22.12.09

DEFESA DA HONRA

O DN, em resposta à Sábado – do grupo Cofina –, publica um artigo onde dá conta que, afinal, é o Correio da Manhã – do grupo Cofina – que, tendo as mesmas audiências que o Jornal de Notícias, é o principal fornecedor de publicidade do Estado, sendo «responsável» por 50% dos gastos, um valor francamente desproporcional se atendermos ao facto de ter um número de leitores muito semelhante ao Jornal de Notícias – do grupo do Diário de Notícias.
Isto, obviamente, levanta questões. Não sabemos – e julgo que gostaríamos de saber – por que critérios se regem as decisões dos publicitários do Estado. No entanto, isto não branqueia o resto. O Diário de Notícias e o Público são jornais com audiências, também, muito semelhantes e as «oscilações» no financiamento directo a cada um foram francamente estranhas.
Resumidamente, o DN fez o que lhe competia: foi mais além que uma Sábado condicionada por si própria e pelo grupo a que pertence. Falta o resto. Falta que alguém nos explique o motivo pelo qual o Correio da Manhã é alvo de tanta e tão anormal preferência em relação ao Jornal de Notícias (em relação ao qual, convém dizer, consegue ter algum avanço nas audiências) e, também, o motivo pelo qual o Público sofreu o que sofreu em 2007 e porque é que é preterido em relação ao DN, que, e aqui também convém que se diga, está atrás nas audiências.

3 comentários:

ó és tão linda! disse...

Tanto o "amigo" Oliveira ex-colador de cartazes como o engenhocas da Cofina são dois morcões do norte,dois chulos do poder político,que coseguiram esta doisa espantosa que é,sendo analfabetos primários,controlarem, hoje, a maioria da dita comunicação social do portugalzinho que nos resta.Isto diz bem da abjecção a que chegámos.
PS - Bem, o Oliveira,segundo consta,já sabe pegar num taco de golfe pelo lado certo,o que minora bastante o grau de analfabetismo genérico com que arribou à capital.

j. manuel cordeiro disse...

Admito que possa estar errado mas pareceu-me que os pressupostos dos dois estudos não são os mesmos, já que no DN não estão incluídas as EP e as empresas com participação estatal. Por exemplo, as Estradas de Portugal não fazem parte das contas do DN!

http://fliscorno.blogspot.com/2009/12/publicidade-estatal-na-comunicacao.html

Nuno Nasoni disse...

Será sempre relevante - e mais significativo - analisar-se a publicidade das empresas semi-públicas (REN, TMN, PT, etc) e das empresas "amigas" (BES, BCP). Aliás, seria interessantíssimo analisar-se a política do BCP antes e depois da tomada do poder por parte dos "xuxas".