Ontem, em Ponta Delgada, Alegre saudou o sr. César - uma invenção recente do PS que lhe cata votos e que instituiu o "filhismo", o "primismo" e o "amiguismo" como forma de governar - como uma "referência" do PS e, pelos vistos, dele. Nem uma palavra para dois açorianos que, muito antes de se saber quem era o inócuo César, já tinham dado bastas provas como "referências": Jaime Gama e Medeiros Ferreira. Um fundou o PS e o outro, como MNE, por exemplo, solicitou formalmente a adesão do país à hoje UE, ajudou a flexibilizar o regime nos "reformadores" e é insuspeito de ter uma biografia escrita à pressa nos sofás das secções partidárias. Basta ler a sua intervenção no "congresso de Aveiro", no final dos anos sessenta, quando César ainda devia usar bibe, para afirmar desde logo Medeiros como intelectual e politicamente superior a qualquer cristão-novo da treta. Foi, anos a fio, o "cabeça de lista" pelos Açores e foi precisamente César quem lho pediu para ser porque percebeu (não é, evidentemente, um manifesto bronco) que alguém como Medeiros Ferreira podia dar à Região a visibilidade política que Mota Amaral, mais provinciano, não lhe quis ou soube dar. Sucede que Alegre, na lambedura inclinada da espinha que perpetrou à presente nomenclatura norte-coreana do PS nas pessoas do cacique César, do espertalhão dinossáurico Almeida Santos e do querido líder, hipotecou imediatamente aquela balofa retórica da "independência" e da "neutralidade" que apregoa aos tolinhos do "MIC" e à arq.ª Roseta. Apresentou-se, enfim, como o candidato que vai ser. Com um paninho branco dobrado no braço, pronto para o serviço.
6 comentários:
A insularidade está a provocar os seus mais profundos efeitos, quiçá um novo vulcão dos Capelinhos nos espera (e aos aviões igualmente).
Será que Alberto João está para Sócrates, como César está Alegre?
Estará Alberto João mais próximo de Sócrates do que Alegre de Sócrates?
Estaremos perante a (re)fundação de um PS Açoreano e de um PSD Madeirense!
Abençoados sejam.
A
Rui
Roseta!...Ver e ouvir Roseta na SIC-N é sempre uma penosa experiência. Continua ensopada na chorosa e obstinada estupidez que sempre quiz fazer passar por candura e justeza. Diz que é de esquerda. Aparenta a pureza e a ingenuidade dos justos. Não passa de um caso clínico.
Ass.: Besta Imunda
"Sucede que Alegre, na lambedura inclinada da espinha que perpetrou à presente nomenclatura (...) do PS ..."
Eis porque Alegre perdeu o meu voto e o de muita gente.
Acho excelente que, estando nos Açores, Alegre, na sua insignificância politico-poética, tenha "esquecido" Medeiros em favor do anãozinho César.
Revelou, com isso, a sua verdadeira dimensão, que está ao nível do segundo.
Será que quem votou Alegre não sabia que se tivesse ganho as eleições seria o comandante supremo das forças armadas? Seria um insulto aos mortos do ultramar porque este sujeito não passa de um desertor e um traidor.Haja juizo.Francisco
Caro Francisco,
A questão que levanta - a deserção traidora do pateta-alegra - é, infelizmente, apenas compreendida por uma certa (boa) parte dos eleitores. Imagine falar disso aos rapazinhos do progressivo BE, assim como ao vasto rebanho de jovens-porcos chulos-do-pai-e-da-mãe que por aí andam a pichar paredes - corajosamente de noite - mas que já têm idade de votar! Como exercício ainda mais interessante imagine-se a mui-experiente, madura e categórica drago a tecer considerandos sobre a matéria. É uma infâmia!
atentamente,
Besta Imunda
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