No livro, um belo livro, de Thomas Harris, Hannibal, a dado momento Lecter escreve a Clarice. Termina dizendo que o mundo é um lugar melhor pela circunstância de Clarice existir nele. É justamente o oposto disto que Tony Blair representa - o mundo é um lugar mais abjecto por Blair existir nele. Infelizmente Hannibal nunca se cruzou com Blair. Porque apreciava "cozinhar" todos aqueles que considerava menores e perturbadores da amenidade universal. Tony é um escarro - não é por acaso que se chama Tony e não Anthony - que continua por aí, pago como uma luxuosa prostituta internacional para falar a néscios. Não contente com isto, deu à estampa (o que também já lhe deve ter dado milhões pré-pagos de direitos autorais) um livro de memórias no qual, como mísero acanalhado que é, acusa Brown (que o criou politicamente) de alegados aspectos nocivos da sua personalidade que "estragaram" a maravilhosa herança do "new labour" do cretino. Blair, e a sua medonha e vulgar "Cherrie", é um ícone da esquerda moderna que deu, por cá, em Guterres e Sócrates. Revelou-se um tramposo oportunista que, por ser mais inteligente e maquiavélico que W. Bush, se mantém à tona como grande "personalidade internacional". É um sinal dos tempos que um Tony tão humanamente reles o seja. Mas os tempos também não merecem melhor.
8 comentários:
Tony Blair foi nesta última década o dirigente politico internacional mais asqueroso, maquiavélico e perigoso na cena europeia e mundial.
Tony Blair, o «ideólogo» da «Terceira Via», uma requintada fraude politica para conquistar o centro com sacrificio de todo o património trabalhista inglês, devia ser julgado no Tribunal Penal Internacional por ter sido cúmplice activo e autor moral de vários crimes contra a Humanidade.
Desde as peripécias dos embargos de alimentos e medicamentos às crianças do Iraque até à própria invasão do Iraque por motivos baseados em mentiras e mistificações.
Em Portugal, teve e tem acérrimos seguidores.
Um deles é Sócrates. Cretino e camaleão como ele.
Oportunista. Mentiroso. Mistificador.
Este tipo de politicos - como já se viu - são capazes de vender a alma ao Diabo em troca dumas miligramas de poder.
O fim para eles deverá ser trágico.
Deus não dorme!
Como sou há várias décadas um amador interessado-taradinho em armas de guerra e em conflitos importantes da história recente (séc XX), não pude deixar de me espantar quando, em 2003, vi Powell nas Nações Unidas a mostrar ao CS e ao Mundo um relatório recheado de banalidades e coisas por provar (assim indicavam as primeiras análises sérias); e junto com isto - pasme-se - imagens sintéticas, desenhos, projecções, 3D de má qualidade e organigramas simplórios, todos eles "provando" ao Conselho a existência de armas de destruição maciça na posse de Saddam (até a minha sobrinha não se deixaria enganar). Todos papalvamente se apressaram a aceitar a coisa, de modo acéfalo e infantil (ou pior: de modo irresponsável e indiferente). Jamais saberemos o que verdadeiramente se passou na diplomacia de então, mesmo com livros de "memórias", tipo-tony. De início não queria acreditar que o aparentemente prudente (e súcia!...) Blair se deixasse manobrar assim por um tão analfabeto cowboy (dominado pelo seu vice e pelos tipos do Texas). Hoje acredito que embarcou cobardemente e por puro interesse num esquema que não garantia segurança alguma no pós-operação de invasão. Percebemos também que é um hipócrita, além de reles (uma implica a outra). Bush, a seu modo, é bem melhor que tony.
Não considero (ao contrário de maria-de-belém-que-apoia-com-lágrinas-ricardo-rodrigues) que se possa ficar indiferente a todo e qualquer ditador, só para não ter chatices e para que tudo fique na paz-podre que a esquerda tanto gosta como cenário e ilusão. Provavelmente, se dependesse de belém-roseira, Hitler ainda estaria "hoje" a usar uma Gestapo que enforcava pessoas em cordas de piano.
Ass.: Besta Imunda
Como comenta Garganta Funda, na sequência do texto do autor do blogue, Tony Blair, uma das mais sinistras figuras da História Contemporânea, deveria ser julgado por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional, condenado e executado.
É um escarro, uma prostituta, um canalha e atreve-se a publicar um livro de memórias a que uma não menos miserável editora deu guarida. Espero e desejo que não seja traduzido em português para não conspurcar a língua.
Deve ver-se o filme de Polanski "The Ghost-Writer" sobre a horrenda criatura para se ter uma pálida ideia da baixeza a que pode chegar um ser humano.
Exceptuando a perversa patologia, O Hannibal era um requintado sedutor. É um livro a ler ou reler
Clarice Starling to Paul krendler (um perfeito exemplo de "escarro"):
Aren't you curious why he (Lecter) dines on his victims?
To show his contempt for those who exasperate him, I think.Or, sometimes, to perform a public service. In the case of the flautist Benjamin Raspail - he did it to improve the sound of the Baltimore Philharmonic Orchestra, serving the not-so-talented flute player's sweet-breads to the board with a nice Chateau d'Y quem at forty-six hundred dollars a bottle. That meal began with green oysters from the Gironde, followed by the sweetbreads, a sorbet and then, you can read here in Town & Country: A notable dark and glossy ragout, the constituents never determined, on saffron rice. Its taste was darkly thrilling with great bass tones that only the vast and careful reduction of the fond can give.
Quanto ao Blair: não está sozinho nas iniquidades, atenção.
O "The Ghost writer" é de facto um filme imprescindível.
Dos primeiros ministros R.U. nos últimos 25 anos, retemos dois nomes:Tatcher e Blair.
Tatcher chegou ao poder quando o país resvalava perigosamente para um clara terceiro-mundismo, com greves consecutivas, desafio mafioso da oligarquia sindical, monturos de lixo até aos 1º andar dos edifícios, a Royal Navy enferrujada, a moeda em quebra constante, a BA falida, etc. Sabemos em que estado o Reino Unido ficou após a sua gestão de ferro.
Blair teve o caminho facilitado, com uma situação completamente diferente em termos económicos e de gestão do Estado. Uma prestigiosa vitória militar contra um país que vale alguma coisa - a Argentina -, cidades limpas, empresas regeneradas em termos de direcção, modernização e competitividade em termos internacionais. Enfim, uma voz forte na Europa e pela primeira vez desde 1918, tornou-se na segunda potência militar em termos mundiais: eficácia, actualização de equipamentos e racionalização de meios.
O que fez Blair, além de uma catastrófica política de subsídios que atraiu uma infinidade de problemas vindos de outras paragens do antigo Império Britânico, descaracterizando o país e colocando em risco a própria segurança da Europa? Sabemos o estado em que ficou o R.U. após a sua "fuga" em duvidoso benefício de Brown que, queiramos ou não, vale muito mais que o arreganha-dentes de ocasião.
No filme "The Queen" e bem ao contrário daquilo que os espectadores desatentos possam pensar, a imagem de Blair sai sujíssima. Parece um simples manipulador, interesseiro oportunista e o próprio apoio à impoluta rainha é em auto-benefício, tendo apenas um rebate de consciência quando confrontado pelo seu patético staff, lhes chama a atenção daquilo que é "serviço ao Estado". Enfim, um excelente relações públicas de uma empresa vendedora de detergentes para lavatórios em casas de banho públicas.
Quanto à émula da senhora Cruela dos 101 dalmatas - a tal milionária vermelha Cheerie -, no comment.
Lá está você outra vez, JG. Parece estar a ir tão bem e, de repente, «descarrila». Para quê esta ridícula, e injustificada, raiva contra Blair? O homem teve, tem, defeitos, sem dúvida. Mas, no essencial - incluindo a Guerra do Iraque - esteve sempre do lado certo. Por isso, acalme-se e deixe-se de disparates.
Gosto também muito daquela cena do primeiro filme, em que de dentro da sua jaula de vidro o bom doutor Hannibal pergunta a Clarice pelo rancheiro das ovelhas: "...did he force you to perform fellatio?". Introspectivo.
Ass.: Besta Imunda
Perfeito.
Efectivamente só nos tempos que correm tal "pepsodent" (a quem todos os adjectivos negativos podem ser aplicados) pode ser considerado como, para mal dos nossos pecados, é.
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