Infelizmente ainda não li a biografia de Salazar. Uma amiga que vem de Portugal vai-ma trazer dentro de um par de semanas. Estou curioso.
Não só muitos dos males atribuídos a Salazar vinham de trás -outros eram comuns a outros países-, como foi ele quem começou a resolver muitos deles. Acusado de responsável pelos altos níveis de analfabetismo em Portugal aquando da revolução, O Prof. Salazar não só não é responsável como os números terian sido muito piores se ele não tivesse começado a colmatar os efeitos da destruição das estruturas educativas da Igreja pelas revoluções de 1820 e 1910, estruturas essas que eram as únicas fora dos centros urbanos de Lisboa e do Porto e de umas quantas "grandes" cidades. É, aliás, inacreditável que só a partir dos anos 30 é que Portugal, para todos os efeitos um Estado da Europa ocidental, começa a construir escolas primárias por todo o território nacional. Tal como hoje, em 1820 e em 1910 o Estado português julgava que escolas eram tão-somente os edifícios, e como tal era apenas preciso tomá-los e já está. Neste momento em Portugal cozinha-se um novo tipo de analfabetismo; um analfabetismo alfabetizado e devidamente diplomado. Consiste em saber escrever sem saber o que se escreve e em ler sem entender o que se lê (e não me refiro à qualidade, que isso é outra coisa). Há dias ouvi a D. Roseta, responsável pelo pelouro da venda de farturas na feira popular, dizer que o ensino 'pode não ser muito bom' (isto em dialecto socialista quer dizer 'péssimo') mas é melhor do que nos 'dias da ditadura' já que 37%, ou algo assim, frequenta o ensino superior. Isto em essência é o credo socialista: 'Creio em uma só miséri: esta ou a anterior. Uma terceira não existe.'
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Infelizmente ainda não li a biografia de Salazar. Uma amiga que vem de Portugal vai-ma trazer dentro de um par de semanas. Estou curioso.
Não só muitos dos males atribuídos a Salazar vinham de trás -outros eram comuns a outros países-, como foi ele quem começou a resolver muitos deles. Acusado de responsável pelos altos níveis de analfabetismo em Portugal aquando da revolução, O Prof. Salazar não só não é responsável como os números terian sido muito piores se ele não tivesse começado a colmatar os efeitos da destruição das estruturas educativas da Igreja pelas revoluções de 1820 e 1910, estruturas essas que eram as únicas fora dos centros urbanos de Lisboa e do Porto e de umas quantas "grandes" cidades. É, aliás, inacreditável que só a partir dos anos 30 é que Portugal, para todos os efeitos um Estado da Europa ocidental, começa a construir escolas primárias por todo o território nacional. Tal como hoje, em 1820 e em 1910 o Estado português julgava que escolas eram tão-somente os edifícios, e como tal era apenas preciso tomá-los e já está. Neste momento em Portugal cozinha-se um novo tipo de analfabetismo; um analfabetismo alfabetizado e devidamente diplomado. Consiste em saber escrever sem saber o que se escreve e em ler sem entender o que se lê (e não me refiro à qualidade, que isso é outra coisa).
Há dias ouvi a D. Roseta, responsável pelo pelouro da venda de farturas na feira popular, dizer que o ensino 'pode não ser muito bom' (isto em dialecto socialista quer dizer 'péssimo') mas é melhor do que nos 'dias da ditadura' já que 37%, ou algo assim, frequenta o ensino superior. Isto em essência é o credo socialista: 'Creio em uma só miséri: esta ou a anterior. Uma terceira não existe.'
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