13.5.10

DEPOIS DOS DIAS FELIZES


O regime consentiu transmitir, através dos três canais generalistas de televisão, a missa presidida por Bento XVI em Fátima. Dado aquilo que se prepara por Sócrates e Passos enquanto dura a missa, percebe-se a hipocrisia do exercício. Os católicos portugueses ficam seguramente mais confirmados na fé mas os portugueses todos, indivíduos e empresas, católicos e não católicos, vão ver como ficam quando estes dias felizes passarem. É que aqueles dois tristes fora da Mãe de Cristo, desgraçadamente, não saem de cá.

2 comentários:

Anónimo disse...

Depois do sofrimento dos trabalhadores - de todo o tipo - que se arrasta desde 2002, no sector privado, está talvez a chegar a altura em que até o sector do estado vai ser afectado. E a miúfa já vem ao-de-cima! "Os outros (do privado) que se fodessem, desde que não chegasse a nós"; falências, despedimentos, dramas de 45 e 50 anos com filhos e sem trabalho, interior desertificado, empresas fechadas e vendidas em leilão; salários reais desvalorizados mais de 50% em 9 anos, com um custo de vida que subiu mais de 100%. Nem a Inter lá vai! Agora pode ser que os funcionários comecem a ter um vago sabor daquilo que outros levam pela gorja abaixo desde há dez anos. E falam eles, ralados, em "agora é que é a doer!..." nos jornalecos gratuitos dos transportes e das esquinas.

Ass.: Besta Imunda

www.angeloochoa.net disse...

Fátima não é só dos cristãos, mas é de todos, como o Cristo é de todos, Ele o último dos últimos, e, em especial, dos mais últimos da escala social.

Nasceu e viveu pobre e pregou a bem-aventurança aos pobres e aos excluídos.

Não veio aos justos, mas aos pecadores; pelo Seu Natal, a pastores; na Galileia, a pescadores.

Verberou escribas, fariseus, e o vil dinheiro.

Foi defensor dos simples, e dos chorosos, e dos doentes, e dos magoados.

Pregou o ver e não o ter.

Disse que mortos enterrassem mortos, que nosso Deus é um Deus de vivos.

Disse que não admitia, aos que O quisessem, aos quais chamou de Amigos Seus, hesitações, e que O seguíssemos, radicalmente, para diante, sem olhar atrás.

Anunciou a melhor parte, que é mais do que a labuta, e o serviço na busca do comer ou do vestir.

Disse-nos: Não vos inquietemos, que venci o mundo. Que estaria connosco até ao fim dos tempos.

E mais: Ele, O Verbo, disse que a Sua Palavra não passará.

«Passarão céus e terra, mas minhas palavras não passarão.»

Tudo resumiu no mandamento do amor.

«O amor nunca acabará,» como O traduziu o converso Paulo.