Em "homenagem" ao "povo irmão" do Brasil (esta do "povo irmão" provoca-me invariavelmente um choro compulsivo só atenuado pela leitura imediata dos classificados do Correio da Manhã) , fica o comentário do leitor Marcos Paulo Storer Steklein neste post que reproduzo na íntegra com "aquele abraço" (mais lágrimas).
«Muito do lixo que o ilustre e provavelmente onisciente e sacrossanto - pois como tal deve considerar-se - redator deste enfadonho e inócuo blogue que para nada mais serve a não ser para destilar o veneno intoxicante de seu autor, devo dizer, perdoe-me o português patriota que ler esta mensagem, foi-nos legado justamente por Portugal, o mesmo Portugal que hoje rasteja aos pés do FMI como um mendigo esfomeado e esquálido, tendo de comer da bacia das almas , agora não sendo nada mais que uma espécie de protetorado da União Européia. Vícios estruturais da vida política nacional do Brasil têm, forçoso é dizê-lo, uma raiz legitimamente lusitana, pois embora vocês jamais o admitam, pois são orgulhosos demais para fazê-lo, um orgulho tolo, frise-se, tendo a cabeça cheia de vento como têm, foi realmente a colonização portuguesa a maior e mais cruel tragédia histórica que se abateu sobre o Brasil. Vocês exploraram-nos até o tutano dos ossos, rasparam até o fundo do cofre, deixando-nos na mais absoluta bancarrota e o mais trágico (ou seria cômico?) é que sequer souberam aproveitar-se adequadamente das riquezas que nos roubaram, dilapidaram-na, reduziram-na a pó, pois veja a situação que vocês enfrentam hoje, nem os agiotas do FMI querem contato consigo. Perdoe-me por chocar sua sensibilidade patriótica a tão elevado grau, mas o fato nu e cru é que vocês nos criaram e fizeram de nós o que somos hoje e se o Brasil é um lixo como o senhor tão sabiamente afirma, é o resultado direto do emporcalhamento feito por Portugal. E se o Brasil é um lixo, posso dizer, como João da Ega: "Portugal é uma choldra".
Pós-escrito: Não sou nem nunca fui partidário do presidente Luiz Inácio e seus asseclas esquerdopatas, também fiquei profundamente consternado e decepcionado com a vitória da Guerrilheira Mor mas é como diz o ditado: "a cada um a sua cruz", nós temos Dilma Rousseff, vocês têm José Sócrates. Quem está pior na fita?»
Bravo, Marcos. Eu não diria melhor a não ser na parte do português lulizado que V. usa e que eu jamais usarei. Quanto ao mais, fique descansado que a minha "sensibilidade patriótica" já desapareceu há muito porque dificilmente se pode ser patriota no meio da "choldra". Mas, insisto, V. Exas. foram uns excelentes redescritores da parte da "choldra". Não sei por que é que teimam em vir então para cá. É que isto não é "emergente" - é uma emergência submergente. Goze a sua Dilma em paz.
«Muito do lixo que o ilustre e provavelmente onisciente e sacrossanto - pois como tal deve considerar-se - redator deste enfadonho e inócuo blogue que para nada mais serve a não ser para destilar o veneno intoxicante de seu autor, devo dizer, perdoe-me o português patriota que ler esta mensagem, foi-nos legado justamente por Portugal, o mesmo Portugal que hoje rasteja aos pés do FMI como um mendigo esfomeado e esquálido, tendo de comer da bacia das almas , agora não sendo nada mais que uma espécie de protetorado da União Européia. Vícios estruturais da vida política nacional do Brasil têm, forçoso é dizê-lo, uma raiz legitimamente lusitana, pois embora vocês jamais o admitam, pois são orgulhosos demais para fazê-lo, um orgulho tolo, frise-se, tendo a cabeça cheia de vento como têm, foi realmente a colonização portuguesa a maior e mais cruel tragédia histórica que se abateu sobre o Brasil. Vocês exploraram-nos até o tutano dos ossos, rasparam até o fundo do cofre, deixando-nos na mais absoluta bancarrota e o mais trágico (ou seria cômico?) é que sequer souberam aproveitar-se adequadamente das riquezas que nos roubaram, dilapidaram-na, reduziram-na a pó, pois veja a situação que vocês enfrentam hoje, nem os agiotas do FMI querem contato consigo. Perdoe-me por chocar sua sensibilidade patriótica a tão elevado grau, mas o fato nu e cru é que vocês nos criaram e fizeram de nós o que somos hoje e se o Brasil é um lixo como o senhor tão sabiamente afirma, é o resultado direto do emporcalhamento feito por Portugal. E se o Brasil é um lixo, posso dizer, como João da Ega: "Portugal é uma choldra".
Pós-escrito: Não sou nem nunca fui partidário do presidente Luiz Inácio e seus asseclas esquerdopatas, também fiquei profundamente consternado e decepcionado com a vitória da Guerrilheira Mor mas é como diz o ditado: "a cada um a sua cruz", nós temos Dilma Rousseff, vocês têm José Sócrates. Quem está pior na fita?»
Bravo, Marcos. Eu não diria melhor a não ser na parte do português lulizado que V. usa e que eu jamais usarei. Quanto ao mais, fique descansado que a minha "sensibilidade patriótica" já desapareceu há muito porque dificilmente se pode ser patriota no meio da "choldra". Mas, insisto, V. Exas. foram uns excelentes redescritores da parte da "choldra". Não sei por que é que teimam em vir então para cá. É que isto não é "emergente" - é uma emergência submergente. Goze a sua Dilma em paz.
45 comentários:
depois do lula a lula
grande caldeirada
Dilma ganhará rapidamente uma barba grisalha, e hálito a cachaça. Lula submeter-se-á a uma operação ao seu membro, que deverá ser modificado em arremedo vulvar. Calça para uma, e calcinha para outro. Voz roufenha e matraqueada de doutrina petralhista-bolivariana para ambos. Estão encontrados os rotativos e hereditários líderes. Guatimozin 66 + Cachaça 51 = PT.
Ass.: Besta Imunda
No fundo, no fundo, (alguns) brasileiros sempre desejaram ser americanos. Daí, o lamentarem terem sido colonizados por Portugal. Que o colonialismo português (também) foi mau, todos sabemos. Mas, duzentos anos depois, já era tempo dos brasileiros arranjarem outras desculpas para os seus problemas. Como diria o outro: "governem-se!"
bom dia,
quanto ao resto não tenho a certeza, mas numa coisa devemos ter infectado irreversivelmente os brasileiros: na incansável busca de um bode expiatório para os nossos problemas e limitações. nisso, nós como eles, somos imbatíveis.
RuiAlmeida.
A DILMA VAI TRANSFORMAR O BRASIL NO MELHOR PORTUGAL SÓCRETINO.DELAPIDAÇÃO E REPRESSÃO LEVARÃO O BRASIL DE NOVO À BANCARROTA E A VOLTAR A RASTEJAR PERANTE O FMI.A ESQUERDALHADA QUE TOMOU CONTA DE PORTUGAL E DO BRASIL SÃO MUITO PARECIDAS E TÊM O PROJECTO HISTÓRICO DE PILHAR TUDO O QUE PODEM E ARRUINAR O RESTO. QUANTO AO IDIOTISMO ANTI-PORTUGUÊS PRIMÁRIO DO AUTOR TRANSCRITO ACHO QUE DEVE PEDIR AOS ESTADOS UNIDOS QUE ACEITEM O BRASIL COMO SEU PROTECTORADO QUANDO OS BRASILEIROS JÁ NÃO CONSEGUIREM VER MAIS A DILMA PELA FRENTE.OS BRASILEIROS QUE VIVEM EM PORTUGAL ENTRETANTO PREFEREM SER CIDADÃOS EUROPEUS.SEMPRE VALE MAIS UM PASSAPORTE PORTUGUÊS QUE UM PASSAPORTE BRASILEIRO.
O lulinha é um ignorante que, por mérito próprio, diga-se, e pela ignorância de um povo, chegou onde chegou. Deu-se bem e quer ficar sempre no pedestal. Tem carisma? Tem, sim senhor. É xico esperto? É, sim senhor. Quer ganhar o Nobel da Paz? Quer, sim senhor, e do jeito que as coisas andam niveladas por baixo por este mundinho desgastado, sem demora lha ofertarão em bandeja de ouro. É o velho ditado ... "quem nunca comeu lagosta, quando come tem uma tremenda indigestão". Deixai, homens de deus neste nobre blogue que, tanto brasileiros como portugueses, se convençam que têm países. Acabem de vez com essas quezílias de po(l)vinhos subdesenvolvidos e vamos lá à caldeirada de lulas, polvos (paz à alma do polvo Paul) e chocas já que - e já que estamos a falar de coisas do mar - "camarão que dorme a onda leva" ...
Tanto os camarões brasileiros como os camarões portugueses ainda não acordaram, digo eu ....
Triiiiiimmmmmmmmm ... olhó despertator .......
Em alguns livros de Historia talvez paralela ou não comummente aceite, Portugal comprou o Brasil à Holanda. Era giro hoje vermos aquele povo falar aquela língua de Peter Stuyvsant, holandês que fundou Nova York, encontrar mais desnível social e mais racismo, algo comparável à África do sul, na realidade uma América do Sul, á procura do seu Mandela . E quando quisessem o povo irmão iam comer arenques e queijo flamengo
Quando chegeui no Rio vi o Corcovado.
E logo um brasileiro me explicou: Tá vendo? Te recebemos de braços abertos...só que numca vamos fecha-los.
Será preciso dizer mais?
Um dia destes, quando acordar e vir que elegeu um Sócrates de saias, o Brasil lá terá de pedir o regresso do FMI...
É a vida, como diria o outro.
Marcos Paulo, o dono do blog publicou o seu texto duas vezes: que honra, ainda se queixa?
Opá com tanto despertador acordei ao lado de umas conhecidas brasileiras com as quais me divirto bastante, quer dizer, mais ou menos os trocos que tenho no bolso.
Dois disparates:um,por causa de Dilma, insulta um grande país e o seu povo.O outro, ofendido por um quidam, insulta um outro país e seu povo,com a insegurança adolescente que ,algumas vezes, se encontra no Brasil.Dois chorrilhos de clichés e preconceitos.O teu é pior que o meu:grow up,boys.Entretanto um xanax.E depois que cada um trate de si.
Fala este senhor como se o Brasil existisse já antes da colonização portuguesa. A verdade é que sem esta Brasil nenhum teria existido, mas somente um amontoado de Venezuelas, Surinames e Haitis. Agora pergunto, o que é que os ascendentes arianos do senhor Storer Steklein foram fazer para aquelas latitudes? Só se fôr um "downgrade" civilizacional.
«a colonização portuguesa a maior e mais cruel tragédia histórica que se abateu sobre o Brasil.»
A graça desta afirmação consiste em pressupor a pré-existência de um Brasil onde se abatesse a cruel tragédia... como se houvesse algo que pudesse ser um "Brasil" antes da chegada dos portugueses...
É o pensamento selvagem do Levy-Strauss.
A mim a história do "povo irmão" provoca-me riso e reacções alérgicas!
Quanto ao brasuca dizer que nós temos o Sócrates e eles a Dilma sorte a deles pois pior que o "nosso"(?) não é possível haver!
Dilma tem muito pouco de mulher. Ela é macho de A a Z. Boa sorte a todos.
Realmente esta história de «povos irmãos» é uma treta sentimental inventada pelos literatos dos dois lados do Atlântico.
Se eu fosse brasileiro tinha vergonha de ter como «irmão» o «português», que lá, é gozado, anedotado e muito bem anedotado.
Aqui alguns comentadores - «pequeninos» como são os portugueses que aqui diariamente são analisados - vêm com uma postura «altiva», envergando chapéu colonial e utilizando vernáculo de sanzala.
Ora, fiquem sabendo Vs. Exªs. que o Brasil não precisa desta nesga de terra à beira mar plantada e até caga em cima desta palonçada que aqui vive.
Como disse o comentador Marcos Paulo Storer Steklein - aqui citado pelo distinto autor do blogue - Portugal esteve vários séculos no Brasil, roubou que se fartou, pouco desenvolveu e mesmo assim, regressando à metróple com o fruto do saque, continuou pobre, periférico e sub-desenvolvido.
Quanto à vitória de Dilma Rousseff, o Brasil demonstrou que é um país em grande transformação politica, social e cultural.
Ao contrário da antiga «potência colonizadora» que todos os dias anda para trás; que escolhe politicos e «responsáveis» que nunca fizeram nada na vida; que nunca arriscaram um escudo; que nunca arriscaram o próprio «coiro», como foi o caso de Dilma, o Brasil dá a Portugal grandes lições de democracia e Liberdade.
Desde Fernando Henrique Cardoso, dese Lula da Silva, o Brasil tem escolhido presidentes forjados na luta contra a Ditadura Militar.
Mesmo nestas eleições é preciso realçar que, quer Dilma Rousseff, quer José Serra, foram opositores activos à Ditadura Militar de Medici, Geisel ou Figueiredo.
Aliás, a história de Dilma é interessante, pois ela descendente de pai imigrante búlgaro, entra na universidade e adere a movimentos armados de resistência contra a ditadura, tendo sido condenada a seis anos de prisão.
Como vêm, Dilma é uma pessoa corajosa e não passou a ditadura a «dar aulas» ou a «coleccionar mestrados» no exterior.
Dilma deu o corpo ao manifesto e não tenho dúvidas que a sua determinação fará do Brasil um «imenso Portugal» ou um «novo império colonial».
Os portugueses deviam ter vergonha de mandarem bitaites aos brasileiros, quando todos sabemos que os portugueses não sabem governar, são analfabetos, são cobardes e até elegem um montão de tiriricas.
O que os portugueses estão a passar merecem isto e muito mais.
Adenda ao comentário anterior:
Como ontem disse a Dilma, o Brasil libertou-se da tutela do FMI, pois disse ela que ninguém respeita devedor».
Enquanto o Brasil já empresta ao Fundo Monetário Internacional, esta instituição está prestes a entrar em Portugal!!!
E andam aqui alguns «porteguesinhos da silva» a querer apoucar o seu «irmão» brasileiro.
Vão trabalhar vagabundos!
Garganta.. está sempre a tempo de deixar de ler este blogue que, pelos vistos, tanto o incomoda enquanto admirador do "petralhismo" de Lula e Cia. Quero lá saber do regime do Inácio e da Dilma.
Nada de espantar. Pelo apelido, esse cavalheiro deve descender daqueles que rasparam até à medula a Polónia, França, Ucrânia e todos os territórios onde puseram o pé. É o despeito de não verem o Brasil ter o "dói-te-che" como língua oficial. Coisas de expatriados, não ligues.
No entanto, quando chegam com a conversa da beleza que teria sido a presença batava, apenas se coloca uma questão: quantas pessoas falam neerlandês na Indonésia? O Suriname e a África do Sul, são de facto, belos exemplos de progresso.
O Brasil ainda quer ser País, isto é controlar o seu destino.
Portugal só se quer entregar a alguém para que tenha um álibi.
O Ditador, a CEE, os Iberistas, os Germanófilos/FMInófilos, e num futuro próximo os sinofilos, foram, são e serão anseios das diversas elites para terem álibi e ao mesmo tempo legitimidade para puderem continuar a mandar.Mandar quer dizer sacar.
Ao contrário do dito do tempo romano que a mesma elite gosta de repetir incessantemente Portugal deixa-se Governar demais, aliás anseia por ser Governado. Anseia por um Pai que o livre de preocupações.
lucklucky
Dr. João Gonçalves:
O GF não é admirador do «petralhismo», nem do «lullismo», nem da Dilma, nem do Serra, nem de ninguém.
Tenho espírito livre e tenho pelo menos dois dedos de testa, e quando leio alguns comentários de idiotas a falarem nas falhas dos vizinhos ou dos parentes, sem que ao menos façam uma introspecção ou uma autocrítica, vou aos arames.
E quando alguns comentadores, querem comparar o PT de Lula com o PS do Socretino (ou melhor o «socretenismo» com o «lullismo») devem ter muita minhoca na cabeça.
Não há regimes perfeitos, nem nunca haverá, mas uma coisa é certa, no Brasil as coisas dão certo, aqui, na choldra, com esta fina flôr do entulho, nada dá certo e vamos empobrecendo alegremente.
Parafraseando um grande cronista da década de setenta do antigo jornal «O Tempo», Manuel de Portugal, de facto «o problema de Portugal é ter muitos portugueses».
Antes tivesse muitos mais brasileiros, argentinos. ingleses, alemães, americanos, suiços, italianos, sul-africanos, talvez se criasse um «melting point» cultural capaz de dar a volta a esta decadência e a este môfo.
Cumprimentos,
GF
Isto sim ........
.............. é gastar muita vela com tão ruin(s) defunto(s) .....
poupem-nos!
Os "colonialistas governantes brasileiros" roubaram mais o seu Povo em 5 anos do que os portuguese em 200.. Mensalões... e Cuecões...
" Nós vos demos um Continente" só isso merecia a vossa gratidao eterna...
Ingratos!
Abrir aqui, como se faz nos posts, a caixa de pandora das xenofobias, dos pontos de vista racistas, só podia dar nisto.
Desqualificar o Outro, por causa do penteado, da cor da pele, da instrução é o que o Independente fazia com Cavaco por causa das meias brancas (quando ele bem merece ser atacado, e há mais do que motivos para isso para lá das irrelevantes opções do guarda-roupa.
Depois todos os xenófobos, vêm cá ter, para fazer companhia uns aos outros. Incultos, mal lidos, sem preparação histórica, não vão além do que se escreve nas crónicas do rui castro num qualquer jornal paulista.
Juntam-se as boas almas. nuno sousa
Dilma foi eleita Presidente do Brasil e glosou o Yes we can de Obama referindo-se à possibilidade de uma mulher chegar ao mais alto cargo político. Foi bem quando, pedagogicamente, se dirigiu aos pais das meninas brasileiras, dizendo que eles têm que pensar que as suas filhas podem ir tão longe quanto a ambição que tiverem.
Desejo sinceramente que Dilma seja a excelente Presidente que o Brasil merece e que se cumpram os ideias de progresso e justiça social com que os brasileiros muito justamente sonham.
Mas não gosto da bandeira feminista, não gosto da notícia bombástica “a primeira mulher a presidir ao Pais”, tal como não gosto de outras bandeiras com a raça, cor ou religião dos que alcançaram a vitória em democracia. Cada um que vença pelo valor que tem, isso é que é igualdade, é bastante perversa a tese da vantagem do preconceito porque adopta o próprio preconceito e o assume com naturalidade. E pergunto-me se um homem teria aceite a tutela paternal e omnipresente do seu antecessor, nos termos em que Dilma aceitou a de Lula, e se, aceitando, a tutoria não teria sido vista como uma fraqueza inaceitável.
Os Brasileiros tem muitos defeitos e devo confessar que nao os aprecio muito, mas tiveram um tal de Joao Guimaraes Rosa, que, alem de medico foi embaixador e, nos tempos livres, um grande escritor. Ao nivel do nosso Aquilino. So por isso merecem algum respeito.
(Luis)
Quero agradecer ao João Gonçalves pela honra que ele me concedeu ao publicar meu post; mas confesso que me sinto um pouco como um daqueles atônitos ainda que eufóricos troianos que, diante do cavalo de madeira supostamente abandonado pelos gregos diante das muralhas de Tróia não sabiam como interpretá-lo, se como um despojo de guerra ou uma armadilha perpetrada pelos aqueus, o que efetivamente era. Príamo optou pela primeira interpretação enquanto Laocoonte se opôs-se ao juízo do monarca troiano, sendo por isso punido pelos deuses favoráveis a causa grega. Todos sabemos o resultado nefasto da decisão de Príamo. Sendo assim, prefiro a prudência de Laocoonte à insensatez do pai de Heitor. Ainda que venha a ser punido pelo Olimpo.
Quanto ao comentário que postei no dia 31, ele foi motivado sobretudo não por pura e simples patriotada de minha parte como poderia parecer à primeira vista - claro que sou patriota, caso contrário não me preocuparia tanto com o futuro do Brasil sob a condução da camarada Dilma, condução que será desastrosa, não tenho dúvida, embora espere, com toda a sinceridade, estar redondamente enganado - mas não foi o meu patriotismo tupiniquim que me levou a escrevê-lo e sim o desejo de fazer ver a João Gonçalves a enormidade de sua arrogância e o erro grosseiro que ele cometeu ao incorrer numa generalização grave e rasteira, igualando petralhas e cidadãos de bem, englobando-nos todos num mesmo saco de gatos (ou de lixo já que este foi o carinhoso apodo que ele houve por bem concerder-nos), ofendendo não apenas a mim como brasileiro, de todo modo não teria tanta relevância se este fosse o caso, mas a milhões de outras pessoas que trabalham e produzem e que nada têm a ver com as barbaridades perpetradas pela corja lulo-petista e que se nele votaram foi por ignorância, não por velhacaria. Toda generalização é um erro. Entendo o furor do ilustre blogueiro com o atual estado de coisas em terras lusitanas, o socretinismo é realmente uma tragédia só comparável em termos de intensidade e duração, à ópera-bufa petista. Mas atrevo-me a recomedar ao senhor Gonçalves mais seriedade e inteligência na hora de compor seus próximos artigos. É o minímo que se espera de alguém que acredita ter o que dizer.
Quanto ao comentário de Amendes, devo dizer, não me envergonha confessá-lo, que realmente fiquei com um gigantesco e assaz angustiante peso na consciência, após tê-lo lido. De fato sinto que nada mais me resta fazer no presente momento a não ser expressar um mea culpa da forma mais humilde de que for capaz e em plena contrição. É absurda e imperdoável a ingratidão dos brasileiros para com seus genitores portugueses. Realmente devemos ser gratos a Portugal. Precisamos todos os dias agradecer a espoliação sistemática e desenfreada das riquezas das Minas Gerais, o saque que nos foi perpetrado por Pombal para custear a reconstrução de Lisboa, a proibição de manufaturas decretada Por maria I, carinhosamente codinominada "A Louca" e que atrasou nosso desenvolvimento por no mínimo dois séculos, o quase completo extermínio do povo indígena, os estupros das exóticas indiazinhas de Pindorama pelos luxuriosos colonos de além-mar, a nobre herança da escravidão de que levamos uma infinidade de tempo para nos livrar, o clientelismo, o compadrio, o nepotismo. Não esqueçamos das famigeradas sesmarias, origem nuclear das oligarquias regionais que hoje assolam o nordeste do país. Por essas e outras dádivas tão generosamente ofertadas por Portugal, nunca agradeceremos suficientemente e é pena.
Marcos,
JG tem absoluta razão no que diz acerca de Dilma: o faz em relação a outros igualmente e se não o fizesse não faria a menor diferença.
Agora se quiser reclamar antes aprenda a escrever e sobretudo história porque “o patriotismo é o último refúgio dos canalhas".
Os Brasileiros têm um defeito bem maior do que qualquer traço lusitano: Gostam de culpar os outros por terem um país de barracas. Não são eles, nunca, os culpados pela sua própria história: são os outros.
Ah! Ah! Ah!
O cavalheiro se puder que deite fora o lixo (já vai para 200 anos são livres de o fazer) e depois que arrote todo o discurso em Tupi no meio duma dança tribal.
Cumpts.
O problema do dono do blogue (um deles) é que a abstenção na eleição de Dilma foi de 20%, o que significa que a senhora foi eleita e por uma esmagadora maioria de eleitores, dos quais cerca de 60% a preferem por acreditar que ela irá dar continuidade ao trabalho, considerado exemplar.
Não há comparação com o PS ou o PSD que resista. Para além de ninguém querer nada com a "continuidade", estamos todos desejosos de ver a canalha pelas costas e, quando houver eleições, iremos 40-50% mostar não o nosso apoio mas o nosso desprezo, não pondo lá os pés.
E para digerir estas diferenças é preciso um bom digestivo.
É espantoso como as mentes simples actuais, sejam brasileiras ou não, tentam permanentemente analisar e avaliar um passado, de há mais de 200 anos atrás, com critérios politicamente correctos actuais - que podemos encontrar em bocas que badalam em cabeleireiros e pastelarias. Falam pois em conceitos como "estupro", "colonização", "exploração", "desenvolvimento", etc, etc. com o significado que lhe conhecemos hoje, pós 2ª guerra mundial. Na verdade nós portugueses deveremos rapidamente arranjar uma equipe de advogados dos direitos humanos para se mover já uma acção em tribunal contra Cromagnons, Homos-Sapiens-Sapiens, vagabundos milenares, Fenícios, Gregos, Romanos, Gôdos, Suevos, Vândalos, Árabes, Francos, Aragoneses, Lioneses - e exigir uma gorda indemnização que nos conforte a alma. O certo é que mal Portugal foi corrido do Brasil em 1822 - logo acabou a escravatura, os pobres ficaram ricos, os Coronéis foram bonzinhos, Getúlio Vargas e outros não se envolveram em guerras civis sangrentas; e não houve ditadura militar e esquadrões da morte e não se empilharam favelas sobre favelas. E estamos a falar de uma zona do mundo que até Pedro Álvares Cabral lá ter aportado por engano, não tinha nome, não estava em mapas, não tinha fronteiras e 'não existia'! Cá na Europa, o erro foi navegar, descobrir coisas e fazer ciência. Também Flemming não devia ter prestado atenção ao bolor.
Ass.: Besta Imunda
E para digerir estas diferenças é preciso um bom digestivo...não sei se uma cachaça se um bagaço...por vias das duvidas bebo os dois à saude dos pobres que são iguais em qq lado.
Camarada Marcos...
Ai.. pára! Você "tá" dando uma de tirica explosivo ressaibiado!
" Nós vos demos um Continente"
Há 200 anos que deixamos de "roubar"... "Cadê" a riqueza que herdaram?
Petroleo/ Diamantes/ agro-pecuária/ ouro, etc etc etc
Meu chapa.. não vou dar mais troco pâ você... Sou uma perguntinha:
Nos "fodemo" a indiazinha... e quem o está destruindo , vendendo e massacrando o indio do imenso Amazonas?
Ingrato!
"Nós vos demos um CONTINENTE"
Hehehehe
Uma pessoa que não sabe fazer a interpretação de algumas linhas dum post, num blogue de sua língua natal, não pode sequer tentar evocar Machado.
PS1: Sou do Rio.
PS2: O Brasil não existiria sem os portugueses, mas talvez isso lhe constitua surpresa...
Canta, Musa, a cólera de Amendes, fervoroso e combativo patriota lusitano, indignado com a verdade nua e crua sobre a ação nefasta de seu país sobre "o grande irmão dos trópicos", cólera funeta aos poucos neurônios que ainda funcionam em seu cérebro socretino e que tantas palavras tolas lançou ao vento sob o signo da mediocridade, paradoxalmente mesclada com a mais abjeta arrogância e marcadas com o selo da mais absoluta desonestidade intelectual...
Amendes, por favor não se irrite comigo, não foi minha intenção ofender seus brios patrióticos. Continuo acreditando que você está coberto de razão ao me considerar ingrato em relação as maravilhosas e nunca demasiado celebradas dádivas que a colonização portuguesa legou ao seu dileto filho brasileiro. Sim, vocês nos deram um continente, um presente realmente maravilhoso, não posso negar, mas tal argumento confesso que me cheira um pouco a um recalcado complexo de inferioridade de Portugal em relação a nós, senão uma secreta e sempre acalentada inveja das proporções continentais do Brasil frente ao tamanho diminuto e em posição indecorosa do Retângulo ibérico, de costas voltadas para a Europa (vocês ainda são europeus, não são? Ou Merkel e Sarkozy já decidiram o contrário?)Desde o advento da psicanálise todos sabemos bem aonde podem levar tais complexos.
Sinto-me bastante inclinado a aceitar a sugestão de Bic Laranja, mas com uma ressalva: quero convidá-lo a vir comigo celebrar o quarup. Talvez acabe por se sentir tentado a seguir os passos de seu célebre conterrâneo Caramuru, que preferiu viver e procriar entre os os selvagens das matas brasileiras a continuar chafurdado entre seus compatriotas.
É o risco que se corre tendo em vista que hoje qualquer outro canto do mundo parece ser melhor que Portugal.
Eu gostei do Marcos. É prolixo e domina a Língua que é sua como o sangue e o suor. O Brasil é grande, mas a escala de cada homem é sempre a mesma. Gostei do Marcos.
Deve, no entanto, privilegiar o aforismo e não o testamento.
"um recalcado complexo de inferioridade de Portugal em relação a nós"... ??? Esta é boa... Lê-se cada uma...
Olha! Perdeu tempo a responder-me...
quanta asneira...
Terá havido uma "espoliação" do Brasil. Admitamos que sim.
E quem a conduziu no essencial? Os colonos portugueses.
Está bem.
E de quem descendem os brasileiros actuais? Pois...
(A não ser que o Marcos seja descendente de emigrantes que chegaram ao Brasil mais tarde, nesse caso a sua família só sofreu a "espoliação" brasileira mesmo)
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