Muitas pessoas "católicas, apostólicas, romanas" - alguns deles bloggers - fizeram da visita do Papa um evento social para os betinhos e betinhas tontos que, no fundo, não conseguem deixar de ser. Preferiram a sua congénita frivolidade à fé que é uma coisa inteiramente privada mesmo quando manifestada em comunidade. Posaram conspicuamente para fotografias, quais cavalos de raça, e dedicaram-se ao mútuo comemorativismo, muito satisfeitos por terem sido convidados para coisas com esta. Contudo, aquilo para que apela Bento XVI é precisamente o oposto desta exibição palonça. «Existe o outro modo de utilizar a razão, de ser sábio, a do homem que reconhece quem ele mesmo é; reconhece a própria medida e a grandeza de Deus, abrindo-se na humildade à novidade do agir de Deus. Assim, precisamente aceitando a sua pequenez, fazendo-se pequenino como realmente é, chega à verdade. Desta maneira, também a razão pode expressar todas as suas possibilidades, não é anulada mas amplia-se, torna-se maior. Trata-se de outra sofia e sínesis, que não exclui do mistério, mas é precisamente comunhão com o Senhor, em quem repousam a sapiência e a sabedoria, e a sua verdade.»Vejam lá se aprendem.
Adenda: O João Pedro Henriques, a quem ninguém, presumo, solicitou que acompanhasse no blogue a visita do Papa (em vez de se "acompanhar" a si mesmo ou aos amigos), prestou efectivamente um belo serviço público editando as sucessivas intervenções de Bento XVI.
Adenda: O João Pedro Henriques, a quem ninguém, presumo, solicitou que acompanhasse no blogue a visita do Papa (em vez de se "acompanhar" a si mesmo ou aos amigos), prestou efectivamente um belo serviço público editando as sucessivas intervenções de Bento XVI.
12 comentários:
Irmão
às vezes não se dá conta da merda de país onde tem a desdita de viver
aqui é possível tudo de mau e péssimo
Exacto! Preferem exibir a sua fé, vivendo no pecado do orgulho ("vejam como sou tão católico!"), em vez de simplesmente viverem a fé com humildade, obedecendo a Cristo.
Gostei da Constança Cunha e Sá: muito objectiva e sem rodeios ajudou a ver a visita do Papa de um prisma que não é habitual aos jornalistas que temos.
Certo. Presumo que o senhor Gonçalves já tenha aprendido.
Quanto mais pequenos são os homens (em estatura) maiores querem ser. É verdade?
É tudo fachada. Estatuto a adquirir à viva força.
A grandeza de espírito não tem que ser divulgada a todo o instante. Simplesmente é.
Quem muito fala, pouco diz.
Respeitinho, Dr. João Gonçalves. Respeitinho.
E cuidado com esses betinhos.
Para esses betinhos, a vinda do Papa foi um acontecimento social - tipo moda. Para frei-bento-da-perna-aberta foi uma ocasião para impingir o seu comunismo bafiento - tipo lutero, sei lá...
Ass.: Besta Imunda
Já agora, João, estás a falar de quem? é que este post parece mui claramente dirigido a uma fotografia que postei lá no Cachimbo. E que tu não tens coragem de nomear. Ou é impressão minha?
Dá-me ideia que ainda não estás parecido com o da minha foto, pois não?
Ah, que susceptibilidade a minha. Claro que o betinho convidado para o CCB era "o emplastro".
Estas palavras do Papa deviam ser bem meditadas. Para um crente, o homem não é a medida de todas coisas, como queria a filosofia grega e, depois,um certo Renascimento. Medir as coisas só pela medida do homem tem dado resultados catastróficos. A medida de todas as coisas é Deus. Em Jesus Cristo, o homem atingiu uma dimensão inultrapassável. Não pode haver maior dignidade para o ser humano que medir-se por tamanha grandeza
Também não percebo a quem queres referir, caro João. À parte dalguns oportunistas regimentais, respeito quase todas as formas de adesão a Cristo, mais sentimentais ou racionais. Nem julgo a dondoca nem a rústico que cumpre uma antiga promessa. A desgraça do nosso País são o preconceito e os complexos sociais.
Com amizade,
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