20.8.10

É TRISTE

Esta notícia é assustadora. Ou devia ser. Sabemos, desde os tempos imemoriais em que o D. Afonso perseguiu, bateu e encarcerou a própria mãe que, por trás de cada português que se preze, se esconde um polícia de costumes. E um estúpido. E um delator. Um tipo olha, faz uma festa ou fotografa uma criancinha e imediatamente fica rotulado de pedófilo. Esta obsessão patética, que eu saiba, ainda não devolveu nenhuma Maddie à procedência. Tal como esta edificante "história" do "lar Betânia" - quem colocou um nome destes a um lar de rapazes estava à espera de quê? -, sobre "excessos e abusos", faz parecer que só agora é que descobriram a roda. Razão ao Rodrigo da Fonseca. Nascer, viver e morrer entre brutos é triste.

Adenda (da fiel leitora Mina): «Conheço pais e mães que já evitam acarinhar os filhos em público. E quanto a estranhos, nem pensar. A Pátria, agora por outras razões, voltou a estar doente. Como escreve o autor do post, por detrás de cada português esconde-se um polícia de costumes. Já assim foi nos tempos da Inquisição e eis que essa mentalidade, que verdadeiramente nunca deixou de existir, está de regresso, agora com a cumplicidade dos órgãos do Estado. Estou certo de que Schiller, se fosse vivo, poria hoje na boca do Grande Inquisidor, não uma ameaça a Filipe II pedindo-lhe, por razões políticas, a cabeça do Marquês de Posa, mas inquiriria das relações de amizade entre o Marquês e o infante Don Carlos. E depois estabeleceu-se, intencionalmente, uma confusão entre homossexualidade masculina (ou feminina), pederastia e pedofilia, apesar de terem hoje conceitos distintos e definidos. Deve haver (como possivelmente também no estrangeiro) alguma coisa oculta atrás destas notícias. Sobre a questão dos "padres pedófilos" nos EUA, sabemos que foram atiçadas pelas comunidades evangélicas e pró-judaicas da extrema-direita WASP que pretendem constituir em Israel o Reino de Cristo na véspera da chegada do Messias. Estão doidos, é claro, mas não deixam de ser nocivos à Civilização.»

15 comentários:

FNV disse...

Que disparate ( e parece infeccioso). Uma coisa é fotografar uma criança, outra é ter rolos e rolos de crianças. Há um comércio de nojo, há alertas: a vida não é uma pradaria ( ou só vale para os ciganos romenos?).

João Gonçalves disse...

Então engesse um bracinho com o dedinho apontado e faça disso uma espécie de negócio das Caldas.

MINA disse...

Varre o país uma onda de suspeição. Pior do que a crise económica que vivemos, é a crise moral. Desde que se entronizou em Portugal (sabe-se lá com que fins) a moda dos abusos sexuais, não há dia em que não surja uma notícia (real ou falsa) sobre pretensos abusos sexuais, que podem não passar de uma simples fotografia. E já nem sempre se sabe bem se se trata de maiores ou de menores, ou se os menores têm quatro, oito, doze ou catorze anos. O que é preciso é entreter o País, abater certas figuras (metendo outras pelo meio para disfarçar) ou apenas vender jornais ou emissões televisivas.

Conheço pais e mães que já evitam acarinhar os filhos em público. E quanto a estranhos, nem pensar. A Pátria, agora por outras razões, voltou a estar doente.

Como escreve o autor do post, por detrás de cada português esconde-se um polícia de costumes. Já assim foi nos tempos da Inquisição e eis que essa mentalidade, que verdadeiramente nunca deixou de existir, está de regresso, agora com a cumplicidade dos órgãos do Estado. Estou certo de que Schiller, se fosse vivo, poria hoje na boca do Grande Inquisidor, não uma ameaça a Filipe II pedindo-lhe, por razões políticas, a cabeça do Marquês de Posa, mas inquiriria das relações de amizade entre o Marquês e o infante Don Carlos.

E depois estabeleceu-se, intencionalmente, uma confusão entre homossexualidade masculina (ou feminina), pederastia e pedofilia, apesar de terem hoje conceitos distintos e definidos.

Deve haver (como possivelmente também no estrangeiro) alguma coisa oculta atrás destas notícias. Sobre a questão dos "padres pedófilos" nos EUA, sabemos que foram atiçadas pelas comunidades evangélicas e pró-judaicas da extrema-direita WASP que pretendem constituir em Israel o Reino de Cristo na véspera da chegada do Messias. Estão doidos, é claro, mas não deixam de ser nocivos à Civilização. E também é claro que através dessas campanhas obtiveram milhões de dólares. Nos EUA, como também já escrevi, para a maior parte das pessoas só o dinheiro conta.

João Gante disse...

O gajo tinha montes de fotos de miúdos no telemóvel. Há ser paranóico - e que este país anda numa de descobrir pedófilos a cada afago na cabeça de um catraio, anda - e há detectar sinais concretos de comportamento suspeito. Segundo a notícia (sublinhe-se) ele fotografou várias vezes miúdos sem roupa. Fosse um deles meu e eu também indagaria para que queria ele as fotos.

Quer o João Gonçalves que os pais fechem os olhos? Olhe que nem na "naturalidade" que aplaude, com toda o ciclo de nascimento e morte bem cru e exposto, um ser é o mesmo com crias por perto.

FNV disse...

Se o homem fosse um cigano romeno não havia problema.

FNV disse...

Mas já percebi que não vale a pena. É melhor ficarmos pelas Caldas.
Continuação de boa semana.

Unknown disse...

Ninguém deve tirar fotos a ninguém sem a sua prévia autorização. Muito menos a crianças. É paranóia? Pode ser mas será melhor ser-se precavido/a. Quaisquer normas causam exageros, infelizmente, mas é assim mesmo. Vivemos numa sociedade em que impera o medo. As crianças de hoje não podem estar sós, não podem brincar longe dos pais, não é seguro para as mulheres (mais que os homens) passearem num parque sós. É a realidade. Os delinquentes continuam soltos e, consequentemente, impunes.

João Gonçalves disse...

Como escreve um leitor noutro lado e sobre outra coisa (mesma), e com a Lei de Goodwin se encerra o debate. Quando não há argumentos chama-se o Hitler. Nunca falha. Ou o cigano.

Garganta Funda... disse...

Vários perigos ameaçam a Europa e a Civilização Europeia.

Desde o expansionismo islâmico no meio das nossas sociedades seculares até à proliferação de seitas evangélicas e judaizantes com origem no Novo Mundo (EUA e Brasil).

Embora a Igreja Católica - como organização de homens - tenha muita culpa no cartório, quer por acção, quer por omissão - a verdade é que, em diversos meios e poderes mundiais adversos a Roma e ao actual Papa, têm sido montadas dispendiosas campanhas mediáticas contra a Igreja Católica.

Não é difícil descortinar a quem é que interessa essa campanha: as perigosas e radicais seitas americanas ligadas à elite politico-financeira dos EUA; ao versátil, sinuoso e enigmático lobby judaico mundial e ao lobby ateísta e fracturante que é muito activo na América do Norte e na Europa anglo-saxónica.

Em Portugal, estes poderes ocultos estão reprentados por figuras «gradas» ligadas ao PS e BE assim como por alguns movimentos e orgãos de comunicação já bem referenciados.

Destruir o actual modelo de família e de sociedade europeia é o objectivo destes novos «evangélicos» fracturantes.

O mais caricato é que alguns «cristãos» (clero, incluido) alinham neste pagode pró-fracturante!

Anónimo disse...

A minha opinião não coincide com a de João Gonçalves. Quanto a mim, e apesar de podermos estar perante uma psicose, mais vale pecar por excesso do que por defeito.
São estes miseráveis tempos que nos f...m.

Anónimo disse...

Caro João,
Você tem uma lucidez prodigiosa mas quando a conversa mete crianças, desculpe que lhe diga, tolda-se-lhe a inteligência.
Como muito bem refere noutro post, a vida não é uma casa na pradaria nem é bonita e entre outras "chatices" tem gente a fotografar menores, nús, não se sabendo exactamente com que finalidade... Mas a maldade existe caro João e quem tem filhos (pode achar que é um pobre argumento) tem medo. A questão é séria demais para ser tratada com a leveza deste post.
Cumprimentos.

Cáustico disse...

Por temperamento, certo ou errado, gosto de acarinhar crianças, quando elas são mesmo crianças. Fi-lo com o meu filho, hoje já pai, faço-o com o neto ou com qualquer outra criança. Não deixo, no entanto, de notar, o que para mim é compreensível, o olhar inquisitorial dos pais que não me conhecem e até de alguns que me conhecem. É uma sensação desagradável que é consequência da desagregação a que isto chegou. Não há confiança em ninguém.
Se são os próprios pais que, com o beneplácito de quem tem obrigação de impedir as suas bestialidades, têm leviandades sexuais com os próprios filhos, como querem que um verdadeiro pai não desconfie de tudo e de todos?

floribundus disse...

dizia Charles Maurras da Action Française
«em política o que parece, é»

na vida portuguesa
'o que parece não é'

rectãngulo da: inveja, acédia, ódio, ....

Lura do Grilo disse...

De facto esta fobia já acontecia há várias décadas em Inglaterra. Os pais não gostavam que estranhos dirigissem palavra ou acarinhassem os seus filhos.

Hoje não se pode ver dois rapazes abraçados ou raparigas de mãos dadas: são obrigatoriamente gays. A luta "anti-discriminação" acentua estereótipos.

Tudo chega cá.

Streetwarrior disse...

Com respeito ao respeito! Fotografar sem motivo aparente, sem justificação,claro que é estranho,nem todas as pessoas têm boas intenções.
Em relação a acarinhar os meus filhos em publico...ah sim,é de estar atento ao que os outros dizem,não vá o diabo tece-las.
Na minha modesta opinião que vale o que vale,nada,o mal será sempre da cabeça doentia de quem vê maldade nas acções dos outros,dou 1 exemplo.
Para muitos,a visão de uma pessoa nua,é uma amalgua de emoções,umas boas outras más,em mim,é apenas o que é....1 corpo nú!
Daí que seja quem for que veja o acarinhamento de pais a seus filhos como aproveitamento...só pode ser da sua demente personalidade,outra explicação não vejo.

Nuno