6.1.08

DA NECESSIDADE DE OUTRA COISA


«Nos últimos anos, passada a euforia e o unanimismo que coroaram o triunfo da democracia parlamentar face a formas de poder fundadas no arbítrio, na força e na usurpação, o Ocidente descobriu que o sistema político que melhor exprime a liberdade encerrava, afinal, sérias deficiências. Em meados da década de 90, já poucos duvidavam por essa Europa fora que a democracia pudesse sobreviver sem uma reforma profunda dos seus hábitos. Hoje, apresenta-se-nos como manifesta necessidade a substituição do acessório - isto é, dos partidos e das ideologias datadas - para garantir a sobrevivência da doutrina e da atitude democrática. Quanto mais tempo se passar sem essa reforma e substituição, maiores os perigos e maior a tentação por formas emocionais, primitivas e a-políticas da organização do Estado.»

Miguel Castelo-Branco, in Combustões

2 comentários:

Anónimo disse...

Quem detém o Poder de poder fazer «outra coisa» ? O «Soberano» ?
Mas se MCB já nos explicou(no "post", «pertinente pergunta do "Corta-Fitas"») porque é que, em Portugal, invariavelmente, os regimes morrem de pôdres ...

Anónimo disse...

E esta agora ?

«É estranho o manto de silêncio, o tabu, sobre a provável e principal razão que envolve o interesse súbito de «todo o mundo» sobre o Banco Comercial Português: a possível transferência para a Segurança Social do fundo de pensões dos colaboradores do Banco avaliado em cerca de quatro mil milhões de euros».
(Delfim de Sousa)