6.2.10

O BURACO


A propósito das notícias dos últimos dias que revelam de que estofo é feito o "estadista" que ocupa o cargo de chefe do governo de Portugal, a pessoa em causa falou em "jornalismo de buraco de fechadura". Como se fosse uma trivialidade o teor daquelas notícias ou a pessoa em causa um pobre cidadão anónimo e um coitadinho. Um ingrato, este "estadista". Então não foi o jornalismo, até o de "buraco de fechadura", que se encarregou de o promover anos a fio? Esta mania de fazer dos outros parvos um dia terá de acabar. Já enjoa.

Adenda: «Para além de degradar a sua função de forma inimaginável, Sócrates sairá pela porta baixa da perseguição e do ressentimento.» Já lá está.

10 comentários:

LUIS BARATA disse...

Depois do "homem sem qualidades", temos o "homem sem carácter".

António Luís disse...

João!

Nada fará cair o "estadista". Convença-se disso. Você, eu e outros como nós, somos burros a zurrar. Ele é superior. Paira acima dos mortais é intocável. Provas não faltam!
Tem cães raivosos a ladrar em sua defesa, em todo o lado, sobretudo "onde interessa"! Ele sabe disso e por isso passeia a sua imensa aura de "estadista" intocável, supremo, imortal!..
Ele tem protecção de todos os lados e tem, sobretudo, uma enorme cara de pau que o povo até aprecia!...
Mas concordo consigo...
Enjoa!
Muito!
Tanto! tanto!

Cumprimentos.

Anónimo disse...

é bem verdade o que diz, mas temos que esperar impavidos e "serenos" e aguentar todo este teatro

Anónimo disse...

Caro João,

toca aqui num ponto sensível, o do jornalismo que temos, que agora ataca o "estadista" como em tempos o insensou. O "estadista", como qualquer um de nós é um "pobre coitado" aflito; uma circunstância; o que sempre foi. Aquilo que como portugueses temos que compreender é que esta "circunstância" fomos nós que a criámos, quer activamente, quer passivamente, deixando que ela se criasse e desenvolvesse, coisa para que o jornalismo que temos contribuiu, e nós com ele, que somos sempre levados nas mesmas patranhas.

Mais do que perguntar se o "estadista" é o artista que sempre foi, deveríamos antes de tudo PERGUNTAR A NÓS PRÓPRIOS como cidadãos e eleitores, se o teríamos guindado a "estadista" se não fosse o artista que irremediávelmente é. PORQUE SEMPRE FOI. Disso tínhamos provas bastas e sabidas,de que se fez tabula rasa no período de namoro pré-conjugal e de lua de mel reformista...

Sir Arthur Bryant um estudioso de Samuel Pepys, já nos idos de 79, deixou-nos este livro (http://www.zillion.co.nz/listing/11993125/viewphoto/984419/) em que descreve a forma como o diarista famoso e um dos principais responsáveis pela construção do poderio naval britânico nos séculos seguintes,viveu o periíodo da revolução de 1686, o Pepys and the Revolution. Nesse livro, no final da introduçao (p.10) há esta frase:"History never repeats itself. But national caracter does."

Dou comigo a pensar, caro João, se vale sequer a pena debruçarmo-nos sobre a circunstância histórica deste "estadista" em particular, sem fazermos uma reflecção profunda sobre a outra circunstância histórica mais durável (todos nós e o nosso "carácter nacional", como lhe chama Bryant) que eleição após eleiçao guinda à posição de "estadista" sempre o mesmo tipo de Conde d'Abranhos.

Cumprimentos, e aos demais leitores.

Anónimo disse...

Parece que o pessoal da "comunicação" está a começar a virar o dente ao "dito cujo"... Mas isto é meramente conjuntural, porque eles gostam de promover publicamente bandalhos deste calibre. Agora, para o "dito cujo", talvez seja o fim do "namoro".

PC

Anónimo disse...

Os maiores crimes cometem-se dentro de portas no recato da "Famiglia"

Anónimo disse...

Até você, Gonçalves, até você tem feito comentário de "buraco de fechadura". A maior parte dos blogues o faz. De nada vos valeram os cursos superiores, a passagem pelas alfurjas da política mandante, o ar roncante com que falam de todos. Vocês são, de par com os políticos, o lixo do regime e de uma revolução mal parida.

hajapachorra disse...

alcapone, o moralista...

Nuno Oliveira disse...

Caro João,
Acho que é muito bondoso.
O sujeito a que se refere, que eu já nem com trocadilhos consigo mencionar, é verdadeiramente revoltante. O estômago dá voltas. Ele e os seus Lacaios. Enquanto no Reino Unido se retira uma braçadeira de capitão a um jogador de bola por ser infiel, cá temos um PR que assobia para o lado em nome duma pretensa e muito inexistente estabilidade a todo custo. Estabilidade que é posta em causa pelo mesmo a quem parecem querer defender neste momento. Estou espantado. Desiludido. Revoltado. Já não sei se vale a pena lutar. Isto é rídiculo.
Tomei uma decisão. Vou me por a milhas que os meus filhos não merecem isto...

Desisludido disse...

Nuno Oliveira,junte-se ao grupo.
Nasce-se português para isto?
Resta-me desejar-lhe boa viagem para as milhas que vai fazer!