«O brutal assassínio do cronista social Carlos Castro teve cobertura grande na TV, plenamente merecida. Que caso! Há o contexto, a violência, os detalhes escabrosos, a relação passional, a convocação da mitologia e da psicanálise para enquadrar a relação e a castração. Há duas pessoas do pindérico meio dos nossos “conhecidos”, o nosso “dejecte-set”: o mais “famoso” cronista social, envolvido em “causas”, mas também autor de crónicas execráveis, por vezes vingativas ou ameaçadoras (“cala-te boca”, “eu um dia conto tudo”, etc.), e muito mal escritas; e o rapaz finalista num concurso televisivo de manequins que queria ser “famoso”. Há Times Square, Nova Iorque, local que os espectador conhecem, espécie de umbigo da sociedade do espectáculo global. Os relatos sugerem o patetismo: Castro sonhando um amor correspondido e prometendo a Renato Seabra torná-lo “conhecido” no “mundo” da moda, mas afogando-o no anonimato da grande cidade; e Seabra entrando na relação homossexual para alcançar a fama. Sem obter o que queria, achando que trocara a heterossexualidade por zero de fama, num ambiente desconhecido, descontrola-se e (alegadamente!) assassina com barbaridade. Se não é um crime sexual, a orientação sexual é elemento essencial do contexto. É também um crime por causa da fama, da celebridade. A fama mata.»
Eduardo Cintra Torres, Público
14 comentários:
Que fama?
Alguém no mundo conhecia aqueles 2 toscos?
ahahahahaha
Agora até já um desconhecido das berças é famoso quando os americanos nem sabem onde fica Portugal no mapa.
":O))))))))
Há-de ter sido surto de loucura por descobrir que era o que não quer ser. E a descoberta deu-se por "culpa" daquele a quem se vendeu em troca do tal mito da "fama".
Com a mamãzinha e restante famelga a apoiar, sabendo até que profissionalmente estava a quebrar um contrato de exclusividade que já tinha com a outra fatinha do Berardo.
Mas fica bem uma família decente achar que o rebento até anda a dormir com o "pai que nunca teve". Tudo pela carreira e imagem no "plasma".
Cá para mim até o padre da terra via os concursos, de tal modo meteu os pés pelas mãos.
Há quem sustente que este jovem assassino é de facto homossexual, mas vivendo um provável estádio de hesitação à mistura com uma relação espúria de troca de favores. Não é inédito existirem casos de orientação homossexual reprimida aos vinte anos e, depois de um casamento normal com filhos, pela meia idade, essa mesma orientação homossexual revelar-se com crueza.
Seja como quer que seja, os personagens desta miserável estória não me comovem. Acho-os simplesmente repugnantes, não obstante o crime hediondo que está em causa.
Como vem se vÊ pelas prosas abjectas que pitta tem vertido (também) sobre este assunto, para renato seabra, ao contrário de sócrates e compagnons de route, não há direito a presunção de inocência, reserva de intimidade para os seus familiares, expressão de solidariedade por parte de amigos e familiares do acusado a que (recordemos: não são permitidas visitas e o bilhete para NY, de qualquer modo, não é barato)de outra forma não poderiam fazer chegar a sua mensagem. Se bem me recordo, houve acções muito semelhantes (e outras bem diferentes, que incluiram ameaças de morte a magistrados da república) aquando do funesto caso casa pia. Esta "manif" nunca poderá ter, por razões óbvias, qualquer impacto efectivo sobre o conteúdo da decisão da justiça americana. Dirão alguns, e talvez com razão, que esta manif incomodará o livre exercício do luto por parte daqueles que lhe eram mais chegados a Castro; outros ainda, como nenhuma razão, que tal manifestação ofende a sua memória
(dizer tão-só, publicamente - pois também é aí que se joga o conteúdo psicológico e social deste caso altamente mediático - que se confia no amigo, para todos os efeitos (ainda?) inocente, a quem se conheceu sempre, parece, apenas bons exemplos e carácter; algum de nós faria coisa diferente se se tratasse de um irmão seu? é possível.) Mesmo que não passe de um acto reflexo da surpresa, produto de confiança talvez ingénua, mesmo que não sirva para mais do que unir amigos e conhecidos num esforço conjunto de adaptação a este tão duro e imprevisto acontecimento, mesmo assim, talvez valha a pena. Para eles, por eles,
Há ainda a conversa palerma sobre "os de Cantanhede" (como se aqui tivessemos entre mãos um caso muito sui generis, extravagâncias próprias da "província") que, consta, estarão mais preocupados com a sexualidade do amigo do que com a sua responsabilidade por um crime hediondo; primeiro que tudo, e como refere Cintra TOrres (finalmente!), se o "caso" é, em grande medida, definido por questões relacionados com a sexualidade do acusado, é compreensível que os que lhe eram mais próximos (mesmo sabendo nós que nestas matérias, como notado aqui por JG, sejam particularmente falíveis impressões exteriores, naturalmente condicionadas a determinado contexto) tentem lançar alguma luz sobre esse tema particular, ponto importante porque se é permitido aos media, sabendo muito ou pouco, tergiversar sobre o assunto, porque não ouvir quem conheceu e conhece Seabra?; depois, é evidente que nunca será esse o objectivo de fundo, e é lamentável perguntar-se, como o fatal Raposo,
"["em Cantanhede" - note-se] é mesmo pior ser homossexual do que assassino?". E ser um cretino, será mesmo preferível a usar a cabecinha?
Pitta, numa tocante individualização quase partidarizada, repreende até a irmã de Seabra porque, diz, é vereadora. Ah bom. Será mesmo preciso lembrar o que fizeram destacados militantes do PS, deputados, presidentes da casa civil, autarcas variados e até, em certo momento, o o ex Presidente da República, em defesa de Pedroso? é tudo diferente quando os famosos direitos LGBT estão em causa (como? porquê? mistério)e o alvo do processo não veste avental, não paga quotas no Rato, nem tem casa na linha? é preciso lembrar que do outro lado estavam crianças abusadas (alegadamente, claro) durante anos? Não me fodam
Claro que é homo dividido sem que essa identidade tenha tido forma e tempo de se sobrepor à hetero em que se formou.
O CAD tentou dizer isto a medo mas as Panteras Cor-de-Rosa costumam fazer espera à saída a qualquer psico que se atreva.
O CAD disse isto quando mostrou que a psicose reactiva e fantástica tem a chave na associação entre aquelas duas frases": tirei-lhe os virus da homossexualidade". Os demónios da homossexualidade que o atemorizavam, e declarou que também se tinha libertado a ele próprio: já não era gay.
O desfazamento entre isto e a realidade é suficiente para se perceber que esteve mais de uma hora a matar no outro aquilo que sabia que era, e que, muito provavelmente até tinha sido despertado em acto, pela primeira vez, com a velha bichona.
O crime é "hediondo", quanto a mim, pela exclusiva razão que está mesmo associado a essa divisão entre o que se julga que é e o que se não quer admitir que possa ser.
O crime existiu por o rapaz ser homo e ter praticado actos homossexuais.
De outro modo, duvido que exista prova de maldade com antecedentes brutais para matar um gay sem ele nada ter a ver com esse "problema".
Por arrivismo social, tinha sabido fazer melhor a farsa e saía dela sem se desgraçar.
Se fosse por mera homofobia- por raiva contra homossexual, não precisava de mais de uma hora de espancamento para depois garantir que não só tinha salvo o que matara, como a ele próprio desse pecado.
E não creio que para um caso destes a famosa justiça puritana americana seja exemplar.
Para casos à Madoff, sim. Para estes, não sei. Tipificar penas apenas pelo resultado, pode não ser o mais correcto.
Cumprimento a Zazie pelos seus comentários.
JG
Ainda sobre paneleiros
Que eu saiba, nenhum paneleiro me fez mal, me prejudicou. Mas não é por esta razão que defendo sempre a integridade física de todo e qualquer anormal sexual.
Um paneleiro é, em princípio, um animal racional como eu sou, e, como tal, tem direitos que ninguém pode esquecer.
Se os paneleiros tivessem um comportamento decente em público, se não gostassem de se exibir em todo o lado, se não andassem pela comunicação social a fazer propaganda da sua anormalidade, nunca me ouviriam falar deles, porque, para mim, aquilo que me mete nojo é tabu.
E já vem de longe o mal-estar que esta espécie humana me provoca.
Começou, quando novo ainda, deparei pela primeira vez com a figura nojenta, asquerosa do bem conhecido Carlinhos da Sé, que deambulava pela cidade do Porto, onde nasci. Anormal sem qualquer vergonha, sempre preocupado em evidenciar, através da maneira de andar, da forma imbecil de falar e dos movimentos efeminados dos braços, a sua anormalidade.
Outro, que nem cheguei a conhecer, proprietário duma importante drogaria da rua das Flores, teve de entregar a gerência da mesma, por imposição da família, a um cunhado, porque, valendo-se da sua condição de patrão, transformava os empregados, que tinham espírito fraco, nos seus garanhões.
Há-os que, seja de louvar, não dão a conhecer o seu problema. Passam por nós, falam connosco, sem nunca nos apercebermos da sua deficiência. Outros, muito pelo contrário, tudo fazem, de tudo se aproveitam, para publicitar a sua anormalidade. Para cativar clientes? Eles lá sabem.
É nos lugares públicos, quanto mais frequentados melhor, porque é sempre maior o número de pessoas a ver, na comunicação social onde, infelizmente, há gente da mesma qualidade ou a fazer o tirocínio paneleiral, que gostam de pôr em evidência todas as suas artes mariconsas.
O serem, é um problema deles. Que se tratem. Mas não iludam ninguém, principalmente jovens, com dinheiro ou promessas que não podem cumprir.
Juro que nunca tinha ouvido falar de nenhum deles. Jurei, porque as pessoas a quem tenho perguntado quem são ficam aparentemente incrédulas pela minha ignorância.
Mas as respostas são "homossexual conhecido" e pronto. Desculpem não conhecer o homossexual conhecido.
Quem era?
O «Sol» publicou o engate da "bichona" no "face-book". O diálogo é eloquente e mostra bem o "enquadramento" frequentemente pútrido das "artes da moda" e outras passerelles.
Vou deixar de ver os noticiários.
Hoje fiquei horrorizado, uma senhora de NY informou que a audiência tinha durado um minuto que as coisas nos States eram muito rápidas não eram como em Portugal.
E depois não lançaram as cinzas lá na rua que chatice há leis não podem fazer isso.
Dirão, cá também há leis, pois há mas não são para cumprir.
Um país de malucos aquele.
Pois nem foi preciso um minuto para que a Justiça norte-americana mostrasse como encara o crime praticado. Repare-se que o "modelo" torturou o Carlos Castro durante uma hora, mutilou o seu corpo e depois esteve quatro horas dentro do quarto com o cadáver. Quando finalmente saiu não dava mostras de que algo de grave se tivesse passado e disse apenas que o Carlos Castro já não saía mais do quarto. É de uma frieza tal que parece coisa de filme. Em seguida corta os pulsos, mas depois vai para um hospital. Quem se quer mesmo matar não procura ajuda médica. Dá toda a ideia que já aí estava a preparar a sua defesa, alegando insanidade mental. Quem sabe não terá telefonado a alguém para se "aconselhar", tendo tipo imenso tempo para isso.
Entretanto, alguma comunicação social tuga faz deste indivíduo uma vítima porque foi o cronista quem primeiro o contactou no Facebook. Como se tal desculpasse o crime selvático que vitimou um homem de 65 anos. E a maralha de Cantanhede faz vigília por ele, como se estivesse a ser alvo de uma injustiça. Portugal mete medo. Coitado é de quem morreu e ainda sofreu atrozmente antes disso. Há gente que não se enxerga.
CARO JOÃO GONÇALVES,
TENHO-O POR PESSOA ESCLARECIDA,MAS SERÁ QUE SE A MARIA QUE HABITAVA NOS CONFINS DE PORTUGAL E QUE ATÉ PODERIA TER TIDO DOIS PUTATIVOS E SUBLIMES REBENTOS COMO POR EXEMPLO,DUARTE LIMA E ISALTINO DE MORAIS QUE "Á SUA CUSTA" CHEGARAM AONDE TODOS SABEMOS,FOSSE ABERTA COM UMA SACHOLA PELO ANTÓNIO,TÃO BOM PAI E MARIDO MAS QUE NESSE DIA TINHA BEBIDO UM COPITO A MAIS,VÔCE DARIA TANTO DESTAQUE Á HISTÓRIA?
O QUE É QUE INTERESSAM AS CIRCUNSTÂNCIAS DO PASSAMENTO,DE UMA DAS MAIS ASQUEROSAS BICHONAS DA NOSSA PRAÇA (APESAR DE SER UMA DAS PRINCIPAIS CORTESÃS DA MARIA BARROSO E QUEJANDOS...),POR SINAL TÃO VIPERINA QUE SE MORDESSE A LÍNGUA CAÍA FULMINADA.E QUANTO AO RAPAZINHO QUE,A JULGAR PELAS INÚMERAS ENTREVISTAS E ANÁLISES "TELEPÁTICAS" DE "ESPECIALISTAS" NA MATÉRIA (DE ONDE APARECERAM??),DA D.JUDITE (QUE SE FOSSE PELO MENOS AOS TRATAMENTOS DO MIGUEL BOMBARDA NÃO LHE FARIAM MAL),SÓ FALTANDO O SR.MOITA FLORES PARA PÔR TUDO EM PRATOS LIMPOS,PARECE ESTAR EM PLENA CRISE DE AMBIGUIDADE SEXUAL?
JÁ SE LEMBRARAM QUE,RÁPIDAMENTE ESTA CRISE DE AMBIGUIDADE E,NÃO SÓ, VAI FICAR DEFINITIVAMENTE RESOLVIDA,POR MTOS. E BONS ANOS,LOGO QUE ENTRE NUMA PENITENCIÁRIA DOS USA,AONDE OS "TERAPEUTAS" JÁ SALIVAM...
MAS NÃO HÁ PROBLEMAS IMPORTANTES NESTE PAÍS???
HOMOFÓBICO...MAIS CERTAINEMENT...
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