11.10.03

LEVAR A SÉRIO ?

Falei aqui em mediocridade larvar para dizer dos tempos que correm entre nós. Esta semana acentuaram-se os sinais. Praticamente ninguém se salvou. No episódio da "libertação" de Paulo Pedroso, só se aproveitou a sua postura discreta e o o seu discurso sensato e equilibrado. Aquele "prec" parlamentar, açulado pelas televisões, limitou-se a ser mais uma rude farpa auto infligida pelo PS. Culminou, para aqueles lados, na apagada intervenção do Dr. Ferro no debate sobre a construção europeia. Não cintila naquela alma uma chama, não desponta daquele discurso qualquer fulgor ou esperança. As coisas, porém, também não foram melhores para a contentinha "maioria". Barroso não soube gerir a pequena crise doméstica e ela rebentou-lhe no debate que ele queria que fosse sobre "assuntos sérios". Lá longe, nos EUA, Portas terá rido a bom rir. Em poucos dias, viu o seu parceiro auto-flagelar-se, e perder o tino, e ganhou, sem se mexer, listas conjuntas. Voltou a meter Barroso no bolso do seu fato às riscas. O PGR persiste no seu vício de fala intempestiva, sabendo perfeitamente que é "parte" nos processos, e que não "paira" angelicamente sobre a terra. E etc, etc. Fenece, pois, a confiança e a vontade de "participar". Em quê e para quê, não é verdade? No seio desta civitas confrangedoramente perdida em trevas, há quem ainda queira discutir o "referendo", por exemplo. Ou a "constituição europeia". Será que é para levar a sério?

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