Mais tarde ou mais cedo as "escutas" começariam a ser divulgadas. O que foi "revelado" pelo jornal Sol não mostra um poder diferente daquele que conhecemos. Quando muito limita-se a demonstrar que o poder pode subir, com facilidade, à cabeça de qualquer um. E se esse alguém tem pouco mundo, sobe mais depressa. Depois é fácil associar a esse poder - sobretudo se for absoluto - meia dúzia de profissionais da acção comunicacional, um batalhão de eunucos deslumbrados e oportunistas e duas ou três "instituições" entretidas com o que é lateral. Nada disto é, porém, original. Digamos que agora apenas atingiu um patamar especial em que é levado muito à letra um mito urbano famoso: quem se mete com...., leva. Mesmo assim, é preciso mais, muito mais, para pedir politicamente cabeças a rolar. A sociedade portuguesa é complacente e hipócrita. Os últimos freteiros podem, de repente, ser os primeiros justiceiros. A "classe jornalística" há muito que deixou de ter qualquer legitimidade para se indignar em excesso. Nesse aspecto, está praticamente a par com o poder. Não é o caso, por exemplo, de Manuela Moura Guedes ou de José Manuel Fernandes. Em Agosto de 2001, aquando do episódio da "fundação para a prevenção e segurança", Vasco Pulido Valente escreveu um artigo no DN intitulado "os donos". Eram sensivelmente os mesmos de hoje. O que é que mudou?
5 comentários:
pgr
pres. stj
pm
continuarão inamovíveis.
o branqueamento já começou.
"a oeste nada de novo"
PQP
Talvez, ainda mais monturo...
Negócios apadrinhados
por interesses tenebrosos,
tentáculos emaranhados
entre monturos escabrosos.
Desta tremenda devassidão
da política lusitana
brota a abjecta podridão
de gentalha tão pobretana.
O descrédito galopante
da nossa portugalidade,
é deveras preocupante
a actual realidade.
Da normal anormalidade
para ficar surpreendido
emerge a fatalidade
do nosso regime perdido…
Farto desta bardinice do "dito cujo"! Será que é desta que vai "pelo cano"????
PC
Quando é que acordamos?
"Isto foi uma forma de torpedear a decisão do Supremo de mandar destruir as escutas. Os magistrados contornam as disposições da lei" , o Sr. Bastonário.
Sim, e? Sobre o resto não há nada a dizer?
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