19.5.10

ONDE PÁRA A "CONSCIÊNCIA MORAL"?


«A incompetência do governo roça a delinquência e as tropelias sucessivas que comete tornam-no o mais deletério executivo de que há memória passados os tempos de Vasco Gonçalves. (...) O delírio do TGV, das pontes e das auto-estradas inúteis continua, mesmo depois de Berlim ter puxado as orelhas ao engenheiro Sócrates. Avança, não avança, avança assim--assim, ou então ao contrário: sempre taxativamente e como se tudo fosse muito coerente. De impostos nem falemos: a mentira fala sozinha. O desemprego, à semelhança do da Espanha do horrendo amigo Zapatero, aumenta a olhos vistos. A pobreza nas ruas é cada vez mais palpável e a atmosfera de impunidade e dissolução progride. Na Assembleia da República, o deputado Ricardo Rodrigues abarbata dois gravadores a jornalistas da "Sábado", e logo Francisco Assis, secundado pelo PS em peso, aparece a defendê-lo, sem pinga de vergonha, contra a "violência psicológica" de que ele, o coitado "irreflectido", foi vítima. Batemos fundo, não batemos?(...) Como escreveu no outro dia Pacheco Pereira, este cálice vai ter de ser bebido até ao fim. De pernas e mãos atadas, sem qualquer espécie de autonomia, nem esbracejar podemos. Resta a mais triste apatia. E por falar de apatia: era bom que Manuel Alegre, caladíssimo nestas coisas, nunca mais se apresentasse em lado algum como consciência moral do que quer que seja. Não tem, como há-de perceber, direito. Ou então tente na Grécia. Não o conhecem por lá.»

Paulo Tunhas, i

7 comentários:

Anónimo disse...

Nem Alegre, nem Nobre. Pelos vistos, nem Cavaco. Este, ainda assim, usa a paupérrima lei-gay para aparecer e, demonstrando que se anda, fala e é corpório, então está vivo (só se for por isto...). Mas o estado de embotamento e passividade é geral. Por exemplo, os rapazinhos "Gatos fedorentos" limitam-se a facturar todos os dias nos relógios que antecedem os telejornais - sobretudo para a empresa de Zorro-Bava. Quem os viu e quem os vê. E parodiaram eles o controlo da informação pelo engenheiro-mitómano! - em tempos. O dinheiro é um Santo-Sudário que tudo purifica e acalma. E todos os outros pândegos do regime. Onde estão eles, agora que nem a água-de-colónia disfarça o fedor? Agora é mais água-de-berlim - com cheiro a peixe pôdre (em francês diz-se "eau-de-poisson" ou "eau-de-poubelle").

Ass.: Besta Imunda

Karocha disse...

Boa pergunta JG!!!

Anónimo disse...

Continuo sem perceber por que motivo se trata o nosso primeiro por "engenheiro". Será no gozo ou é mesmo a sério?

Anónimo disse...

O ambiente em Portugal está tão mal cheiroso e empestado, que já não existe desinfectante algum com poder de diluir toda a porcaria com que o amado líder nos presenteou, neste louco reinado "súcialista.
Cps
Scaramouche

Anónimo disse...

Percebe-se a intenção de achincalhar o Vasco Gonçalves que, contrariamente à sicuta instilada na prosa, foi um homem de craveira, verdadeiro, corajoso, academicamente brilhante, inteligente e, acima de tudo , humilde. O antípoda de Sócartes. Daí o despropósito da comparação.
Esta referência revela também o profundo desconhecimento do que foram esses memoráveis tempos e dos progressos sociais que se conseguiram em tão pouco tempo.
Tivesse Portugal progredido, proporcionalmente ao tempo de governação, sempre ao mesmo ritmo, e hoje não estaríamos nesta humilhante situação.

Anónimo disse...

Caro anónimo das 12:11AM,
Se chama progresso ao aumento, em dois anos, da massa salarial em 300 ou 400%, ao mesmo tempo que, perdendo o comércio favorável com as colónias e as matérias primas baratas, mais a crise da OPEP dos anos 70, Portugal perdia as receitas para sustentar as fantasias da altura; então meu caro anónimo não entendeu nada. Não é muito diferente, em termos de resultados práticos, do desvario gastador de agora. Antes, V. Lourenço e outros ignorantes idealistas podiam, a custo, alegar desconhecimento das coisas "do capital" (o que não é de modo nenhum desculpa; bastava saber fazer contas de subtraír). Agora basta a populaça basbaque, descendente da populaça sedenta da altura, e o rei vai nu. Ninguém é responsável. E o povo está em negação: não querem pensar no futuro dos seus filhos. Também é por causa desse passado revolucionário que hoje estamos como estamos.

Ass.: Besta Imunda

M. Abrantes disse...

Potente texto