Na conferência de imprensa sobre o novo aeroporto internacional de Lisboa (nem uma palavra sobre a Portela), Sócrates definiu para a posteridade o que é que Lino quis dizer com o famoso "jamais" num almoço-debate em tempos não muito recuados. Lino escutou em silêncio, com cara de personagem de Gil Vicente, e foi mandado aos telejornais explicar-se em directo e em diferido. O 1º ministro é quem prodigaliza a interpretação autêntica das palavras dos ministros - à falta de realizar a sua - e à míngua de Menezes conseguir interpretar o que quer que seja. O PS não tem sorte com rios, pontes e aeroportos. Guterres começou a cair quando, tragicamente, ruiu uma ponte. Sócrates dá sinais de confusão no momento do anúncio de um aeroporto e da construção de mais uma ponte. E a estação do metro do Terreiro de Paço cheira demasiado a maresia. Qualquer coisa está a meter água. Imprevista, mas água.
11 comentários:
Talvez este comentário não venha muito a propósito com o texto.
Contudo, a importância do facto impõe um alerta aos mais distraídos ... e nós nunca devemos andar distraídos ... principalmente nos tempos que correm mas que, por infelicidade, não correm com "eles".
O Pinho foi à China e, em linguagem que deu para lusitanos e amarelos, "pediu" ao povo chinês que viesse para "CÁ", pois a mão de "obra barata" e impostos quase à borla seria "investimento" garantido. ( para nós, que ninguém nos ouve, o "malandrote" do Pinho estava a enganar os visitados ).
Convencidos dos êxitos, a curto prazo, eis que os "trabalhadores" chineses enviam um barquito com OITO MIL contentores de "obra barata" ... e já nada mais há a dizer ... além de que ...
ASSIM É QUE É, "GANDA" PINHO !!!
E assim se perde uma das galinhas de ovos de oiro.
O aeroporto da Portela, reforçado com um Low Cost no Montijo (BA6) ou em Alverca (Força Aérea).
Mas ainda hoje ou ontem, no DN (?), a propósito de um navio encomendado por Paulo Portas para a Defesa, o futuro navio polivalente das Forças Armadas portuguesas,se pode ler que Portugal irá assim poder participar em conflitos em qualquer parte do mundo!
Somos assim.
Sejamos precisos.
A malfadada ponte começou a cair quando alguém filmou (quando foi, em que ano, quem estava no poder?) os pilares descarnados no rio, mas não se fez nada para lhe voltar a dar sustentabilidade.
Só obras de fachada nas supra-estruturas.
Será que era porque não havia lugar à importação intensiva de mão-de-obra?
Continuamos um país de pioneiros: já viram que seremos o único Estado europeu ter um aeroporto no deserto?
Sócrates saiu-se bem ao aceitar o relatório do LNEC, organismo prestigiado, criado no tempo do antigo regime: deu a mão à palmatória, deixando cair o mito, alimentado durante 10 anos, de que a OTA era a única solução deitando por terra os interesses daqueles que já se preparavam para grandes negociatas imobiliárias. Reconheça-se aqui o papel da CIP que foi a entidade que levantou a questão. Parece que todos nós ficámos a lucrar com esta rara flexibilidade do nosso primeiro ao reconhecer que nem tudo o que parece é. Não deixa de ser irónico que uma das novas acessibilidades previstas como consequência desta decisão seja a construção de uma ponte entre Chelas e o Barreiro, projecto que já vinha do tempo do Engº Duarte Pacheco no início dos anos 40 do século XX!
A RTP transmitiu ontem, mais de uma vez, a conferência em que Lino repetiu o "jamais" que especialistas lhe tinham garantido. Contra factos e imagens, nada haveria a fazer se, da parte de quem escreve e publica, não houvesse um acintoso desejo de distorcer o incidente. Sócrates entendeu clarificar e fez bem. Lino aguentou calado, fez mal. Daí a ver a queda do governo, vai aquela distância de Paris a Lisboa quando a oposição vaticinava morte em breve a Salazar só porque ele estava constipado. Não é por mérito que o governo se vai manter, é por ausência dele por parte da oposição e aderentes.
Troce-se e critique-se Paulo Portas, agora. Quando a Nova Zelândia revelar a sua verdadeira - e negra - face, do Largo do Caldas ecoará o riso de triunfo do iluminado. E o vaso de guerra "INRI" será o primeiro a defender-nos.
Bem, de facto o Sócrates tem razão quando diz que o Lino repetiu uma coisa que os ambientalistas lhe tinham afirmado: ali, «jamais». É só rever com atenção as palavras do (ainda) ministro.
Só que isso é completamente irrelevante, pois o Lino se dedicou NA MESMA OCASIÃO a uma interminável arenga prenhe de disparates.
Tudo como d'antes...Interessante:O novo Aeroporto de Lisboa volta(como no tempo de Marcelo Caetano/1972)a ser projectado p/a margem sul!!!Agora,já não interessa se é em Alcochete,ou se é em Rio-Frio,ou até no «Deserto-Jamé»!É na margem sul e assim é que é e assim é que está bem!!!Pto,porque está bem,isso deve BASTAR,ponto.
E ainda mais interessante é que também a nova travessia(PONTE,quer-se dizer)é TAMBÉM a retoma dum projecto antigo,dum Engºde Salazar de meados do Séc passado:o GRANDE ENGENHEIRO DuartePacheco!!!
Resumindo e concluindo:Não só o Antigo Regime deixou saudades aos Portugueses(que elegeram o Sr-das-Botas como o melhor Português da N/História TODA),como esse antigo regime deixou tamanha obra feita e estudada,que ainda hoje podemos abrir gavetas/arquivos dos Gabinetes Ministeriais e encontrar respostas p/o N/Desenvolvimento Estratégico-AUTêNTICAS OBRAS-PRIMAS-que os N/Magos ou Génios Antigos conceberam e nos deixaram.
Bem-Haja Queridos Avós e Bisavós!!!Se não fossem as «CÁBULAS» de VExªs,então é que estes tugas-demagogos da "democracia"-faz-de-conta q temos,se viam à nora...
É que já nem ideias novas conseguem gerar,gandas berd...
Marezia.
Os actos do Sr. 1.º Min. não deviam ser analisados politicamente mas sim do ponto de vista clinico.
Desde a histórica decisão dos estádios que penso que o Sr. Eng.º sofre de uma megalomania qualquer.
O pior é que essa patologia se tem vindo a agravar...
Um comentario simples:
Em vez de se comentar ate a exaustao a localizacao do aeroporto e vias de acesso, deveriamos antes comentar e prevenir os verdadeiros custos do projecto. Isto e, que o projecto nao tenha um custo final muito acima do custo real, e que nao sirva para alimentar as redes de corrupcao existentes ou criar outras.
Desmandos de outros elefantes brancos do passado, ultrapassam em custos para a sociedade portuguesa, os puros custos pecuniarios. Se o preco financeiro foi pago, o preco dos maus habitos e desvirtuacoes na vida publica, continuara a ser pago por muito tempo.
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