19.10.03

OUTONAIS

Uma. Ler no Abrupto posts sobre a contraditória e voluptuosa Istambul. Começa-se a perder um deputado europeu livre e com qualidade, e a ganhar um excelente observador (des)comprometido que, aliás, nunca o deixou de ser. Quando, um dia, virmos isto tudo em livro, perceberemos que, nem ele, nem nós, perdemos nada com o previsto abandono da "política". JPP está out do "pacto de geração" que nos pastoreia.

Duas. Ler o Crítico. O São Carlos e o seu coro na mira.Tem razão. Foi penoso. O secretário de Estado da Cultura estava lá para ouvir. O problema não é esse. Ele ouve mas não vê.

Três. Estavam milhares de anónimos, convictos e crentes no terço de homenagem ao Papa. Visto da televisão, foi bonito. Dispensava-se a opinião do Dr. Félix e a mostra do piedoso friso governamental. O Estado ainda é laico, suponho.

Quatro. Os jornalistas perguntaram à D. Catalina se continuava a confiar na justiça. A veneranda senhora respondeu: "confio em vocês". Referia-se, naturalmente, aos novos "órgãos de soberania", os jornais e a SIC.

Cinco. O Dr. Ferro está-se "cagando" (sic) . É tempo de, no PS, alguém lhe fazer o favor de puxar definitivamente o autoclismo.

Seis. O Dr. Pedroso, que até lê umas coisas, devia conhecer a "máxima" de Mitterrand. É preciso dar tempo ao tempo. Ao contrário do que possa pensar, a Pátria não suspira por ele. A seu "tempo" perceberá.

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