20.7.08

NÃO SER DEUS


Eduardo Pitta leu em tradução espanhola a "autobiografia" do filósofo italiano Gianni Vattimo (Non essere Dio - un’ autobiografia a quattro mani , Aliberti, 2006). Em rigor, é mais uma "biografia", escrita por Piergiorgio Paterlini, do que as "confissões" do autor de "O Fim da Modernidade". Vattimo vai falando e o outro vai escrevendo. Existe um "interlocutor" com quem Vattimo "monologa", o seu jovem namorado Stefano, e esse registo - que, aliás, aprecia exibir por vezes de forma desnecessariamente "débil", para usar um termo seu, nas discotecas de Roma - nem sempre o tem favorecido junto da opinião que se publica ou dos seus "pares". Vattimo, no entanto, convive bem com isso. Acaba, aliás, por reconhecer que «riescono - lo ammetto – a farmi sentire sempre un po’ fuori posto. Non c’ è niente da fare. Mi sento e mi sentirò sempre un parvenu.» Exagera, naturalmente. É um dos melhores pensadores do nosso tempo. Um católico "mezzzo credenti" como quase todos nós.

4 comentários:

Anónimo disse...

deitei a ideologia pela janela.retive 2 ou 3 conceitos que me permite viver em sociedade na esperança de melhores dias.de luto pelos idiots du parti, luto pela sobrevivência.
sempre apreciei o discurso directo.vivi num lar onde um futuro engenheiro dizia à mesa em discurso redondo «cada objecto tem o seu uso especifico, como é óbvio», repliquei «fui eu que mijei no bidé»
altri tempi foi um filme italiano onde, numa paisagem desolada da sicilia, caminhava uma vaca a perder carburante.
houve acesa discussão entre 2 camponeses por um monte de merda
assim vai a vida dos portugueses

radical livre

Anónimo disse...

Detesto ambiguidades que possam conduzir a pensamentos falsos.
Gosto do pão, pão, queijo,queijo.

Anónimo disse...

Una progressiva riduzione della violenza e dei dogmatismi e che favorisca il superamento di quella ingiustizia sociale che da questi derivano. Poderá esta ideia incluir-se,nomeadamente quanto aos dogmatismos,nos projectos do dr.Gonçalves para substituir o nosso sinistro "regime", e que os seus leitores,apesar dos apelos formulados,continuam a aguardar com ansiedade?

Anónimo disse...

O pensamento está em desuso e quase arredado do nosso ensino, e ainda há quem não acredite no desastre a que a nossa "sinistra" não só não põe fim, como ainda o agrava. E, pior, parece haver muita gente incomodada com os discordantes, aquela massa crítica sem a qual o charco não se agita e apodrece.