Não há muito tempo a "portugalidade" - um termo perfeitamente parolo que não quer dizer nada - era personificada, entre outros, por Miguel Torga. Nos últimos dias, Torga sofreu um upgrade e chama-se agora golden share. Só a parolice não mudou.
A "portugalidade" e outros termos inexistentes foram, obviamente, inventados. E foram-no dentro de gabinetes e por pessoas que, mesmo tendo às vezes viajado muito, jamais deram dois passos fora de casa - principalmente no seu próprio país. É coisa de pedantes, para consolo dos próprios pedantes - tipo Seara Nova, ou coisa assim. O termo "golden share" foi inventado, com fins práticos, por gestores selvagens. E é consideravelmente ridículo. Quando pinto de sousa mastiga esse termo, ele passa a intensamente ridículo. Aprendi há pouco outros termos curiosos (em duvidosa companhia, admito): "business bank" - a entidade que entra com o carcanhol. "success money" - a nossa parte do saque. Pasmei. É a vidinha.
Por favor não confunda a portugalidade de Torga com o nacional parolismo. Torga sempre manifestou inquietações, assombros, angústias, mas também algumas esperanças. O seu pessimismo agreste (trasmontano até às entranhas) e inconformado a respeito do futuro do Portugal "de raízes e vínculos", fundamentava-se na perspectiva da sua diluição na UE. De resto, o seu apego a uma dada configuração da identidade nacional com uma visão imobilista do Mundo, de que era" acusado" não passava de uma mágoa nostálgica, o receio de que o movimento" inelutável" da História, mais uma vez em nome do "progresso", ameaçasse desfigurar o "seu" Portugal, mudando-lhe rosto e a alma. Era um desassossegado... como outros o foram e o são.
5 comentários:
«se fica o bicho come,
se foge o bicho pega»
A besuntada e cafreal classe politica portuguesa, a propósito da golden share da PT, deu mais um belo exemplo de pequenez e paroquialismo.
Mais um episódio digno do melhor «folclore transmontano» da estação do Sr.Nuno Cabral...
Até o mefistofélico prof.Marcello alinhou na paródia, como alguém pudesse impedir que o Sol nasça todos os dias...
A "portugalidade" e outros termos inexistentes foram, obviamente, inventados. E foram-no dentro de gabinetes e por pessoas que, mesmo tendo às vezes viajado muito, jamais deram dois passos fora de casa - principalmente no seu próprio país. É coisa de pedantes, para consolo dos próprios pedantes - tipo Seara Nova, ou coisa assim.
O termo "golden share" foi inventado, com fins práticos, por gestores selvagens. E é consideravelmente ridículo.
Quando pinto de sousa mastiga esse termo, ele passa a intensamente ridículo.
Aprendi há pouco outros termos curiosos (em duvidosa companhia, admito):
"business bank" - a entidade que entra com o carcanhol.
"success money" - a nossa parte do saque.
Pasmei.
É a vidinha.
Ass.: Besta Imunda
Por favor não confunda a portugalidade de Torga com o nacional parolismo. Torga sempre manifestou inquietações, assombros, angústias, mas também algumas esperanças. O seu pessimismo agreste (trasmontano até às entranhas) e inconformado a respeito do futuro do Portugal "de raízes e vínculos", fundamentava-se na perspectiva da sua diluição na UE. De resto, o seu apego a uma dada configuração da identidade nacional com uma visão imobilista do Mundo, de que era" acusado" não passava de uma mágoa nostálgica, o receio de que o movimento" inelutável" da História, mais uma vez em nome do "progresso", ameaçasse desfigurar o "seu" Portugal, mudando-lhe rosto e a alma. Era um desassossegado... como outros o foram e o são.
DEPOIS DE COMEREM GOLDEN SHARE VÃO AGORA COMER GOLDEN SHIT.BOM APETITE E BOM PROVEITO!
Enviar um comentário