30.12.09

PURO LIXO

Como é que Isabel Alçada se dispõe a fazer a figura que está a fazer nas televisões à conta dos boçais dos jornalistas que a interpelam ao mesmo tempo, sem a menor consideração pela ministra, uma mulher, no mínimo, paciente e delicada. E não há ninguém que encha as ventas destes papagaios de bofetadas. Puro lixo "desinformativo" ambulante.

Adenda: Por falar em lixo, o sr. Nogueira da "fenprof", outra insuportabilidade ambulante, apresentou trinta (30) pontos para "negociação". Ninguém de boa fé vai "negociar" - depois de não ter andado a fazer outra coisa durante uma legislatura inteira, supeito, apenas pelo gozo político-sindical de o fazer - com tamanho caderno de encargos. Não estaria na hora de os senhores professores começarem a rever o sr. Nogueira antes que o país comece a "rever" a bondade da "luta" dos professores?

Adenda2: Um valentão qualquer, designado por Mário Rodrigues (o comentador nº 7) no blogue de Paulo Guinote, incita aparentemente os "colegas" a virem malhar no "gajozeco" que sou eu. "Está mesmo a merecê-las", escreve o valentão. Pois fique sabendo que castas, aqui, só em vinhos.

25 comentários:

fado alexandrino. disse...

"Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele" e "diz-me com quem andas dir-te-ei quem és" aplicam-se aqui na perfeição.

radical livre disse...

"quem anda à chuva molha-se".
está precisa de uma máquina de secar.
por mim não merece mais

Anónimo disse...

Mais uma vez o conflito entre o Ministério da Educação e dos professores parece eminente. Novamente o Estatuto da Carreira Docente.

O que o público menos dentro da questão não sabe, não se apercebe é o aquilo que separa os professores do ME.

Neste momento essencialmente duas coisas:

a) a forma de avaliação, os professores querem uma avaliação que não seja meramente administrativa e castrativa , mas sim uma avaliação construtiva de uma escola melhor, e

b) a contagem de todo o tempo de serviço, ou seja, a contagem efectiva de todo o tempo de trabalho do professor ( e não estamos a falar do tempo de congelamento).

Passo a exemplificar: como o governo quer que um professor com 12 anos de serviço poder ter mais de quatro anos não contabilizados para a carreira e com isso ser inserido no 2.º escalão. Tendo em conta que o 1.º escalão e o segundo são oito anos então temos um gravíssimo atentado aos direitos laborais dos trabalhadores.

Entendeu? Podemos não gostar do senhor Nogueira, mas o que a anterior ministra fez aos professores foi algo...

Anónimo disse...

Este lixo é pequeno à beira do lixo grande. Mas é tudo lixo, porque o "sistema" já só tem lixo, grande, pequeno e tóxico (alguns jornalistas dizem "tóchico", mas não "tóchina").

Anónimo disse...

Dizia há uns anos atrás o ex ministro da educação de Salazar, Professor José Hermano Saraiva, homem de grande categoria, claramente superior ás pessoas que têm exercido a pasta nestes ultimos 35 anos, que se fosse convidado novamente para exercer essa função recusaria o convite, não porque não se sentisse ainda com capacidade para a exercer, mas porque considerava que não existiam condições nenhumas em Portugal para que as suas ideias relativamente ao que deveria ser o sistema de educação pudessem ser implementadas....

Anónimo disse...

Isto só se resolve com a progressiva destruição da escola pública e a liberalização do ensino.

Não sei se o Estado gastaria menos. Estou convencido é que os resultados -nível de conhecimentos dos alunos - seria muito maior.

O ensino ficaria a ganhar muito.A ficar tudo na mesma, teremos ad eternum a continuação da bandalheira que nasceu com o 25 de Abril.

Estou a referir-me só ao ensino.

Unknown disse...

Esta é a pesada herança da tia Milu e do Querido Líder. Sabe Deus que a educação precisa de uma reforma profunda, nem tanto no que se ensina mas como se ensina e se aprende. Graças à inépcia política deste duo- maravilha, qualquer reforma que se queira fazer vai ser duas vezes mais difícil. Mais uma do Querido Líder, que bem pode limpar as mãos à parede.

Anónimo disse...

Não lhe parece anormal fazer-se passar por tão ilustre e erudita figura e associar o dirigente da maior organização de professores a "lixo?". Tinha intenção de comentar a sua opinião, mas já perdi a vontade.

Anónimo disse...

Pois, Karl Popper é um NEOLIBERAL, logo ficamos a saber a preferencia do dono deste sitio.

Quem criou esta mer.. toda, os profs. ou os senhores politicos dos ofshores, da quinquelharia, dos sacos azuis, etc.

Aguentem-se à bronca porque a coisa vai ficar feia, muito feia mesmo, seus ...

Anónimo disse...

Só a liberalização do sistema educativo poderá salvar aqueles que realmente querem e podem aprender alguma coisa, caso contrário a tendência é passarmos a dispôr de chusmas de cretinos, abaixo de alguns países africanos.

Anónimo disse...

o processo ensino/aprendizagem depende única e exclusivamente do professor?!

um aluno aprende sempre mesmo quando simplesmente não quer, não deixa que a aula aconteça...?!

...

está tudo doido!

há muita "dona de casa a mandar no ensino em portugal", isto é, inginheiro, economista e outros istas. com excepção do prof medina carreira, a quem tiro o meu chapéu!

Anónimo disse...

leio "a educação do meu umbigo" com a mesma regularidade com que visito o "portugal dos pequeninos". continuarei a fazê-lo independentemente da diferença de pontos de vista em relação às questões do ensino e da carreira docente. posso é, desde já, garantir que no blog de Paulo Guinote há um posicionamento bastante crítico relativamente à actuação dos sindicatos em geral e do Mário Nogueira em particular...

o anti-pavão Crato disse...

Existe um grande equívoco neste poste:
- sempre tive por assente que as posições de Mário Nogueira eram sintónicas com as posições do PSD em matéria de educação.
A "natureza" continua pois a seguir o seu curso. Admirados?
Recuem uns meses e vejam o namoro que havia entre blogues como o Cachimbo de Magritte e similares e Mário Nogueira.
Tendes memória muita curta!

Lura do Grilo disse...

Isabel-Mário são os Beto e Menito na música da Educação.

joshua disse...

Revejo-me inteiramente nas posições do MUP, do PROmova e no que o Paulo Guinote, com os poros da escuta bem abertos, tem reflectido tantas vezes em confronto aberto e doloroso com as vozes sindicais. O besouro n.º7, um colega, provavelmente, devia ter mais que fazer que acirrar contra ti seja quem for.

Alçada é demasiado delicada para um estilo norte-americano de blitzconf. Está ali a fazer de Ana Jorge. Mário Nogueira ainda continua um ser humano e alguma experiência terá para falar em nome dos seus associados.

Alçada pode estabelecer regras novas na abertura que mostra aos perguntadeiros: como na sala de aula. Só pergunta, quem se inscrever. Só fala quem usar, não a voz, mas a sinalética do respeito por quem esteja no uso da palavra.

Anónimo disse...

Discordo totalmente deste post do João. Primeiro) coloca-se gentilmente ao lado de alguém pouco respeitável pela proeza de aceitar ser uma marioneta do indecente dum fascizoide; Segundo) refere-se a Mário Nogueira, um sindicalista, que é um assunto dos professores e se é o único a aparecer na dita comunicação social é porque tal interessa ao tal fascizoide e respectivo gang; Terceiro) associar a luta dum punhado de valentes democratas (talvez da melhor estirpe actual de portugueses) a uma intervenção dum sindicalista é algo imperdoável. Quarto) O alcance da luta dos professores só pode ser inferido. Não é qualquer um que "lá-chega" (se me faço entender!)

Neste momento, volvidos anos, seria de bom tom que um democrata como o João, que já respeito, fizesse um post de ENORME agradecimento aos tais bravos democratas professores. Razões "inferidas, percebe?

Lamento. Este post não condiz com a visão que é habitual colocar nos seus posts.

A luta dos professores deveria (já)ser motivo de orgulho dos democratas portugueses.
Para quando esse reconhecimento?

AH

Maria C. disse...

Compreendo que considere o MN o anti-cristo, mas, pelo menos, sabe do que fala, tem um discurso articulado e sabe ao que vai. O mesmo não se pode dizer da ministra "paciente e delicada".

Leio o seu blog regularmente, apesar de não concordar com algumas das suas ideias. Neste caso, penso que a opinião que manisfesta resulta mais de falta de informação e de desinformação do que de má fé.

jccl disse...

Aproveitando o tom e deixando o conteúdo para outro tempo, estes 30 pontos são do mesmo estilo daqueles que foram introduzidos pelos sindicatos, após "intensas" negociações, na Lei de Colocação de Professores que deu brado aqui há anos? E que colocaram tantas restrições na portaria que regulamentava a coisa, que trasnformaram um problema solúvel num problema "Não-linear" (mais restrições que variáveis, logo não existem soluções para o problema sem desrespeitar uma/algumas das restrições)????
É só liricos...

JCL

Churchill disse...

Relativamente à Adenda permita-me um citação de Winston Churchill:

"The length of this document defends it well against the risk of its being read."

www.angeloochoa.net disse...

Sobre as conversações de ontem e as subsquentes anunciadas, lembra-me que dizia o velho professor Sebastião Silva Dias, sobre os inícios da Universitas:
«No princípio era a Verba…»
Agora a Socratina Alçadinha diz de alto:
«És bom!
És Bom!!
És BOMMM!!!
Mas,
se queres dinheirinho,
espera
– só –
um
bocadinho!»

www.angeloochoa.net disse...

Mas a «crise» na Educação já vem de longe.
A bem dizer a mim que «isto» acompanho desde que me conheço afigura-se-me que só tivemos até hoje digna desse nome uma Reforma a de Veiga Simão. Desta «porca miséria» já insuspeito se queixava Paulo Quintela que em lides de outra liberdade deambulava por 75 por terras de minha mantença e criação de Alfândega da Fé... A mim velho de ronha pra meu mal e pra meu bem não me iludem os olharezinhos hollioodescos de nenhuma maçona a essas esferas que deveriam ser de dignidade (da Educação) alçada. E não só os professores que somos nós a factura do descrédito pagam mas por tabela sucessivas gentes de gerações a falharem Portugal!

Anónimo disse...

angelochoa.Foi boa a Reforma do Veiga Simão? Pois eu digo-lhe que foi uma grande merda , sem futuro e que foi contra os interesses do país.

Fui uma vítima dessa reforma. Fui apanhado a meio, como aluno é evidente.

Essa merda de reforma foi o princípio da destruição do Ensino Técnico-Profissional em Portugal, que privou as empresas de técnicos qualificados como os que se estavam a formar.

Nessa matéria ele foi um precursor do 25 de Abril. Os que vieram a seguir destruiram o que restava.

Quis meter disciplinas humanísticas e outra em cursos com o mesmo número de anos. Isso fez-se retirando disciplinas técnicas esobretudo diminuindo brutalmente a carga horária das práticas. Destruiu tudo.

J. Costa

Anónimo disse...

oh joão, leia umas coisas sobre o assunto e não seja tótó. bom ano. :)

Eduardo Freitas disse...

Linhas mínimas para um princípio de resolução dos problemas da Educação no país:

Constitui condição necessária para a resolução dos problemas da Educação até ao final do Secundário, a promoção do desmantelamento do Ministério da Educação (ME) e, consequentemente, o definhamento das "fenprof" nas versões "hard" ou "light".

Seria igualmente necessária a introdução, progressiva, da possibilidade de recrutamento, a nível municipal ou inter-municipal, de professores e demais funcionários de acordo com avaliações curriculares dos candidatos, com o fim de todos os concursos nacionais.

Necessário se tornaria definir, no plano nacional (no pouco que restar do ME), um currículo mínimo que seria testado através de exames nacionais, no fim dos diferentes ciclos. Cada escola, ou agrupamento de escolas, adoptaria o seu próprio currículo atendendo ao respeito dos "mínimos" nacionais.

A elaboração das provas de exames nacionais seria entregue a uma autoridade independente do Governo e composta por entidades semelhantes, por exemplo, à Sociedade Portuguesa de Matemática.

No final de cada ciclo de ensino, a atribuição do grau correspondente dependeria da aprovação nos exames nacionais.

Cada escola seria avaliada por entidades externas à mesma. A avaliação dos professores (e demais funcionários) seria enquadrada no processo de avaliação de cada escola.

As universidades escolheriam, através de exames próprios, os seus alunos (outras ideias de reforma da universidade ficam para outra altura).

www.angeloochoa.net disse...

Sr J Costa, não digo que a reforma de Veiga Simão tenha sido inteiramente boa, mas foi uma Reforma, e depois só remendos em roto tecido, veja o amigo, verba gratia, a confrangente ausência de uma História das Religiões para não falar das aberracções marxizantes que crassam de alto a baixo na Educação. E concordo com o anónimo que cita Hermano Saraiva, a educação é mesmo doença incurável com que coexistimos e nossos filhos e nossos netos fracassarão por ela.