Parece que uma conhecida "jornalista" totalitária debitou qualquer coisa acerca de um alegado "jornalismo totalitário" por causa de uma amiga dela. Muito bem. Sucede que a amiga dela é eurodeputada, uma figura pública, uma dirigente partidária, em suma, alguém sujeito ao escrutínio público por vontade dela. A opinião dela acerca dos seus camaradas - os famosos desabafos de estados de alma que começam a fazer escola - tem interesse para se avaliar o "nível" das nomenclaturas partidárias. O escândalo aparente da totalitária jornalista é a "fonte", a transcrição de escutas realizadas num processo que já passou para outra fase, a instrutória, legalmente pública, e não o seu teor e o que o teor diz do carácter de uma personalidade que, valendo o que vale (nada), faz política. As coisas são o que são. E as pessoas também. Não adianta escondê-las.
1 comentário:
Dou sempre o mesmo exemplo. Quando os e-mails do Phil Jones, o responsável pelo estudo das mudanças climáticas da ONU, foram tornados públicos (depois de terem sido roubado por um grupo de hackers), não só Jones apresentou a demissão como ninguém discutiu (não certamente em primeiro lugar)a questão da privacidade dos seus mails.
Dito isto, estou-me nas tintas para os desabafos da Edite (e para ter opinião sobre ela basta-me as suas opiniões sobre a língua portuguesa).
Em conclusão, acrescento que esta coisa do jornalismo português viver da transcrição de escutas parece-me, de facto, preocupante. Tão preocupante como o nível dos políticos que nos governam. Aliás, andará tudo ligado, como dizia o outro.
Enviar um comentário