«Por piores que as coisas estejam, Cavaco Silva tem razão quando diz que ainda poderiam estar pior. Esse ensaio de história virtual fez sorrir muita gente. Mas basta imaginar, em cima do descrédito financeiro, um presidente Manuel Alegre, decidido a vetar tudo aquilo com que ideologicamente não concorda e convicto de que a sua missão é estabelecer um monopólio político a favor de metade do país, contra a outra metade. Portugal não precisa de um presidente da esquerda, assim como não precisa de um presidente da direita. Precisa de um Presidente da República. Mas não tem o Presidente, como qualque cidadão, opiniões? Pois tem, mas tem, acima de tudo, uma função a cumprir. O Presidente não existe para beneficiar certos preconceitos, nem para substituir-se ao Governo, mas para zelar pelo normal funcionamento das instituições. É daquelas coisas banais a que, como a saúde, só verdadeiramente se dá importância quando falta. E acreditem: perante o grande desmanchar de feira que aí vem. convinha-nos que pelos menos as instituições funcionassem normalmente. Já uma vez o escrevi, e volto a escrevê-lo: Deus guarde o professor Cavaco Silva.»
Rui Ramos, Expresso
5 comentários:
é dificil ver um homem sério.
dois é fenómeno
O PR tem a obrigação de vetar leis que sejam um disparate pegado do principio ao fim. Por exemplo a disparatada legislação penal, ideologicamente super politicamente correcta, aprovada na legislatura anterior pelo PS e pelo PSD, que, pelo seu extremo facilitismo, contribuiu para piorar ainda mais a situação em Portugal no que diz respeito á criminalidade e para desmoralizar ainda mais as forças policiais.
Cavaco Silva promulgou sem fazer a menor observação essa legislação e posteriormente, quando começaram os protestos publicos contra essa legislação, limitou-se, quando interrogado sobre o assunto, a dizer que tinha havido bastante consenso em torno dessa matéria.
Será que Cavaco Silva zelou pelo normal funcionamento das instituições quando promulgou, sem critica alguma, aquela colecção mal alinhavada de disparates, rendendo-se ao facto de ter havido uma ampla maioria PS/PSD a aprová-los na AR ?
O "triste" ainda não percebeu que a eleição é para a presidência da república e não para as legislativas de dois mil e doze... e onze, perdão!
Rui Ramos obviamente pensa viver numa monarquia.
Parece que já não há ninguém vivo para se lembrar das sacanices e das malfeitorias que o PSD de então fez ao Sr. General Ramalho Eanes...
Agora são todos gente séria...
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