Faço uma ligação para este post de Filipe Nunes Vicente para não ter o exclusivo de ligações através dos blogues da bajulação untuosa, sistemática e estúpida do regime. Mas a circunstância de ter tais ligações tipicamente revela alguma ingenuidade por parte do seu autor. Com este regime - leia-se, com Sócrates - não há distinção entre a manipulação dos media pelo poder e o cerceamento da liberdade de expressão. Ou, melhor, nunca se levou tão longe a paranóia controleira e o ataque deliberado e profissionalizado à liberdade de expressão. E com uma diferença importante. Sócrates, porque é um produto dela, teve geralmente boa imprensa. Cavaco raramente, quer como chefe do governo, quer como PR. Também não gosto de muitos jornalistas, bloggers e comentadores, mas jamais me passaria pela cabeça, fosse algures poder, mandá-los calar por interpostas negociatas ou com a complacência pastosa de outros poderes. Prefiro o conflito à paz dos cemitérios. No "fascismo", toda a gente sabia com o que é que podia contar e com o que é que não podia contar. Você, FNV, pode dizer, sem hesitações, com o que é que pode contar ou deixar de contar com esta gente dissimulada e inequivocamente perigosa?
14 comentários:
A coisa é essa mesma. É o problema da dissimulação. As fontes desses senhores, e até do PSD está na organização leninista. Eles sabem que não está conforme o programa dos sesu próprios partidos, mas depois agem conforme organizações secretas que gizam palnos à revelia das pessoas. O mais grave é que a democracia por vezes tem as defesas fracas.
Qualquer cidadão tem o direito de se indignar com tamanhos atropelos à Justiça e de clamar bem alto a sua indignação. Quando tanta gente parece preocupada com o que pensam as instâncias internacionais sobre o País, que sinal é dado ao estrangeiro com tamanho acto de degradação nas nossas mais altas instituições? A actuação infundada e contrária aos princípios gerais do direito do procurador geral da republica tem que ter consequências. A não existirem, ter-se-á chegado ao mais elevado grau de descrédito, de degradação e corrupção institucional do nosso sistema político a partir do qual tudo é possível e aceitável. Chamem-lhe o que quiserem mas não lhe chamem Democracia. O Presidente da Republica tem a obrigação e o dever patriótica de alertar os portugueses para estes atentados ao Direito e de imediato retirar a sua Confiança ao procurador geral da republica.
Fico pasmado como ainda há tanta credulidade, espírito de boa vontade e benefício da dúvida, em relação ao Sr.Sócrates, quando todo o seu «histórico» neste particular, enquanto governante, é simplesmente aterrador e explicitamente pornográfico.
Num país decente - que não é o caso de Portugal - o PR ou a AR já teriam destituido o PM.
E não me venham com o argumento estafado e assaz desculpabilizante da «estabilidade», da «governabilidade», da «crise internacional» e outras tretas.
Há valores mais altos que se alevantam.
A dignidade das instituições e a honorabilidade dos povos.
Prefiro ser pobre mas honrado!
Na sua raíz os totalitarismos sempre se alimentaram da dificuldade (ou incredulidade)da "gente normal" em perceber a progressiva transformação da essência do regime politico.Quando a percebem ,já é tarde.Começa com umas restrições desagradáveis a indivíduos atomizados(será que afinal eram culpados de qualquer coisa?).Sabemos como acaba.
Sim, mas também sabemos como historicamente se convocou o lobo sempre que deu jeito ( Lenine er amuito bom nisso).
Filipe... anda a ler muito Vasques que é um obcecado pelo busto do Lenine. O que eu sei é que os vejo do lado errado "desta" história, a de Portugal, ano da graça de 2010. O resto é "literatura", que Deus e a literatura me perdoem.
se ...bem me "alembro" o hino do ppd começava
«pão, paz, liberdade»35 anos depois nada temos
«bandeira da liberdade / caiu no mar foi no fundo, /todos peixinhos gritaram/ viva dom pedro segundo»
«liberdade, liberdade,/quem nada tem chama-lhe sua. / eu não tenho liberdade/ nem de por o pé na rua»
qualquer comentário pessoal seria impróprio para consumo
O Filipe aparece amolecido e "enquadrado" nessa posta. É como se, Benfiquista feroz que é, aparecesse de repente a atenuar Pinto da Costa com desculpas como as longas décadas de calhabotes inevitáveis em favor do seu clube aquilino. Estranho!
O pior dos políticos é aquele que finge ser uma pessoa. A PIDE não fingia ser nada.
Mobilização nacional contra esta "pouca vergonha"!!!
http://clubedasrepublicasmortas.blogs.sapo.pt/292624.html
PC
Esse FNV deve ser um ingénuo, um mal informado ou, então, um alinhado com a mentira socialista. Ainda me lembro que no tempo do Cavaco havia o Independente, o Público, O Jornal e outros que lhe davam forte e feio. Mesmo o DN e A Capital não eram nada meigos com ele e a RTP seguia o padrão institucional, obviamente sempre discutível. Agora, temos a informação de padrão afinado pela propaganda governamental e talvez isso ajude a explicar por que ultimamente se vendem tão poucos jornais. O jornalismo alinhado é aquele que melhor cava a sua sepultura.
A blogosfera socretina está a rejubilar com esse post do FNV.
Trata-se de uma espécie de refrigério, mas sem substância.
Por um motivo simples: FNV não tem razão. Qualquer director ou colunista de jornal da época de Cavaco primeiro-ministro pode comprová-lo.
Com "inimigos" como FNV, o falso engenheiro não precisa de amigos.
Caro João Gonçalves,
Como cidadão, fico-lhe grato por ter linkado este post aqui no PdosP. Esse facto, permite-me também aqui partilhar o comentário que deixei no Mar Salgado.
«Tenho-me por alguém com boa memória.
A sua argumentação não pode servir para relativizar a gravidade do que vimos acontecendo. Assistimos a tentativas desse tipo nos governos de Cavaco (com muito pouco sucesso, diga-se...), Durão Barroso e PSL.
Claro que é evidente que todo o poder dificilmente cede à tentação de, podendo, influenciar a opinião divulgada. E essa tentação varia na razão directa do peso do estado na economia.
Agora nunca, desde o PREC, assistimos a algo parecido, na extensão e na intensidade, a esta estratégia concertada, mafiosa, de tudo controlar e a tudo recorrer para afastar, seguindo os ensinamentos leninistas, quem ouse discordar. Sobretudo, quem ouse pôr em causa o carácter, sim, o carácter, do primeiro-ministro.»
As graçolas de um saloísmo provinciano à moda do Choupal,não são o pior destes vicentes sempre em bicos de pés quando vêm à cidade blogosférica.O pior é a sua permanente disponibilidade para fazerem fretes e serviços a quem,na circunstância,lhe bata palmas pela sua "independência".Apenas um pequeno traste,que não aquece nem arrefece,por falta de estatuto.
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