21.8.10

BÁSICO

Este rapaz - uma descoberta da notável liderança socialista de Ferro Rodrigues porque era bonitinho, fazia surf e ainda não tinha aparecido a espampanante professora universitária Marta Rebelo - deixou de ornamentar a nomenclatura do partido a que pertence e passou a comentadeiro. Fez qualquer coisa lá fora (uma pós) e foi importado pelos jornais e pela Constança Cunha e Sá como "politólogo", uma profissão que caminha rapidamente para ser, em Portugal, a nova mais antiga do mundo. O rapaz sugere que Cavaco, quando regressar de férias, passe a governar. O rapaz pertence agora a um pequeno bando dentro do partido albanês que esteve caladinho (ou a bater palminhas consoante as circunstâncias) enquanto a maioria era absoluta e Sócrates reinava sem contradição. Nessa altura, o rapaz acharia a cooperação estratégica maravilhosa até porque Cavaco não impediu que o povo julgasse livremente a dita maioria como julgou. E julgou-a, diminuindo-a. Mas nem por isso o mesmo Cavaco impediu a maioria mutilada de governar ou de tentar governar como lhe aprouvesse de acordo com o que o parlamento possibilitar. "O caos na justiça", "a instabilidade orçamental", "o desemprego" que se "mantém elevado" ou o "abrandamento do ritmo de crescimento económico" são, de acordo com a tese do rapazinho, não sinais de uma governação exaurida mas de "uma presidência falhada". Porquê? Porque o Presidente, segundo o eminente politólogo, "não pode dizer que não tem competências em matéria de justiça ou política económica e parlamentar." Não concordo com a inacção presidencial em relação, por exemplo, ao PGR. Todavia, talvez por não ser politólogo, não enxergo as competências presidenciais em matéria económica ou parlamentar com este sistema constitucional, semi-tudo e semi-nada, que todos amam desmesuradamente. Tudo somado, o que o rapazinho teme é que, pela natureza das coisas e não dele, Cavaco tenha de ser mais protagonista do que tem sido depois de reeleito. Não é o que fica para trás, é o que aí vem. Cavaco ganhou sempre que falou directamente com o país. Fosse na Figueira na Foz, em São Bento ou em Belém. À conta da pseudo-crise orçamental uns querem pastelões nacionais subsidiados por Belém e outros, como o rapazinho, desejam apenas que Cavaco perca. Às vezes, sendo gente partidariamente distinta, une-os o mesmo propósito e a mesma obsessão doentia. É básico.

8 comentários:

Anónimo disse...

E o Cavaco com o comportamento amorfo que tem ainda leva porrada da xuxalhada, além dos que "eram dele"...

Volto a revelar: se o Santana se candidatar, voto nele, apesar de algumas parvoíces recentes (ele deve achar que faz parte da táctica política promover o "berloque" central)...

PC

Cáustico disse...

Há por aí muito menino e menina capaz de dar o cu e as calças para aparecer na televisão. Não têm nada que os recomende a não ser a enorme ânsia de vedetismo. É só o que têm.

joao andre disse...

e falta dizer que escreve anonimamente no camara corporativa, sem duvida um detalhe importante da personagem.

Garganta Funda disse...

Mais um politólogo da treta!
Um pulha é o que é esse ignorante e badameco surfista!

burns disse...

a táctica socialista para esconder a incompetência de sócrates é tentar ligar o presidente a este descalabro
cavaco já devia ter varrido sócrates logo à vigésima mentira
este traste não tem culpa do que assina porque simplesmente não é ele que redige,a coisa já vem assim do largo do rato

S.C. disse...

Engraçado como estes "socialistas" da treta não resistem a um menino "bem" com pós-qualquer coisa tirada na estranja.... deve ser a ideia que têm de gente culta...

Anónimo disse...

olhem que o Joao Andre tem razao: o canalhinha cabeçudo escreve no Corporacoes sob anonimato.

Joana Correia disse...

Mas felizmente aqui todos fazem acusações às claras.