20.11.09

UMA TRISTEZA


É preciso, de uma vez por todas, ter a coragem de afirmar que os problemas do país não se reduzem à questão da avaliação dos professores. Pelo andar da carruagem, qualquer dia nem sequer haverá dinheiro para fazer a avaliação. Ainda não passaram dois meses sobre as eleições legislativas e já o prestigiado parlamento tomou uma resolução sobre o tema. É, de facto, uma maravilhosa noção das prioridades. A próxima - a dos casamentos - será outra. Uma tristeza em forma de estupidez colectiva.

5 comentários:

Anónimo disse...

Enquanto isso... o Constâncio disse hoje à TSF que ficou surpreendido com as previsões do governo para o défice orçamental: "esperava que fosse um pouco menor, talvez 7 e TAL %". O especialista dos científicos 6,85% no tempo do PSD/CDS, adopta agora o estilo palpiteiro à medida do dono (dele e do défice). Também palpitou sobre a necessidade de "medidas importantes" para reduzir o défice, comp o aumento de impostos. E, a propósito da sua candidatura ao BCE, disse que "não é fácil para um português chegar a um cargo europeu desta importância". E eu acrescento que não é fácil a um português chegar a um cargo importante em Portugal, se não for do partido (dele e do dono).

Anónimo disse...

Eles nem o abalo dos fundamentos da democracia dos últimos dias discutem! Dou comigo a pensar se perceberão, sequer, o estado miserável em que estamos.

Anónimo disse...

Nem sequer são os problemas mais importantes a resolver na educação a Portugal,quanto mais serem os problemas mais importantes do país. A culpa é da opinião púbica( não, não é um erro de ortografia), aquela que se alimenta da conversa de pasquim, que alimenta o espectáculo degradantes dos jornais e respectivos amigos da propaganda.

Mário Machaqueiro disse...

Pois. Acontece que, para quem é professor, o problema não é menor e necessita mesmo de ser resolvido com urgência. Acrescento: está longe de ser o problema mais grave que afecta os professores, e está longe de ser o problema mais grave dentro desse problema monumental que é o sistema de ensino em Portugal.
Há outros problemas muito mais graves a acumularem-se em crescimento exponencial? Há. Culpa de quem nos tem desgovernado desde há vinte anos a esta parte (Sócrates é apenas um ponto de chegada numa história já longa e deprimente).

Anónimo disse...

Do 8 ao 80!!!