7.11.10

SEM PIEDADE

Há para aí um equívoco, julgo que intencional, acerca do que Passos sugeriu. Ele, evidentemente, não sugeriu que se criminalizasse a "actividade política". Isso é o que interessa que pareça que ele disse. O que ele disse, por outras palavras, é que se deve punir a língua de pau quando essa língua de pau representa milhões e milhões de euros de prejuízo nacional e sacrifícios inomináveis por parte de quem confiou numa "actividade política" aldrabada precisamente pela língua de pau. E tudo para nada. Aí, sim, há que actuar sem piedade.

10 comentários:

Garganta Funda... disse...

Por acaso concordo com a criminalização dos politicos quando os politicos - governantes, legisladores, autarcas e outros membros dos orgãos de soberania - gastam à tripa forra, condenando as gerações vindouras à miséria e ao trabalho escravo.

Essa lei - que não seria para criminalizar a actividade politica, mas sim a aldrabice e o saque! - devia na conjuntura actual, ter efeitos retroactivos pelos menos de duas décadas e assim muita gente que anda para aí a gozar o pagode poderia passar o resto dos seus dias no xilindró e com os «seus bens» (roubados!) confiscados a favor do Tesouro.

Anónimo disse...

Depois da leitura da revista do Sol, biografia de PC (II parte), mais uns pontos a seu favor.
Pese a depreciação de outra luminária do nacional comentarismo, no JN, lido do Delito de Opinião (Morais Sarmento).
JB

Visado pela censura! disse...

...é que se deve punir a língua de pau quando essa língua de pau representa milhões e milhões de euros de prejuízo nacional e sacrifícios inomináveis por parte de quem confiou numa "actividade política" aldrabada precisamente pela língua de pau. E tudo para nada. Aí, sim, há que actuar sem piedade.
-----------------------------------

Concerteza que quando Passos Coelho disse isso não estava a pensar nos ultimos anos em Portugal....porque, se estivesse, deixava de fazer sentido que o PSD apoiasse a candidatura do Presidente da Republica que esteve em funções durante o periodo de tempo em que tudo isso foi acontecendo, e não utilizou os seus poderes para o impedir.

PS- Vamos lá ver se este comentário passa na censura, que cada vez está a apertar mais agora que se aproximam as eleições....

João Gonçalves disse...

De vez em quando dá-se voz aos cobardes. Mas só de vez em quando para isto não parecer a Maria.

Anónimo disse...

Creio que há a necessidade de separar poderes e saberes. As promessas são politicas, assim como os discursos são políticos, e estes não saõ passíveis de serem objecto de justiça.
A gestão danosa, a má aplicação de orçamentos, o não cumprimento de acordos, assim como o não cumprimento das funções que são atribuídas, deverão ser passíveis de serem criminalizados.
Objecto de justiça ( e muita) será a corrupção, que teve uma taxa de crescimento desmesurada.

ricardo disse...

Deixem-se de conversas e aplique-se a lei.
Então se verá quem é fala barato e quem tem coragem.

Anónimo disse...

Mas que lei, Ricardo das 1.16?

jpt disse...

JG já que eu meti um post no nosso blog (passe o autocentramento) a dizer que PPS propõe a criminalização da política vou (e independentemente de presumir que V. não lê o nosso blog) meter a carapuça deste seu blog. E responder - este post é típico do omo-bloguismo, a lavar mais branco.

V. presume que o que PPS quer dizer é isso? Ok. Então ele que o diga. Mas não disse. Não o disse assim, disse outra coisa e, pior ainda, deixa-se (quer-se?) ser interpretado de outra forma. A de que os malandros da política que tenham decisões prejudiciais (quem avalia?) sejam julgados. O que é isto?

Quanto à intencionalidade fico-me por esta. Se um homem está a correr para primeiro-ministro e quer dizer algo que o diga explicitamente. Não nos ponha (não o ponha a si, melhor dizendo) a botar "ele quer dizer isto, mas não disse exactamente".


Cumprimentos

jpt disse...

"a carapuça deste seu post" foi o que eu meti, e não tanto "deste seu blog" que cabeçorra para tanto não tenho

Anónimo disse...

Jpt: aproveita e faz como a avestruz.