9.7.08

O REFUGIADO


O dr. Vale e Azevedo declarou-se, em Londres, um "refugiado político". Segundo a justiça inglesa, o empresário português tem mantido com ela uma relação tão equilibrada que lhe basta que Vale entregue o passaporte em vez de entregar a sua extraordinária pessoa. Quanto à nossa justiça, o insigne português disse, uma vez mais, tudo. Ao referir-se a si mesmo naqueles termos, Vale e Azevedo sentenciou que a justiça nacional se move noutra "esfera", isto é, toma decisões políticas, presumindo-se, seguindo sempre Vale, que a trafulhice e a aldrabice em larga e alta escala também consiste, muito prosaicamente, em "política". O empresário, recorde-se, é um brilhante produto do "glamour" democrático. Nunca se esqueçam, quando encherem a boca de democracia, que ela - a nossa especialmente - é como um "pacote" em que, para sermos coerentes, temos de a aceitar na íntegra. No "pacote" vem a justiça, a política, a bola, as televisões, etc., etc. e estimáveis criaturas como o dr. Vale e Azevedo. Ele "fugiu" do "pacote" quando o "pacote" deixou de o servir. Querem melhor exemplo do "liberal" português?

13 comentários:

Anónimo disse...

Porra, que afinal a policia portuguesa é eficiente!
Andaram meses e meses para trazerem os Mcain a portugal, a fim destes prestarem declarações sobre o desaparecimento da filha.
Agora para trazer o tuga do vale, toda a gente colabora!
Grandes são os desígnios da justiça portuguesa...

Anónimo disse...

não confuda justiça co magistratura.para mim má gistratura.fui maltrado por querer valer os meus direitos. não há respeito pelos contribuintes que deviam ser cidadãos.é tudo feito em cima do joelho. preencheram um cheque meu no pc e em vez de analizarem a tinta começaram por analizar a letra. o nível dos dirigentes mostra que vivemos ainda em regime de selvajaria.nem acredita na mameira como neste país se dá crédito a certos azevedos

radical livre

Carlos Medina Ribeiro disse...

Recentemente, um deputado pretendeu eximir-se a soprar no balão alegando imunidade parlamentar.
Acabou por não ter sorte porque o ridículo veio ao de cima; mas outros são mais felizes, como bem se sabe e melhor se imagina.

Analogamente, ser-se dirigente de um clube de futebol (influente e/ou popular) pode conferir os mesmos privilégios.
Não esqueçamos que Vale e Azevedo só teve problemas DEPOIS de perder as eleições no clube que dirigia.

Quantos mais não haverá nas mesmas condições?

Anónimo disse...

Uns vão para fora para não morrerem à fome, outros porque não acreditam justiça... A receita é sempre a mesma: dar a corda aos sapatinhos e procurar outros ares.

David R. Oliveira disse...

Meu amigo...
é tudo verdade, verdadinha o que diz do/ou sobre o espécime em pareço. O que você escreve e o que descrevem alguns "comentadores". Verdade!
mas que muito disso me dá- e pago a respectiva factura - um certo gozo até dá! que quer? Feitios! quem confessa não merece castigo.
O que eu lamento é que nunca mais me trazem as cabeças das Salomés ( em lindas baixelas de prata (que o ouro está muito caro).
Cumprimentos
David Oliveira

Anónimo disse...

Que a Justiça procure acertar o passo ao Dr Azevedo parece normal.
O que já não é normal é que os Azevedos que têm respaldo em partidos políticos não respondam pelos seus crimes e falcatruas.
Ao que leio devem ser na ordem dos milhares.

fado alexandrino. disse...

que a trafulhice e a aldrabice em larga e alta escala também consiste, muito prosaicamente, em "política"

Peço desculpa, mas onde está escala não deveria estar escola?

Anónimo disse...

Ainda por cima o Vale Azevedo mora em Westminster! Realmente o mundo é injusto!

Karocha disse...

O que eu gostava de saber, sou muito curiosa,é o que é que este homem sabe, para alegar tal estatuto !...

Anónimo disse...

Dentro de um ou dois anos não vai ser só o Dr. Azevedo a fugir por motivos "políticos"...
Há muita boa gente que vai ter de atravessar a fronteira, a bem ou a mal...

Anónimo disse...

Já agora, podia incluir no Pacote as Perseguições Mediáticas arrasadoras que vitimaram e ainda vitimam o Refugiado JVA mas tb Manuel Maria Carrilho e Pedro Santana Lopes.

Anónimo disse...

Não percebo este caso. A justiça portuguesa emitiu um mandato de captura internacional (Europol ou Interpol). O visado está localizado, foi julgado e condenado pela Justiça Portuguesa. Aqui não há pena de morte nem prisão perpétua. Não devia ter sido algemado e colocado no 1º avião? Pedro Caldeira, o corrector, não foi preso algures na Indochina e recambiado para cá? Qual a diferença? Terá isto a ver com uma vendetta do caso Maddie?

VANGUARDISTA disse...

Por "estes e por outros" é que eu sou anti-liberal!