27.7.08

NOVAS ERAS


Por cada novo "investimento" que promete ou celebra, Sócrates fala numa "nova era". Teoricamente, ele e o imaginativo Manuel Pinho andam, há quase quatro anos, a inaugurar "novas eras" dia sim, dia não. Pinho, o proto-ministro da cultura, até fala em "direcção comercial de luxo" para se referir ao governo e à sua extraordinária "vocação negocial" com gente tão improvável quanto imprevisível. Em breve, no ano que se segue, haverá ocasião para avaliar as "novas eras", em tese abertas por Sócrates e pelos seus ajudantes "de luxo". Numa delas, lembram-se decerto, garantia-se cento e cinquenta mil novos empregos numa legislatura. O camarada de Sócrates que preside à Câmara de Évora estava muito contente porque a "nova era" que abriram ontem por perto representará mais não sei quantos postos de trabalho e menos desertificação alentejana. A ver vamos. Era bom que os nossos jornalistas, sempre tão atentos, venerandos e obrigados ao poder socialista, começassem a preparar dossiês, preferencialmente isentos, sobre o que deram as "novas eras" sugeridas por Sócrates em quatro anos. Onde estão, o estado em que encontram e os benefícios que trouxeram. Nicolau Santos, por exemplo, podia "coordenar" esse trabalho já que é tão levianamente impressionável por "anúncios". Aguarda-se o balanço.

8 comentários:

Carlos Medina Ribeiro disse...

Já repararam como o último grande anúncio, o do «automóvel eléctrico» (que até é um assunto sério, a longo prazo), morreu pouco depois de ter nascido?

Às iniciativas de Sócrates (sempre anunciadas com pompa e logo moribundas), aplica-se bem a frase de Eça:

«SALTA, REFULGE, MORRE!»

Anónimo disse...

tudo isto cheira que tresanda a nacional-socialista de sarjeta.
o delirante pinho e o silva do golpe de estado são arremedos de ministros da propaganda. o silva voltará no próximo ano ao agit-prop.
o lau e outros babam-se a falar da "nona era". a única que conheço é uma garagem da estrada de benfica.
se o povo não eleger um pm honesto significa que se sente bem com o clima permanente de vigarice que se vive em todos os domínios.
PQP

radical livre

Anónimo disse...

150 milhões é quanto a Embraier se propõe investir em Évora numa fábrica de componentes aeronáuticos criando não sei quantos empregos. A universidade, segundo o PM, vai abrir cursos para dotar esta área de gente especializada. O que nos leva para o fundo, numa viagem de regresso duvidoso, são os 970 milhões dos submarinos que o governo ainda não sabe como os vai pagar. Eu sei: vão sair do nosso bolso.

Anónimo disse...

Vamos ver qual será o desfecho final deste projecto. A Embraer avisa desde já que o resultado final pode eventualmente ficar bastante longe das expectativas agora anunciadas:
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=971878
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=621C46C0-F0C0-4D13-83DE-68B57421A2E5&channelid=00000011-0000-0000-0000-000000000011

Anónimo disse...

O rapaz Sócrates afunda-se cada vez mais no lodaçal das próprias declarações.
Não há dia em que não dê uma, salvo seja. Acontece é que é sempre pior do que a anterior.

Anónimo disse...

Hoje disse de manhã que estava a inaugurar a estrada que dá para a terra do seu avô materno e à tarde disse que os portugueses não percebem a política de saúde e que nem o pai dele consegue perceber.

Nuno Castelo-Branco disse...

Desculpem discordar, mas é melhor que nada. Andamos há vinte anos a ser irreversivelmente - até agora - a ser integrados em Espanha, para finalmente, voltarmos para onde a história sempre nos empurrou: para o Ultramar. Em sentido lato. Habituem-se.

Anónimo disse...

Infelizmente,os jornalistas portugueses, salvo poucas mas honrosas excepções, só têm capacidade para falar ou escrever sobre banalidades. E mesmo aí é uma tristeza.
È a vedeta X que se pôs debaixo do Y. É o homem que deu dois murros na mulher. É o jovem casal de namorados (amancebados, melhor dizendo) que foi passar umas estupendas férias à Martinica, durante as quais a moça achou por bem enrolar-se quanto pôde com um ricaço que conheceu no hotel. É a manifestação que teve lugar na cidade P da paneleiragem que reclama o direito à inversão.
É a discussão quase permanente das tácticas de futebol, focando até à exaustão e pondo a cabeça em água a quem gosta de futebol, mas não tem pachorra para ouvir das sete da manhã até às vinte e quatro horas, os elogios e as críticas ao 442, 433, 532, 424, 244 e escutar a conversa de jogadores que sabem comprar carros top de gama mas não sabem falar, dizendo sempre as mesmas baboseiras. E não vem um raio que os cale a todos.
Falar e escrever de coisas que realmente interessam ao país, procurar conhecer as razões que levam alguns a propalarem fantasiosas melhorias, para poderem denunciar as aldrabices, não é com eles. Isso dá muita canseira que não podem suportar.