A VAIA
O Dr. Barroso recebeu este fim de semana a sua primeira grande vaia. Foi prolongadamente assobiado na abertura do novo estádio do Benfica. Convém dizer que, de uma forma geral, os políticos presentes - todos - foram relativamente mal tratados pela turba. Eu, que não gosto nada de futebol, considero ser de uma imensa ingratidão este tipo de manifestações. As "massas associativas", de facto, em vez de demonstrarem o seu agradecimento pela circunstância de os seus clubes andarem permanente e promíscuamente associados à vida político-partidária, assim que podem, brindam os "políticos" com assobios e insultos. Não se deve atribuir grande significado político a isto, até porque a barulheira faz parte da "festa", na cabeça da "massa". No entanto, e considerando que só praticamente o governo e Barroso existem na paisagem política, graças à autofagia do PS, a vaia, ensaiada por 65 mil almas e transmitida em directo na tv, significa que o "povo" se está rigorosamente nas tintas para quem manda e para quem julga que vai "reformar" alguma coisa. Será que os nossos "pastores" ainda não perceberam que não se "muda" nem "reforma" ninguém contra a sua vontade? Barroso teve ali uma amostra do País que comanda sem verdadeiramente comandar: uma horda malcriada de impenitentes irreformáveis, com cachecóis multicores ao vento.
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