30.7.08

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR


O Tribunal Constitucional deu razão a Cavaco em oito das treze "dúvidas" levantadas sobre a revisão do "estatuto" dos Açores que agora volta para trás para ser "emendado". Pouca gente deu por isso - o tradicional contingente de virtuosos sempre atentos aos "excessos" de Alberto João Jardim tende a esquecer-se do Sr. César - mas o PS regional não poupou o presidente da República por causa da devolução do "estatuto", enchendo os jornais regionais de comunicados estilo finis patriae e com o próprio César absoluto a dar entrevistas tremendistas e ameaçadoras à RTP Açores que não mereceram um pio dos moralistas anti-Madeira. Percebe-se a histeria do Sr. César. Tem eleições à porta - que, aliás, ganhará tranquilamente - e pretende aparecer como o novo herói da autonomia açoriana hipoteticamente "ameaçada" pela vigilância constitucional. Satisfeito com os dinheiros da República que o beneficiam em relação à Madeira, César usa a retórica política para mostrar músculo e "diferença" usando como pretexto o "estatuto". O poder de César e do PS nos Açores é tão "total" como o de Alberto João e do PSD na Madeira. É só dar uma voltinha pelas ilhas. A diferença é que ninguém fala de César por cá. O outro é um "palhaço", um "fascista", um "chantagista", um isto e aquilo. César não é nada quando, tipicamente, é um puro representante do regime. É, pois, tempo de reparar em César. A César o que é de César.

8 comentários:

Anónimo disse...

Sou contra este tipo de autonomias e claro do regionalismo que vendo estes edificantes exemplos de bem viver por conta de alguém estranho e com cargos em abundância motiva muita gentinha por cá...
Não tardará nada a que isto esteja ingovernável.E sem "forças de bloqueio" de quem será a culpa?
Triste Portugal entregue a oportunistas das velhas oportunidades

Anónimo disse...

O seu texto é uma vergonha; uma mentira do princípio ao fim. E calunioso, ofensivo, insultuoso. Para ele, o César, e para mim, o João que cá vivo.

Anónimo disse...

portugal devia obrigar os açores, na sua qualidade de colónia branca, a serem independentes
este césar é um caso típico de subdesenvolvimento intelectual e cívico.
é um zé chavez de 3ª categoria. não serve nem para vendedor de computadores
PQP

radical livre

Anónimo disse...

O problema é do sistema que permite capelinhas totalitárias nas regiões e no parlamento nacional. Os deputados não podem depender da vontade única e exclusiva do líder partidário. Porque quando isso acontece temos um a mandar em todos. É o que acontece, de modo mais flagrante, na Madeira e nos Açores. E meu caro João Gonçalves, tem toda a razão: é altura de se começar a reparar em César. O estilo bem menos truculento do socialista tem permitido que passe "despercebido" nos últimos 12 anos.

Anónimo disse...

Bom inconstitunalismos á parte, não gosto de ser chamado de cubano, colonilista, etc por parte de pessoas a quem pago a conta.

Além de ser chamado de "eleitor de loucos" ...

E você, caro Joâo?

Pedro Góis Nogueira disse...

Muita ignorância existe em relação aos Açores. Esquece-se que os Açores são muito maiores que a Madeira (logo recebem mais), que estão ao dobro da distância (nalgumas ilhas ao triplo) e que são pelo número de ilhas muito mais difíceis de governar. Faça-se uma obra em Santa Maria que vão em São Jorge dizer que já estavam á espera de outra à mais tempo... Além disso qualquer proposta de lei mais séria que se queira aprovar tem de passar pela burocracia de Lisboa.
Junte-se tudo isto junto com o peso da insularidade e o custo dos vôos para o "Continente". Sabem quanto? Quase 300 €...
Detesto postas de pescada em relação aos Açores. Quanto a Cavaco, esqueça, não é aqui que depois do acordo ortográfico defenderá ele a sua Portugalidade. Preferível seria que passasse um tempo nas ilhas, que são Portugal, sabia?

Anónimo disse...

O primeiro comentador anónimo das 10.39 assim como alguns que se seguiram sofrem de muita iliteracia quer em relação aos Açores, quer em relação às Autonomias.

As Autonomias outorgadas às regiões insulares após o 25 de Abril resultou dum compromisso transitório para evitar a quase inevitável independência destes territórios.
No caso específico dos Açores, ela este prestes para ser declarada pelo próprio Dr.Mota Amaral em 1976.Não fosse um "golpe" palaciano na então estrutura da FLA, hoje os Açores eram um arquipélago independente e talvez já estivesse nos patamares do 1º Mundo.
Infelizmente os Açores - assim como a Madeira - continuam atrelados a um pais atrasado, retrógado e administrado por súcias de corruptos e aldrabões.

Apesar de todos os constrangimentos e até limitaçóes desta autonomia mitigada - as Autonomia - foi práticamente a grande reforma politico-administrativa que deu certo após o 25 de Abril.

Hoje basta ir aos Açores e à Madeira para se constatar o grande passo que foi a conquita das suas autonomias.Desenvolvimento.Estabilidade governamental.Respeitabilidade.Coesão Social.Com governos de proximidade e governando com elas e não contra elas.

Não fosse os Açores e a Madeira, Portugal já teria desaparecido como estado viável, quer na Europa, quer noutros fóruns internacionais.

Muita gente do Continente - e talvez por serem um território onde o analfabetismo grasso e onde as "élites" não passam duns cafres que vestem fatiota importada- insistem na despesa que constiui as autonomias insulares.

Que despesa, meus amigos?
Despesa é continuar a estar ligado a um país com leis anacrónicas, com um Estado inviável, corrupto e que já faz parte do anedotário mundial.

Se os Açores e a Madeira fossem imdependentes - já tinham galgado outros patamares de desenvolvimento.

Os Povos da Madeira e dos Açores já deram provas que sabem governar e não seria dispiciendo que o Continente viesse a ser governado pelos insulares, tal é o nível de ingovernabilidade que grassa aí.

Razão tinha os Romanos quando afirmavam que essa tribo "os lusitanos" não sabem governar-se nem deixam governar-se.

Mais recentemente o letrado e cosmopolita Eça de Queiroz afinava pelo mesmo diapasão.

Peço ao autor do blogue que publique o comentáruio para que determinadas inverdades e clichés não continuem impunes.

Respeitosamente,
Dionísio Goulart

Nuno Castelo-Branco disse...

Quero lá saber do "César" (que nome abusivo). A bandeira é gira e tem um cheirinho da verdadeira. Dá um ar de limpeza...