Este acórdão do STA vale a pena ser lido, não pelo que decide, mas sobre o que decide. E vale a pena apenas ler as "alegações" do recorrente Costa Pimenta, juiz e autor do livro da foto. Com o devido respeito, é de rir à gargalhada. Um acórdão passa a "prancha" - a prancha é um trabalho qualquer apresentado em Loja maçónica -, Salazar é um "grande maçon", alguns conselheiros não terão «dado a conhecer essa sua excelente qualidade [de alegados maçons], nem sequer às respectivas mulheres e família», qualidade essa assinalada mediante «um pacto de sangue firmado» que implica coisas tais como cumprimentarem-se «com um beijo», adoptarem «um nome de código ou «simbólico» com vista a ocultarem esse relacionamento de irmãos.» E «têm combinados entre si, para comunicações ocultas, sinais, toques, as palavras, baterias, e maneiras de andar ou «marchas.» Finalmente, tudo isto redunda «em rituais secretos» que utilizam «caixões, esqueletos, caveiras, panos pretos, luvas brancas, espadas, sal, enxofre, ossos, tochas e aventais e o sinal de saudação nazi (sic).» A Maçonaria é do domínio do simbólico, valendo o que vale. Não é do delírio ou do vampirismo.
12 comentários:
O João Gonçalves é, ou não, daqueles que, como o Dr José Maria Martins, pensam que em Portugal a Maçonaria controla quase completamente tudo e todos e que não é possivel atingir o topo da carreira na magistratura, nas forças armadas, nas policias etc sem receber primeiro o aval dos aventaleiros?
Qual é na sua opinião o grau de influencia da Maçonaria em Portugal? Existem ou não vida e influencia para lá da Maçonaria?
Não sou. Não acho que controle. Não há "prémios" aventaleiros. E há muita, mas muita vida e influência para alem da maçonaria.
deve ter lido a voz maçonaria na grande enciclopédia portuguesa e brasileira.
reproduz um manual do rito escocês antigo e aceite,em 1974 único rito do golu.
assim faziam os pedreiros-livres que no meu tempo entrava para as chafaricas do gol.
aos analfas contavam-se "umas merdas".
alguns "coleccionadores" levaram para casa o pouco "metrial" recolhido pelo Dr. Adão no ministério do interior.
o meu diário maçónico "pilhas e pulhas" não encontro editor. fica na BNP juntamente com os meus livros.
pode ser que alguém venha a ler.
É do domínio do simbólico o tanas. É do domínio do diabólico. Excomungados,propagandistas do aborto, eutanásia, gaymónio, divórcio e outras causas filantrópicas. Facínoras, sócios de clínicas, universidades de vão-de-escada, editoras e outras locandas. Mafiosos, do PS, do PSD, do CDS, das fundações, dos conselhos de administração, dos observatórios, dos institutos, das negociatas de milhões. É do simbólico, diz ele! Os rapazes de Chicago também tinham os seus signa.
João Gonçalves por ser leitora constante dos seus escritos no blogue fico abismada com sua afirmação da não influencia dessa sociedade que é um dos pilares da destruição politico-social desse país.
Menorizar a influencia da maçonaria na vida da república é acreditar que Hitler não instalou campos de concentração...Aponte em que posições de charneira nos poderes do estado um membro da maçonaria não é o titular chefe?!
Muito se fala do gol... e a casa do sino... quanto?
Quando o J Coelho disse o ...no PS leva, defendia quem ... Seus irmãozinhos dos profanos?
um aparte: não sei se algum dos seus leitores saberá do documentário - União Soviética a descoberto, que passou a 4 meses no canal História.
Seria um grande presente a dar aos de esquerda.
Boa noite!
JG
Tenho esse acórdão guardado, fartei-me de rir.
Desculpe lá JG mas a maçonaria manda e manda bem,eu que o diga, estou rodeada deles por todo o lado!
E quanto a "Maços adormecidos" não acredito.
Anónimo das 11:30 PM
Vi esse documentário.
Hahaha.
Cuidado, é melhor não dar ideias, não vá o José Rodrigues dos Santos decidir pegar nisto e publicar mais um "Twilight" qualquer. Aliás a última moda dos vampiros, como personificações literárias da estase e da imobilidade que são, acabam por se ajustar muito bem a estes últimos dias de Fim de Festa do país rectangular.
Saudações profanas.
O texto do acórdão vem no seguimento de outros tantos, provenientes do início do século XX e que aliás, foram indirectamente comemorados no passado dia 31. Nada de novo.
A afirmação «A Maçonaria é do domínio simbóilico» tem muitos problemas. Um deles é o de que não está em harmonia com os factos e, portantpo, não é verdadeira. Atente-se no que diz Machado Santos, maçon dos Altos Graus, carbonário, Presidente da Alta Venda, que recebeu o cognome de «o herói da Rotunda» e é considerado o pai da República Portuguesa: «A obra da Revolução Portuguesa também à Maçonaria se deve única e exclusivamente» (A Revolução Portuguesa 1907-1910. Relatório, 1911 [também 1987], p. 34). Machado Santos sublina «única e exclsuivamente». Ora, a Maçonaria não aboliu SIMBOLICAMENTE a Monarquia. A Maçonaria não implantou SIMBOLICAMENTE a República. Como diz Machado Santos (p. 58), a Maçonaria utilizou «o armamento e as bombas». Houve mortos e feridos. A família real fugiu do país e foi banida. Conclusão: A Monarquia foi EFECTIVAMENTE abolida pela Maçonaria e a República foi EFECTIVAMENTE implantada pela Maçonaria.
Já agora um pequeno esclarecimento: a Maçonaria só é dita «simbólica» nos três primeiros graus (ou seja, a Maçonaria dos pequeninos), e não nos graus superirores (a que realmente conta). Acresce que os símbolos na Maçonaria Simbólica (esquadro, compasso, etc.) existem, mas não são um fim em sim mesmo. Destinam-se a transmitir o ensino ou doutrina ou, na terminologia maçónica, «as verdades que não se vêem, mas que se sentem».
O livro referido mostra que Salazar era um mero papagaio dos rituais maçónicos. Mesmo a tirada «Sei muito bem o que quero e para onde vou» é uma frase extraída do Ritual do Grau 32.
Mesmo a propósito do CAIXÃO, parece que o autor da prancha está bem informado. Por uma lado, há tempos, no Brasil, era notícia um assalto que uns meliantes fizeram a uma loja macónica. Furtaram um conjunto objectos entre os quais o caixão que os maçons usam nas cerimónias. Por outro lado, o Ritual de Mestre (editado pela Grande Loja Legal de Portugal, pp. 16, 17, 22) é claro: «No centro da Loja coloca-se um caixão, cabeça para o Ocidente e pés para o Oriente [...]. A Ocidente, junto à cabeça do caixão, coloca-se um ESQUADRO, aberto para Ocidente e um ramo de Acácia; e a Oriente, junto aos pés do caixão, um COMPASSO aberto para o caixão. Dos lados do caixão, coloca-se uma régua a Norte e uma alavanca a Sul. [...] O Venerável Mestre convida o último Mestre recebido ou, na sua falta, um Mestre designado para o efeito, a deitar-se silenciosamente no caixão [...].Então, ele passa sobre o caixão com três passadas partindo do o pé direito, de forma que, ao terceiro passo, o recipiendário estará com os calcanhares juntos, ao pé do caixão, voltado para o Oriente.» (Se alguém tiver dúvidas, deixe o seu e-mail e receberá o texto completo do Ritual em pdf, para que possa verificar).
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