Vai para cinco anos, Soares irrompeu pelo gabinete de Sócrates adentro e disse-lhe que era, pela terceira vez, candidato a Belém. Fundador e ex-secretário-geral do PS, Soares de imediato inviabilizou a "combinação" que existia entre Sócrates e Alegre para este ser o candidato oficial do partido. Pedidas as devidas desculpas - não aceites, como se sabe-, lá foram os três às respectivas vidas também com os resultados que se conhecem. Desta vez Alegre colocou o dito Sócrates na inevitabilidade de ter de o apoiar - nem que seja a título meramente retórico - e sem qualquer tipo de convicção que é coisa, aliás, que não abunda por ali. O lamentável César, dos Açores, serviu de hospedeiro ao fútil exercício do bardo e de pivot ao teatral gesto. É um direito de Alegre ser candidato a PR tal como é seu direito escrever maus livros e, sobretudo, péssima poesia. Sucede que, no actual momento do país, aquilo que menos se precisa é de canastrões nefelibatas cheios de si mesmos e de nada. Alegre tem algum "desígnio nacional"? Não tem. É um vazio político que, no tempo de Soares, não passou de secretário de estado. Vaidoso, arrogante na sua basófia de "homem de esquerda", Alegre, o político, justifica a "execução capital" a que Jorge de Sena o sujeitou, numa carta a Augusto-França, escrita há trinta e dois anos, a duas semanas de uma morte prematura e injusta que privou Portugal de um dos seus maiores. E deixando-nos, pelo contrário, entregues a balões vazios à espera que os encham como este poetazinho de trazer por casa que tantos idiotas úteis* vão ter de engolir. Dizia Sena que «o Manuel Alegre mais os seus dele arrotos na Praça» era (é) uma «imagem do dominante Portugalório.» Não mudou.
* o sobrinho do tio, o Barroso, Alfredo, já deu o "tiro de partida" na SICN com um enchimento da sua pessoa equivalente ao do bardo mas em versão pseudo-sofisticada adquirida em "profundas conspirações" de opereta, nos jardins de Belém, durante dez anos.
*Assis, na mesma SICN, fala na noção da "portugalidade" em Alegre como podia falar da parolice dele da qual essa tal "portugalidade" é pura evidência ou, nas palavras do João Pedro Henriques, é qualquer coisa como estar «feito parvo a olhar para o mar. Como uma vaca».
Adenda (de um leitor):«O independente e supra-partidário Alegre obtém hoje às 20h finalmente da RTP (do estado-PS) o único directo da sua candidatura e do seu discurso onde explicou que Cavaco pecou porque "cooperou com o governo" mas também pecou porque "não apoiou o governo"; "Eu é que sou verdadeiramente independente e supra-partidário !" - até porque não combinou com ninguém ou pediu a alguém ou a qualquer partido qualquer espécie de apoio...Esse veio voluntário e sério de dois sérios e honrados cidadãos - César e Rodrigues - do PS. Alegre não é só independente e supra-partidário; é também estúpido. Nobre, fraco mas malicioso e nada estúpido, veio minutos depois aos ecrans dizer que "vai deixar Alegre para trás num vergonhoso 3º lugar - porque eu é que sou independente e supra-partidário". Ridículo.
* o sobrinho do tio, o Barroso, Alfredo, já deu o "tiro de partida" na SICN com um enchimento da sua pessoa equivalente ao do bardo mas em versão pseudo-sofisticada adquirida em "profundas conspirações" de opereta, nos jardins de Belém, durante dez anos.
*Assis, na mesma SICN, fala na noção da "portugalidade" em Alegre como podia falar da parolice dele da qual essa tal "portugalidade" é pura evidência ou, nas palavras do João Pedro Henriques, é qualquer coisa como estar «feito parvo a olhar para o mar. Como uma vaca».
Adenda (de um leitor):«O independente e supra-partidário Alegre obtém hoje às 20h finalmente da RTP (do estado-PS) o único directo da sua candidatura e do seu discurso onde explicou que Cavaco pecou porque "cooperou com o governo" mas também pecou porque "não apoiou o governo"; "Eu é que sou verdadeiramente independente e supra-partidário !" - até porque não combinou com ninguém ou pediu a alguém ou a qualquer partido qualquer espécie de apoio...Esse veio voluntário e sério de dois sérios e honrados cidadãos - César e Rodrigues - do PS. Alegre não é só independente e supra-partidário; é também estúpido. Nobre, fraco mas malicioso e nada estúpido, veio minutos depois aos ecrans dizer que "vai deixar Alegre para trás num vergonhoso 3º lugar - porque eu é que sou independente e supra-partidário". Ridículo.
7 comentários:
foi fazer o warm up à caldeira das 7 cidades
mas
parece que em vez de parto normal
a candidatura abortou
Acho que só os acéfalos votam no pateta alegre... acho e espero não me enganar, não percebo porque o PS há-de apoiar este desertor.
Sobrinho da tia, mais propriamente.
Do Ridículo:
Alegre, independente e supra-partidário, anda há meses a rosnar resentimentos em público e nas TV's acerca da indefinição ou ausência do PS quanto ao apoio à sua messiânica candidatura. A meio deste honesto percurso, o independente e supra-partidário Alegre consegue, no meio de uma conspiração albanesa, o apoio do progressivo BE. Há pouco, o supra-partidário e independente Alegre lá conseguiu as suas assinaturazitas. Na semana passada, em modos de grande confidência e como quem "deixa caír" informação - pressionado! - Alegre independente e supra-partidário diz que "vai para os Açores apresentar a sua candidatura por razões afectivas" (as peixeiras de Buarcos pensavam que já o tinha feito...). Chegado triunfalmente ao arquipélago, é organizada e anunciada uma "comunicação oficial da candidatura", apresentada por jornalistas que explicam - eles! - oficiosamente, os motivos da escolha de tão excêntrico local para o efeito (que Alegre não quis desvendar antes de viajar...): "num lugar remoto, fica mais facilmente justificada a POSSÍVEL E ESPERADA AUSÊNCIA DE FIGURAS IMPORTANTES DO PS", logo depois: "num sítio onde Cavaco geralmente ganha, MAS COM UM GOVERNO REGIONAL AGORA DO PS, é altura de tirar partido da situação partidária favorável". Explicado isto, o independente e supra-partidário Alegre obtém hoje às 20h finalmente da RTP (do estado-PS) o único directo da sua candidatura e do seu discurso onde explicou que Cavaco pecou porque "cooperou com o governo" mas também pecou porque "não apoiou o governo"; "Eu é que sou verdadeiramente independente e supra-partidário !" - até porque não combinou com ninguém ou pediu a alguém ou a qualquer partido qualquer espécie de apoio...Esse veio voluntário e sério de dois sérios e honrados cidadãos - César e Rodrigues - do PS. Alegre não é só independente e supra-partidário; é também estúpido.
Nobre, fraco mas malicioso e nada estúpido, veio minutos depois aos ecrans dizer que "vai deixar Alegre para trás num vergonhoso 3º lugar - porque eu é que sou independente e supra-partidário". Ridículo.
Ass.: Besta Imunda
Viva a republiqueta !
O que é que se esperava deste regime ?
Ele é o suprapartidário, ele é o independente, agora até o "monárquico", o de todos, e o de alguns. Todos, afinal, de nenhuns.
Meus caros, sabem o que é que eu quero do próximo PR, seja Alegre, seja mesmo um Cavaco??
É que extermine tipos como o puto Soares da PT e do PS, de forma genérica, porque esses são, apesar de tudo, também vítimas, mas quero essencialmente que se apague de vez e para sempre gente como José Miguel Júdice que, a troca de uns contratos e umas tretas de advogado espertalhaço, que valerão uns milhares de euros, se transformou num patético ajudante de campo das canhestras manobras socialistas em áreas turtuosas.
Isso sim, se se acabar com esta gentalha, que é muita, rugosamente muita, depois, o resto, resolve-se, pior ou melhor, mais ou menos difícil, mas resolve-se.
O país tem, ainda mais empenhadamente que nos casos dos aeroportos arábicos, que podar estes tojos rasteiros e daninhos.
Rita
Cara Rita,
Júdice é mais poderoso que qualquer ministro e não é paquete de ninguém cá do país; é sim paquete, regiamente pago, dos e pelos fabricantes franceses de armas. Praticamente de TODOS os fabricantes franceses. Tanto assim é que talvez esteja ao serviço de uma estratégia global francesa - do próprio governo francês. Júdice é, à escala nacional, um príncipe-da-trevas. Não deve obediência senão ao exterior ou à sua própria ganância. Não é fiel à república ou patriota. É um caso extremo de concentração de muito poder numa só entidade.
seu,
Besta Imunda
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