Os senhores conselheiros Noronha do Nascimento e Pinto Monteiro, um presidente do STJ, e o outro PGR, são escolhidos de forma diferente. O primeiro é eleito pelos pares. O segundo é nomeado conjuntamente pelo governo e pelo PR. Se num caso os pares entenderam por bem preterir o conselheiro Santos Cabral (um excelente director da PJ varrido logo, e cautelarmente, em 2005 pelo regime) pelo actual titular, já quanto a Pinto Monteiro nada obriga Cavaco a manter o apoio político a tal improvável figura. É que, pelos vistos, o do PR não lhe é necessário. Basta-lhe o do governo.
6 comentários:
Este presidente do STJ e este PGR são para rir. Se não fossem para chorar. A miséria humana (e o oportunismo puro... e sobretudo o medo atroz de ser escorraçado quem vive de e para o regime) não tem limites. Quem dele (regime) beneficia para a vida - e quem por conluio com os poderosos possui a coluna vertebral cada vez mais curva - é por demais conhecido dos portugueses. Mas o que é verdadeiramente dramático é a ausência total de Justiça no nosso país perante casos gritantes de polícia, possibilitando a quem comete os crimes (todo o tipo de crimes, desde os de colarinho branco aos de sangue, incluíndo os mais repugnantes) de prosseguir calmamente o seu caminho sem se preocupar um segundo em disfarçar os seus desprezíveis actos. Mas ainda pior do que tudo isto, se tal é sequer possível, é o total amorfismo do povo português.
Maria
a Geheime Staatspolizei está nas mãos do pm
O grande poderio da América, por incrível que pareça, não é a sua extraordinária capacidade militar e/ou nuclear.
A grande força da América, desde a sua fundação é a sua Justiça (embora com desvios e defeitos, ao longo dos tempos).
Lá, ninguém está acima da Lei, nem um Presidente.
Quando a Justiça leva um cidadão, uma empresa ou uma organização a fórmula utilizada é Sr.X versus People.
Em Portugal, cada casta ou grupo social tem o seu «sistema de justiça».
A Constituição da República não é mais do que um livro de fábulas.
Mas os portugueses merecem isto e muito mais ( o Prof.Salazar foi o melhor intérprete da alma «rascofe» do portuguesinho...).
Depois de ter ouvido o Cavaco Silva hoje, sei que vivo num país sem futuro.
Acobardou-se.
Em qualquer outro país o PM teria sido chamado imediatamente a Belém (ou à Beira Baixa) para dar explicações.
Mais um a enfiar a cabeça na areia. Triste este país e a sua sina...
Volta Sampaio que estás perdoado...
Tem-se agora a certeza que a "ausência de indícios da prática de qualquer crime" apregoada pelo Sr.PGR deveria ter sido melhor explicada.
Estes conselheiros existem mesmo ou saíram de um romance do Eça?
J. Costa
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