MINUDÊNCIAS
Mário Soares fez o seu balanço mensal na Antena 1, da RDP. Referiu-se ao nosso momento social e político como de "mal-estar" e chama a atenção para a falta de atenção que nós prestamos à questão europeia. Voltou a verberar o "populismo" que se abriga irresponsavelmente por detrás de pessoas com o ar mais respeitável deste mundo, e sustenta que este não gira, nem pode girar, em torno do homem do Texas. Quanto à peripécia do "tumor/bolor", Soares limitou-se a citar um brocado latino e a evocar a sua idade, querendo dizer, com humor, que o "pretor" não se ocupa com minudências. Infelizmente - digo eu - são as minudências que vão fazendo escola na nossa vida quotidiana. As minudências e os seus protagonistas, também eles, quase sempre menores. De vez em quando, porém, há uma elevação ou um rasgo. Por exemplo, Pedro Lynce, uma pessoa que não se destaca pela eloquência, esteve à altura das suas responsabilidades cívicas e éticas, e partiu. Pelo contrário, o seu colega MNE assobiou para o alto e invocou a "honra" para ficar. Deve julgar que tudo não passou de uma "minudência".
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