25.8.10

É TRISTE


A bola. O Braga. A múmia Mesquita Machado. O tudólogo Marcelo que nem sequer deve ter dormido as míticas quatro horas. O povo. O aeroporto. Outra vez o povo e outra vez o aeroporto. O Paciência e a falta dela. A menina da rádio à porta dos quiosques sob as arcadas do que resta do Café Vianna. «Quantos jornais vendeu? Um Record e Bolas.» E a bola. Sempre a bola. O massacre da bola. Mais um processo contra o Queiroz - se fosse ele pregava um murro em cada uma das alimárias, com testemunhas, e "agora já me podem processar". Penhore a tinta do cabelo do Madail, os implantes dentários do Carvalho e o único neurónio do Laurentino. E sempre a razão do Rodrigo da Fonseca antes de bater a bota. Nascer, viver e morrer entre brutos é triste.

8 comentários:

ZL disse...

E a detenção de dois pacatos (parece que estavam a dar milho aos pombos...) cidadãos pela PSP.
E o pivô da RTP do jornal da manhã (não sei o nome do moço) a denunciar que a PSP "deteve membros da claque do Braga à força", obviamente para distinguir da frequentíssima situação de detenção a pedido do candidato a detido.
E a entrevista telefónica a um responsável da PSP que uma menina da RTP fez em óbvio tom de censura e a que o primeiro foi respondendo com uma paciência que eu não teria.
E as previsíveis reacções da matilha do politicamente correcto que se adivinham, ou não aproveitassem eles todas as oportunidades para exercitar a visceral antipatia dos esquerdolas pela autoridade pública.
Estou como a inefável Câncio: muito cansado, mas exactamente do contrário daquilo que a cansa a ela.

antónio chulado disse...

E termos de 'engolir/ouvir' as alarves baboseiras dos alarves que governam esta trampa.

E é assim que vivemos.

Anónimo disse...

Realmente é um nojo!!!

Anónimo disse...

E a PSP e a GNR sempre atentas à ordem pública, não vão os cidadãos mostrar demasiada alegria. Seria gravíssimo!

fado alexandrino. disse...

Estou como a inefável Câncio: muito cansado, mas exactamente do contrário daquilo que a cansa a ela

É natural, o contrário seria preocupante.
É uma lei da natureza.

Anónimo disse...

E quando a bola é a primeira notícia a abrir o telejornal?
Só mesmo aqui neste país de fantasia.

Nuno Castelo-Branco disse...

Quando "eles" forem corridos para a sua pátria, a França e arredores, podemos começar por decretar algumas medidas. Abolição de toda e qualquer "breaking new" a respeito de chegadas, partidas, namoros, contratos ou casos de envolvimento político de agentes do futebol.
1. O futebol será a última notícia no telejornal e estarão reservados 5 minutos por dia. No noticiário das 8 da noite.
2. Interditos os programas-debate sobre bola, em todos os canais de sinal aberto. Quem os quiser ver, que pague a tv por cabo (Marcelo, Jorge Gabriel e Santana incluídos).
3. Fiscalização dos dinheiros de contratos e transferências dos jogadores, podendo os acordos ser vetados pela tutela governamental, no caso de grande saída de capitais.
4. Proibição de qualquer político em exercício - governo, Parlamento, etc - de exercer qualquer cargo - mesmo que seja honorífico - em qualquer entidade desportiva.
5. Imediata suspensão de subsídios de qualquer espécie, a todos e quaisquer edifícios, como os estádios, que não sejam total propriedade pública.
6. Fim dos privilégios fiscais ao mundo do futebol (clubes, jogadores e parentela anexa).

Podemos começar por aqui. Agradecem-se mais ideias.

Anónimo disse...

Esta classificação do professor MRS como "tudólogo" pelo JG está ao nível (excelente) daquela foto hiper-parola do dito cujo que em boa hora (enhorabuena!) o JG encontrou. Parabéns também em português!

PC