«Foi pena que o pragmatismo utópico, que já tantas vezes inspirou a construção europeia, não tivesse encaminhado as coisas para uma opção clara: ou se resolvia o problema grego abrindo caminho para um efectivo governo económico, o que de resto, no actual contexto da globalização, parece ser a única alternativa a uma marginalização cada vez maior da Europa. Ou se mantinha prudentemente individualizada, sem chantagens nem falsas promessas, a situação da Grécia, que negociaria com FMI [Fundo Monetário Internacional] uma solução para os seus problemas.Teria havido menos drama e, sobretudo, menos estragos. Porque o que abriu as comportas ao contágio foi, mais do que a arrogância da Alemanha, a persistente inconsequência da solidariedade europeia, enredada durante meses numa enorme desorientação, a lembrar frequentemente a história do barão de Münchhausen, que procurava sair de um pântano puxando pelos próprios cabelos… Para já, o saldo tende para o sombrio. O Tratado de Lisboa e os seus novos protagonistas descredibilizaram-se num ápice, e o poder na UE passou a ter um só rosto, o de Angela Merkel.»
Manuel Maria Carrilho, DN
Nota: Na Grécia, conforme previsto, é aquilo, o caos e, nas presidenciais palavras do de lá, o caminho para o abismo. Ainda acabamos todos a puxar pelos próprios cabelos sem sair do pântano e, quem sabe, a reabrir as gavetas das notas de conto no dia em que a senhora Merkel (ou outro por ela) se fartar de fazer de caixa multibanco. Aquele trio - Barroso, o senhor com nome parecido com o Popeye dos espinafres e momentaneamente Zapatero - que "governa" a Europa do tratado de Lisboa não conta nada. Vêm aí tempos gloriosamente sombrios como nota o nosso perspicaz autor. A situação é excelente, diria o desdentado Mao nos seus gloriosos tempos de doutrinador de metade da gente deslavada que nos meteu nisto. É bem feito. Entretanto, e por cá, é esta coisa em forma de assim. De lixo.
Manuel Maria Carrilho, DN
Nota: Na Grécia, conforme previsto, é aquilo, o caos e, nas presidenciais palavras do de lá, o caminho para o abismo. Ainda acabamos todos a puxar pelos próprios cabelos sem sair do pântano e, quem sabe, a reabrir as gavetas das notas de conto no dia em que a senhora Merkel (ou outro por ela) se fartar de fazer de caixa multibanco. Aquele trio - Barroso, o senhor com nome parecido com o Popeye dos espinafres e momentaneamente Zapatero - que "governa" a Europa do tratado de Lisboa não conta nada. Vêm aí tempos gloriosamente sombrios como nota o nosso perspicaz autor. A situação é excelente, diria o desdentado Mao nos seus gloriosos tempos de doutrinador de metade da gente deslavada que nos meteu nisto. É bem feito. Entretanto, e por cá, é esta coisa em forma de assim. De lixo.
7 comentários:
alguém disse:
«mentir,
mentir sempre,
mentir com convicção»
zé sapatilha está a perder a arte
«o mar bate nas rochas,
mas quem se aleija é o mexilhão»
Deram nozes a quem não tem dentes...
É tal a desorientação
na Europa esfrangalhada
sendo a plena constatação
da política tresmalhada.
Com tantos cabelos por puxar
em cabeças desabitadas,
tal tem sido esse desleixar
de medidas disparatadas.
Deste país deslumbrado
com a entrada de milhões
fica um fado quebrado
pelo pesar dos mexilhões.
Ponham os olhos nisto e vejam a velocidade que o querido líder está a imprimir a "isto":
http://nationaldebtclocks.com/portugal.htm
E está muito esperançado!
Mais um exercício ficcional dos Unionistas como Carrilho. Há pouco mais de um mês o senhor Papandreou, bizarramente elogiado porque parece que as pessoas têm de se agarrar a algo, dizia que não precisava de ajuda nenhuma. Os Gregos nas ruas dizem também só querer continuar a festa e que a torneira da dívida continue a correr. Por isso o que é que queria fazer o Sr.Carrilho? Eu sei que os Unionistas têm relação difícil com a vontade do povo, demonstrado pelo voto contínuo até dar o SIM às vontades dos mandarins Europeus, mas convinha um pouco mais de percepção. O FMI aterrava em Atenas há 6 meses atrás e depois,teria alguém com quem falar?
lucklucky
Aqui no caso da "Tugulândia" a rapaziada da CGD não para de se empanturrar com acções do BCP (chamados de "activos tóxicos").
Curiosamente boas quantidades de acções têm andado a descoberto, e muito se tenta para que as mesmas não atinjam valores abaixo dos 0,50.
Berardo deve estar certamente em grande.
A
Rui
PS. A coisa ainda é mais trágica pois logo pela manhã o BES por exemplo "vai ao mercado". Ivariavelmente vem de lá de mãos vazias. É ver até quando a coisa aguenta, no entanto está toda a gente "mais do que servida" de acções do BCP.
A marcha atrás está engrenada, e o mais fantástico é que ainda não bateu.
Segundo um tal sr. Trichet «Portugal e a Grécia não estão no mesmo barco». Não estão com certeza mas o mar é o mesmo e as embarcações idênticas. Se serve de algum consolo...
Mas o pior de tudo é que o socretino pôs o país de tal maneira careca ,que já nem uns cabelinhos existem para puxar o país do pântano.
Cps
S. Guimarães
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