4.1.11

LABREGUICE


Parece que, por causa dos impostos, os portugueses acabaram o ano a adquirir automóveis. É mais um sinal de periferia e de trogloditismo social e cultural. Em vez de pensarem em hábitos de poupança - que perderam com o deslumbramento do pacote democrático que oferece este mundo e o outro sem, na realidade, dar o que quer que seja -, preferiram gastar em carros que, por força do aumento brutal e crescente dos combustíveis, deverão ficar à porta. Mesmo assim, duvido. O português médio trata melhor o carro do que a família. A gasolina a dois euros talvez não fizesse mal.

14 comentários:

Anónimo disse...

Criou-se, e depois enraizou-se, a mentalidade do "empandeiranço" muito por culpa do dinheiro (crédito) fácil. Não há como educar uma comunidade no simples bom-senso. Depois ... f-mo-nos todos, pois claro, porque o mal é para dividir por todos. É mais uma acha para a crescente fogueira da "democracia".

Anónimo disse...

Não foram os portugueses, nem os portugueses "médios". Foram os portugueses "médio-altos"... Uns labregos trogloditas, sim, a maioria dos quais muito lambecus (mas com muita mania). Só assim conseguem a massa para comprar BMWs, Mercedes, Cayennes, iPads, iPhones, Blackberries, etc. E férias "na neve"!... São dos tais dos "part times" de outro post.

PC

Garganta Funda... disse...

Apoiado.

Retrato breve e certeiro da família tuga desmiolada.

Como é que Portugal pode ir para a frente com esta mentalidade perdulária e «afoleirada»?

Há pais de famílias que preferem encher o tanque com hidrocarbonetos do que alimentar os seus filhos ou dar uma educação capaz!

m.a.g. disse...

"Sem espanto mas com imensa vergonha" de fazer parte de um povo burgesso que potencia e cultiva cada vez mais este nacional parolismo deslumbrado.

floribundus disse...

um sujeito modesto que conheço possui uma carripana mais pré-histórica que a minha.
o seu orçamento para gasolina é de €20/mês. dizia no Domingo com ar sorridente «mais um ano e dou semanalmente a volta ao quarteirão»

Xico disse...

Caro João Gonçalves
Não estou nada em acordo consigo.
O João vive em Lisboa, mas muita da população vive na província e a mobilidade desta não tem nada a ver com o Portugal de há 20 anos atrás. Experimente residir a 20 Km do local de trabalho e esperar por transportes públicos que não existem.
Dentro de um mesmo concelho não é possível a deslocação em transportes públicos.
Sem o carro privado, então é que a desertificação do país teria proporções desastrosas.

Anónimo disse...

... o Xico tem razão! O João não a deixa de ter !

Anónimo disse...

Há um pormenor a ter em conta, e que não foi referenciado pelos comentaristas, porque afinal foram os automóveis de alta cilindrada e gama alta os que foram mais vendidos.
E isto prova que não devem ser para se deslocarem para o trabalho, ou que residem a muitos quilómetros de distância, para estas funções normalmente adquirem-se os chamados utilitários.
Cps
S.G.

Anónimo disse...

Irra! que os tugas são mesmo obcecados por sucata.

Sucateiros ide p'rá puta que vos pariu! (a galope no carro) Façam broches ao tubo de escape! Toca a snifar motor com óleo queimado!

Metam o pópó no cú! Mas lavem-no muito bem antes.

Cáustico disse...

O mal de muito português é a caca,a ânsia de ser importante. E como a importância anda muito arredia serve-se do certo e do errado para se dar ares. Conheci um paspalho, casado e com filhos, que há cincoenta anos só comia um prato de sopa ao jantar. O mesmo acontecia com a mulher e os filhos, por causa das prestações da televisão, da estereofonia, do carro e de muitas outras que só serviam para alimentar a vaidade imbecil. Quantos neste país há deste género e piores ainda.
O problema da importância nos seres humanos julgo que fica bem ilustrada com a afirmação de um intelectual, não de um Zé qualquer, que disse: Ainda que fosse possível provar cientificamente a existência de Deus, eu nunca o aceitaria porque isso seria diminuir a minha importância. Qual é a importância do ser humano quando entra na cova dentro de quatro tábuas?.

Anónimo disse...

Estes são os portugueses que não têm pai rico, nem saiu a lotaria.
São os portugueses que, desde pequeninos, levam lavagens ao cérebro para consumirem desenfreadamente, porque isso é bom para a economia. Porque essa é a imagem que a televisão lhes dá dos ricos, objectivo supremo e inatingível, dos pobres.
São os portugueses que usam os cartões de crédito, dos mesmos bancos que suportam o Dr. Cavaco, e que são servilmente servidos pelo Dr. Cavaco. Com assento a seu lado, no Conselho de Estado. Bancos que roubam os depositantes para enriquecer os administradores, e o poder político, como fazia o Dias Loureiro.
Estes são os portugueses que vêm telenovelas e futebol, em vez dos debates eleitorais.
Estes são os portugueses, que acreditam nas imagens que a televisão lhes mostra; que acham Sócrates, Paços Coelho e Portas, uns moços simpático, bem vestidos e com dentes brilhantes, incapazes de fazer mal a alguém; e Cavaco uma autoridade em economia e finanças!!!

São estes os portugueses que vão votar em Cavaco Silva.

Umas bestas, sem dúvida. Mas inocentes. E por isso merecedores de respeito.
Foi nisto que deu Portugal.
É disto que Portugal é feito.

Promover e reeleger os responsáveis pela ruína pátria, conscientemente, esse é que é o crime, "contra naturam".

José Domingos disse...

O importante, é parecer, nem que seja a mulher a ganhar, para pagar a prestação do pópó.
É importante, parecer um homem de sucesso, acima de tudo, estar melhor que o vizinho.

Anónimo disse...

O meu automovel é a extenção e o espelho da minha virilidade. Até meto o carro na garagem da vizinha...

Unknown disse...

Há tribus africanas em que o sonho de qualquer um "negus" é ter um "plasma" na cabana.

Olha, por exemplo, o camarada Ricardo Rodrigues é viciado em gravadores. E depois, não vem mal ao mundo (nem aos jornalistas) por causa disso.

A

Rui
PS. Se fosse o Coelho a presidente, aposta que estava a lavar a carreta eleitoral. É rapaz para isso. Loucura e estilo não lhe falta.