderia influenciar a escolha dos inspectores e/ou as condições de trabalho. Para não cederem a pressões.

Unknown disse...

Não vem ai a ditadura, a ditadura já se encontra em instalação, travestida de respeitável democracia. O Primeiro Ditador Sócrates e a "mulher das estatísticas" Lurdinhas desprezaram 120 000 professores na rua. Lurdinhas, enfadada, manifestou o seu estado de alma expressando que estes acontecimentos menores não a incomodam e que já teve dias piores. Muito bem, registamos. Mas Sócrates nem apareceu. Mas que tipo de político que assobia para o lado com uma classe profissional inteira na rua a chamar mentiroso à sua ministra e clamar por mudança?

Este governo de ditadores de pacotilha, com sócrates na dianteira, assenta a sua estratégia na fidelidade comercial das agência de comunicação, na submissão sabuja da agência noticiosa nacional (como acima foi referida), do primeiro canal de propaganda, da TSF que considera que uma manif de 120 000 cidadãos na rua não é noticia para "cobertura", no condicionamento sistematico da indigente SIC e do seu proprietário Balsemão, dos instrumentos panfletários DN/JN, e finalmente na manipulação dos estudos de opinião, tudo para continuar a deformar a realidade e continuar a politica da mentira política. Este é o padrão dos regimes autoritários para o qual Portugal está a caminhar a largos passos. Nacionalizações arbitrárias, tentativa de controlo da comunicação social, Justiça grosseiramente manipulada como se verificou com a fantochada em Felgueiras, e um clima de intimidação geral de "quem não é por nós é contra nós"(quem não se lembra do Professor Charrua, da DREN e da agora famosa Margarida convertida numa comentador da RTPn). Os nossos governantes, mais que irem fazer negócios com o Chavez, vão lá é aprender como se mantém um país manso e em sentido.

Unknown disse...

Helena Matos observou na SIC que este ministerio de Educação se transformou num ministerio de gestão de relações laborais. Esta ministra, fala de estatisticas, dos professores e dos seus pecados, mas nunca fala de educação e dos seus graves problemas.

Mas como "Ministerio das relações laborais" também esta ministra tem mostrado que tem pouco jeito para a função. São 120 000 que estão na rua, são milhares em processo de reformas antecipadas apesar das fortes penalizações, são os auxiliares agredidos e desprezados por alunos e "encarregados de educação" nas escolas. A desmotivação, o medo e a desconfiança são os sentimentos dominantes. Um mal estar que já não é difuso mas cresce por todo o lado. As direcções regionais, dominados pelos acólitos do partido do governo, tornaram-se em centros de controlo ideologico, de bufaria e de condicionamento dos professores. Como gestor de recursos humanos, esta ministra não está mal.

Há um desfazamento total da Ministra e dos seus acólitos da realidade da educação em Portugal. O facilitismo, e ausência critérios de exigência e de avaliação, a baixa qualidade crescente do ensino das disciplinas nucleares, nada de isto é relevante. Só importa degradar a imagem dos professores (ver as figuras da "formação" Magalhães no YOUTUBE), tentando lançar a opinião pública e os pais sistematicamente contra os professores com o argumento de que são um cambada de malandros que não querem trabalhar nem ser avaliados. Um déspota (pouco esclarecido) não faria melhor.

A questão é: prova-se que os professores são capazes de se mobilizar ao sábado. Mas será que conseguem continuar também na 2ª, 3ª, etc? Desconfio que o governo e a ministra sabem a resposta.

Anónimo disse...

Concordo em absoluto com o Anastácio. Só não vê quem não quer ver, ou tem interesses nisso.

Aladdin Sane disse...

Eu vou com Manuela. E não é uma decisão tomada ontem. Até lhe podem chamar "voto útil", se quiserem. É um voto.

de.puta.madre disse...

A Manuela Ferreira Leite foi um Cancro como ministra da Educação. Ainda andamos na quimioterapia por causa dela. Não esquecer. Não esquecer.