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15.1.08

OS BRAVOS DO OESTE

Os "autarcas do oeste" - que extraordinário qualificativo... - vieram a Lisboa fazer queixinhas a Sócrates e, bem mais importante, estender a mão à caridade do estado central. Isto porque o aeroporto não aterrou na Ota. O aeroporto é chamado de "internacional de Lisboa". Deve ser por alguma razão. Se cada vez que algum frustrado nos seus interesses fizesse o que estes destemidos do oeste fizeram, o dr. Teixeira dos Santos jamais poderia baixar os impostos. Venham os seguintes.

10.1.08

O INTÉRPRETE AUTÊNTICO

Na conferência de imprensa sobre o novo aeroporto internacional de Lisboa (nem uma palavra sobre a Portela), Sócrates definiu para a posteridade o que é que Lino quis dizer com o famoso "jamais" num almoço-debate em tempos não muito recuados. Lino escutou em silêncio, com cara de personagem de Gil Vicente, e foi mandado aos telejornais explicar-se em directo e em diferido. O 1º ministro é quem prodigaliza a interpretação autêntica das palavras dos ministros - à falta de realizar a sua - e à míngua de Menezes conseguir interpretar o que quer que seja. O PS não tem sorte com rios, pontes e aeroportos. Guterres começou a cair quando, tragicamente, ruiu uma ponte. Sócrates dá sinais de confusão no momento do anúncio de um aeroporto e da construção de mais uma ponte. E a estação do metro do Terreiro de Paço cheira demasiado a maresia. Qualquer coisa está a meter água. Imprevista, mas água.

23.8.07

PORTELA+1

Decididamente o presidente da Câmara de Lisboa não gosta do aeroporto da Portela. Os PS's da CML abstiveram-se na votação de uma proposta de Helena Roseta - que vingou - no sentido de o governo incluir no estudo comparativo pedido ao LNEC a hipótese "Portela+1", sendo o "1" Alcochete. Costa, segundo disse aos jornais, absteve-se "porque se absteve". De facto, como é que alguém que passou a campanha eleitoral a falar nos "terrenos da Portela" tinha agora cara para, em apenas alguns dias, vir defender - como lhe compete, aliás - o aeroporto internacional de Lisboa? Como os helicópteros contra os incêndios, comprados por ele como MAI, e que não "descolam" por falta de licença, Costa também tem dificuldade em "descolar" da figura de "número dois" do governo e dos "compromissos" assumidos por causa da OTA. Paciência. Habitue-se.

12.7.07

O EFEITO-PANHONHA


De acordo com as sondagens, os lisboetas que votaram nelas - não quer dizer que sejam os mesmos do dia 15 - preferem o dr. Costa para presidente da CML, e preferem o engº Carmona ao dr. Negrão. Isto quer dizer que a Ota pode regressar a debate no dia 16. E que o PSD também. O resto é o efeito-panhonha, que já serviu o Estado Novo e serve este regime, descrito oportunamente por Ruben A.: "deixa estar como está para ver como é que fica".

20.6.07

PARLAMENTO COSTISTA

Até ao dia 15 de Julho, o Parlamento, isto é, a maioria absoluta do PS, está a trabalhar em regime de exclusividade para a gloriosa candidatura do dr. Costa à CML. O dr. Costa quer à viva força implantar umas árvores e uns arbustos onde hoje existe o aeroporto de Lisboa. Vai daí, a sua maioria parlamentar vetou uma proposta do CDS/PP, votada por toda a oposição, que impunha politicamente o estudo "Portela+1". Se dúvidas houvesse sobre a opereta em curso acerca das "alternativas à Ota", este gesto é tudo. O gesto e a boca do dr. Costa, aliás. Cada vez que ele a abre, brota imediatamente o discurso dos "terrenos da Portela". Costa deve estar doido por lá ir fazer uma honesta mijinha atrás de uma árvore para delimitar território. Como diria o terrorista-escritor Aquilino que, se fosse vivo, era da "comissão de honra" de Costa, andam faunos pelos bosques.

19.6.07

A TEIMOSIA DA OTA

Belmiro de Azevedo resumiu hoje - e bem- a teimosia da Ota, diferente, claro está, da questão de um aeroporto internacional para servir Lisboa em complemento da Portela. Disse ser coisa digna de regime soviético, com plano quinquenal e tudo. Um "nado-morto". Aí está um homem sem ilusões.

13.6.07

O AEROPORTO DE LISBOA -2

Com uma simples frase, Rui Ramos, dos poucos que se conseguem ler, resumiu a coisa: "a Câmara de Lisboa vale bem um aeroporto". Ontem houve aquela cena de opereta dos autarcas do oeste a choramingar junto ao ombro do "jamé", uma encenação apenas bem montada para dourar a pílula. É evidente, como escreve um leitor num comentário, que Lisboa é Lisboa e não vale a pena andar a discutir localizações em Badajoz. Até porque a Espanha é amiga mas não é parva, ou seja, não abdica da "projecção internacional" a partir de Barajas, independentemente - ou sobretudo - se houver TGV, outra obsessão doméstica que andará por aí em breve. Por isso, não foi Cavaco, não foi a CIP, não foram os "estudos" e, acima disso, não foi a pobre da oposição quem "adiou" a Ota. Costa começou a campanha em Lisboa apenas com duas ideias fixas: terraplanar a Portela e dar a Ota por assente. Os amigos mais avisados terão então explicado ao candidato que, a ir por aí, jamais, "jamé" em verdadeiro. "Em Lisboa, a Ota não é propriamente popular, como compreenderam as oposições, cujos candidatos à câmara, sem excepções, tiveram logo o cuidado de se inscrever no coro anti-Ota. Só António Costa ficou de fora, amarrado ao pelourinho do novo aeroporto. Ora, depois das eleições autárquicas, presidenciais e regionais da Madeira, e tendo ainda por cima apostado o seu "número dois", o Governo não podia permitir-se o luxo de mais um resultado pouco brilhante - só por causa de um aeroporto. O rei Henrique IV de França converteu-se ao catolicismo porque "Paris vale bem uma missa". Sócrates terá pensado que a Câmara Municipal de Lisboa vale bem um aeroporto." Escreve Ramos no Público e eu com ele. A Ota e o "lugar-onde" - modelos, equipamentos e outros aspectos técnicos agora não interessam nada - soçobraram apenas porque é preciso eleger o dr. Costa em Lisboa daqui a um mês. "Recuou", diz-se agora. Quem sabe? Dentro de seis meses, já não haverá eleições em Lisboa. O mundo pode mudar outra vez."

12.6.07

ERA UMA VEZ NO OESTE

Cá estão eles, "os amigos da Ota" a rosnar. Vieram à cidade chorar no ombro do "jamé" que, enquanto durar a campanha do dr. Costa em Lisboa, vai "fingir" estudar alternativas. Eles rosnam por ele. Depois vão chorar para cima do PR. Entretanto, deixaram cair a máscara. Já "investiram", já prometeram, já acordaram com este e aquele. A "procissão" ainda agora começou. Está na hora, como lembrou o Miguel Sousa Tavares na TVI, de forçar a manutenção da Portela e de estudar o modelo do segundo aeroporto. Em qualquer lado menos no "oeste". No deles.

11.6.07

O AEROPORTO DE LISBOA


Agora é Alcochete e, a custo, o governo adia por uns meses a definitividade da Ota. Para perceber o que move tanta gente a favor da Ota, convém estar atento a quem mais espernear nos próximos dias contra alternativas. Sobretudo para descortinar se alguns "acordos verbais" - uma modalidade metajurídica com muito sucesso no regime e independentemente da cor - já estariam "celebrados" a contar com os aviões à volta da montanha de seiscentos e tal metros lá bem pertinho da dita Ota. No meio deste arraial, esquece-se a Portela. Ou melhor, tirando o dr. António Costa que já praticamente só vê bosques e terra onde agora existe o aeroporto de Lisboa, ninguém dá ideia de estar muito interessado na preservação da Portela, justamente a esse título, de aeroporto de Lisboa. Sei que sou anacrónico, porém defendo a Portela contra o novo-riquismo obrigatório que nem sequer se dá ao luxo de a repensar enquanto equipamento aeroportuário fundamental da cidade e do país. Lisboa morre todos os dias um pouco mais com o cair da tarde. Uma Portela "verde" com que sonham o dr. Costa e, porventura, demais corifeus do regime, seria mais uma machadada na depauperada qualidade de vida cosmopolita de Lisboa. Todavia, a malta do betão é que sabe. É só seguir-lhe os passos.

7.6.07

GAMA OTÁRIO

O dr. Jaime Gama, a 2ª figura o Estado a que isto chegou, mandou passear o dr. Cavaco - a 1ª - por causa dos "estudos técnicos" que este pediu ao Parlamento sobre o novo aeroporto. Quem faz isso é o governo, proclamou Gama do alto da sua vaidade açoreano-filosófica. É bem feito. Cavaco apenas deve opor-se politicamente à Ota e terá o país consigo. Não adianta entrar em desculpas de "estudos" e de "consensos". Já se percebeu que não há tempo nem dinheiro para tretas. E Lino precisa rapidamente de ser desautorizado e varrido da paisagem para sossego do contribuinte. Mantenha-se Cavaco fiel ao que sempre pensou da Ota e ficamos por aí.

6.6.07

HÁ HORAS FELIZES

O regime teve ontem o seu momento "há horas felizes" com esta jantarada. No caminho irreversível para o eucaliptal, Sócrates vai "plantando" os "amigos", um aqui, outro ali. Já tinha feito o mesmo com Carrilho em Lisboa, com Soares-filho em Sintra e com Soares-pai no país. Agora é a vez de Costa. Costa não apreciou o episódio "universidade independente" (é verdade, ainda anda por aí por resolver por entre meninas desaparecidas e cabos homicidas) e a CML calhou-lhe que nem ginjas. Programa, fora a Ota, é que nem vê-lo. Bastam as presenças, as listas, a apoteose pré-anunciada e pré-fabricada para criar ruído e sustentar uma campanha alegre e aparente. Como alguns que o precederam no cargo que provavelmente será o seu em Julho, António Costa veio para "contar espingardas" não vá precisar delas, um dia, contra o seu apoiante n º 1. A presença de Costa na Praça do Município de Lisboa, malgré tanto apoio oportunista, é um valente tiro no porta-aviões socrático. Também, quando se afundarem, vão todos ao fundo, graças a Deus.

5.6.07

OTÁRIO-MOR

Para meu relativo espanto - pouca coisa me espanta hoje em dia - o sr. engº Lino, inscrito na Ordem dos Engenheiros e ministro da Ota, ainda está em funções. Foi ao Parlamento responder a uma comissão qualquer e não se percebeu nada do que disse sobre a TAP e a Portugália. Lino é o homem de palha de Sócrates para enfrentar o PR acerca da Ota. Se Cavaco respeitar o seu pensamento sobre o novo aeroporto na Ota, expresso antes, durante e depois de ter sido candidato e presidente eleito, Sócrates não terá outro remédio senão desfazer-se do homem antes que o homem o desfaça a ele.

27.5.07

28 DE MAIO - 4

"Advoguei sempre a política do simples bom senso contra a dos grandiosos planos, tão grandiosos e tão vastos que toda a energia se gastava em admirá-los, faltando-nos as forças para a sua execução."

António de Oliveira Salazar, em 9 de Junho de 1928, discurso aos oficiais da Guarnição Militar de Lisboa, in Discursos, Vol. I.

24.5.07

AS PERSONALIDADES DO OESTE

Estas "personalidades do oeste" são, como se costuma dizer agora, todo um programa. Pelos vistos, do oeste, nem bons ventos, nem bons casamentos. Nem sequer falta o folhetineiro Moita Flores, um todo-o-terreno do regime.

A OTA E A DINAMITE

O presidente do PS, o venerando Almeida Santos - que, para além da política, foi sempre um homem com "olho para o negócio", desde os idos de Moçambique - veio agora com a peregrina tese de que um aeroporto na margem sul do Tejo requer uma ponte e que a ponte pode ser "dinamitada". "Um aeroporto na margem Sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o Norte do Sul do país", esclareceu a veneranda figura. Mário Lino, o do jamais (em francês) e do cancro no pulmão - só pela "beleza" da imagem, Lino devia ser agraciado com um prémio qualquer para desenhos animados - anulou, por conta da Ota, uma parte do país. Na estranha cabeça do ministro, as gentes que andam nos comboios da Fertagus, nos barcos e que passam todos os dias a ponte Salazar, não existem. São pura imaginação daqueles que objectam a Ota. Almeida Santos, com o aproximar da senectude, até consegue ver pontes destruídas à bomba neste perigoso cantinho do mundo ocidental. Não haverá, no SNS semi-destruído por outro visionário, o dr. Campos, ninguém que os trate?

23.5.07

MILHÕES

Vejo o ministro Mário Lino a urrar "jamais" (em francês) e a dar murraças num púlpito, a jurar pela Ota e a classificar a "margem sul" como pouco mais que o Sahara, imprópria para hotéis, pessoas, escolas e, naturalmente, um aeroporto. Já se percebeu que Lino é um incontinente verbal, apesar de inscrito na Ordem dos Engenheiros. E um mitómano perigoso. Vai-nos custar milhões.

22.5.07

O VEREADOR COSTA


Jorge Sampaio "quebrou" o silêncio - sim, ele é uma eminência internacional que acedeu a descer por breves instantes à Baixa lisboeta - para pedir uma maioria absoluta camarária para o camarada Costa. Sampaio raramente acerta. Desta vez não foi excepção. Se existe alguém a quem adequadamente os lisboetas não devem conceder tamanho privilégio, esse alguém é António Costa. Acaba de sair de um governo de absolutismo democrático dividido a meias com Sócrates e, francamente, a experiência foi péssima. Quase deixou irreconhecível o ex-garboso e tolerante Costa dos anos 80. Por exemplo, a sra. D. Margarida, a censora-ouvinte de bufaria, está directora-regional da Educação no Norte porque foi nomeada pelo governo de que Costa era o "nº2". E Mário Lino, o da Ota, era seu colega. Quem garante que, na "turma autárquica" que Costa vai arranjar, não aparecem "margaridinhas" e bufos reinadios? É para este peditório absoluto que Sampaio quer que os lisboetas contribuam?

OTA A VOTOS

Helena Roseta começa bem ao colocar a Ota a, por assim dizer, referendo dos lisboetas a 15 de Julho. António Costa também já o tinha feito indirectamente quando, na prática, deitou por terra o aeroporto da Portela. Por isso Sampaio não tem razão. É também uma opção do governo - de que Costa era "nº 2" até há dois dias - que vai a sufrágio em LIsboa. E Costa, seu defensor, com ela.

A SANTÍSSIMA TRINDADE

O dr. Costa reuniu ao almoço os anteriores ornamentos socialistas na CML, a saber, Aquilino Ribeiro Machado, Jorge Sampaio e João Soares. O primeiro conta pouco. Ninguém se lembra dele e ele deve lembrar-se de pouca coisa. Sampaio, essa notabilidade da ONU para a luta contra a tuberculose e para o "diálogo das civilizações", botou faladura e avisou que não se deve o punir o governo nas intercalares de Lisboa, não vá o diabo tecê-las. Soares, ainda mal refeito da desfeita que o seu secretário-geral e o PS lhe fizeram, disse que o facto de não ter sido ele o escolhido era "irrelevante". Pois. A gente finge que acredita e eles os três fingem que gostam muito uns dos outros. João Soares tinha o dever cívico-político de questionar publicamente o seu candidato sobre a Ota. Soares, presidente da CML, era um firme opositor da Ota e um coerente defensor da Portela. Costa já só sonha com os terrenos devolutos da Portela. "O peixe era fresco, a conversa foi interessante, as fotos foram feitas. A vista do "Faz figura" é deslumbrante. Não creio que tenhamos feito má figura, hoje ao almoço, no "Faz figura". Tem a certeza, João Soares?

21.5.07

OS SENHORES DA TERRA

Mário Lino só pensa em alargar os terrenos para a Ota. António Costa já pensa nos terrenos da Portela. Os meus terrenos são maiores que os teus.