24.2.10

UMA MISÉRIA

Afinal, a tal "comissão de ética" continua a funcionar. Aparentemente para o boneco. Estamos para ver as brilhantes conclusões que dali vão brotar depois de quase todos os ouvidos falarem de ficções, de coisas que nunca existiram, de conversas que nunca tiveram lugar, de pessoas que só cumprimentam de longe em longe. De vez em quando aparece um - tipo Henrique Monteiro - que revela umas coisas mas os intervenientes ouvem aquilo como se estivessem a comer castanhas assadas. O DN fez entretanto o seu tradicional papel oficioso para assegurar a equanimidade na distribuição do lixo. Uma miséria.

6 comentários:

Castro Pires disse...

Já o Vasques do Conquilhas acha que não há direito o Monteiro e quejandos andarem a devassar assim a privacidade do querido líder...
Ora, tomas!!!

radical livre disse...

após Descartes «veram et certam scientiam»
é cada vez mais dificil estabelecer a verdade enquanto as pesquisas prosseguem

no bláblá politico-jornalistico não há ciência e raras vezes há objectividade nem critérios.
a hybris ou orgulho do pm é um nojo em qualquer das estórias em que se mete.

com esta corja sinto vergonha de ser portugues

PQP

Anónimo disse...

Nunca mais telefono ao Henrique Monteiro.
Porque razão só agora "bufa" o teor da conversa privada com o Sócrates?
Só agora sentiu o "embaraço"?
Que nojo!
João Mendes

De nihilo nihil disse...

Estranho não haver processos por difamação ou atentado ao bom nome.

Anónimo disse...

Uma miséria, como diz e muito bem. Aquela comissão é uma brincadeira (de mau gosto) para eles todos (convidados incluídos) se entreterem durante umas horas por dia e durante alguns dias e depois passa à história, como tudo o que se tem lá passado com as anteriores comissões igualmente de ética e os famosos e mentirosos anteriores convidados... Aquilo serve para mostrar ao povo (àquele povo que ainda acredita nestes hipócritas) que eles são todos muito íntegros e honestos e levam a política muito a sério, a começar no primeiro ministro - o mais mentiroso de todos - e a acabar no deputado mais humilde. Tudo aquilo não passa de mais uma encenação ainda por cima mal ensaiada. Ninguém sabe nada de nada, ninguém combinou nada com ninguém, ninguém manteve conversas particulares com ninguém, ninguém almoçou com ninguém nem manteve conversas privadas em supostos almoços, todos eles se viram uns aos outros, sim, mas foi só à entrada dos hotéis ou à saída dos restaurantes e só de passagem, cumprimentaram-se ràpidamente e saíram do lugar. Sobre telefonemas privados... nada de nada. As cenas cómicas (porque já nem dramáticas são) que se passam na/s comissão/ões d'ética são as mesmíssimas que decorrem diàriamente na Assembleia, nos ministérios, nas autarquias, nas empresas ligadas ao Estado, etc. Degradação total. E o pior é que o povo - a quem eles supostamente representam - não pode fazer absolutamente nada para alterar este miserável estado de coisas.
Maria

Anónimo disse...

O que mais me intriga é que todos falam como se nós não conhecessemos, pelas escutas reveladas, o que disseram uns aos outros. Devem pensar que somos parvos -- e se calhar somos, porque os ouvimos e, ainda por cima, lhes pagamos.