24.2.10

AO CONTRÁRIO DE EGMONT



Onde almoçava, almoçavam igualmente distintos membros da mais alta magistratura judicial portuguesa. Não me pareceu que fossem prosélitos. Um deles falava alto e a minha leitura de Walter Pater foi surpreendida por essa fala exaltada. E quem assim falava dizia, com manifesto propósito e lembrança, que o senhor conselheiro Pinto Monteiro, em tempos, mencionou que, por ele, toda a sua "despachada" podia ser revelada. "Por mim", recordo agora, quando o senhor conselheiro reclama inquéritos e reparos fortuitos. Viu-se em televisões e leu-se, salvo erro, no Expresso. Por ca é tudo ao contrário do herói do clip, Egmont. Leiam Goethe e perceberão porquê.

Adenda: Como não estou na moda, não "revelo" os pormenores da exacerbada fala.

2 comentários:

radical livre disse...

se visitou o panteão (ex-igreja de Santa Genoveva) encontraria na cripta o depósito dos "auto-imortais".

passava próximo para ir às aulas na ENS e de quando em quando entrava.interessava-me o pêndulo de Foucault (que não era físico)

estes magistrados têm menos utilidade que o desaparecido pissoir ou pissotière do Boul'mich na esquina contrária a Cluny.

acabam todos substituídos com m,ais eficácia pela madame pipi

Anónimo disse...

Caro,

O DN de hoje traz a noticia de que as ditas escutas - e o consequente negocio PT/PRISA/TVI - seriam do conhecimento da actual presidente do PSD.

Ora, como é que podemos acreditar que, se ela o soubesse Sócrates não o saberia ? A líder da oposição sabia e o Primeiro Ministro não sabia ?

Quanto á oportunidade de tal noticia - e em que mensageiro! - acho que falam por si.

Respeitosos cumprimentos,