7.2.11

UM LIMITE


Ana Benavente, uma militante do PS que já foi "ajudante" na educação nos idos de Guterres, "reparou", ao fim de seis anos de socratismo interno e externo, que a coisa é um logro. E mais do que um logro, algo que instituiu um "sistema" muito parecido com os princípios do centralismo democrático da antiga União Soviética no PS. É evidente que a nomenclatura, tão bem representada pelo dr. Almeida Santos, tratará* Benavente como mais uma "indivídua" desqualificada que não representa qualquer oposição interna. Provavelmente é assim. Mas é pena que mais militantes do PS - conhecidos, menos conhecidos e sibilas escondidas que mandam nos bastidores e que deviam ter determinadas obrigações morais e intelectuais - se calem ou, em alternativa como Benavente, acordem tarde. Sócrates exibe um trunfo que silencia todos os pusilânimes dependentes: poder. Dele e o que pôde distribuir fartamente. Numa sociedade primitiva e acéfala como a nossa (e em que os partidos mal passaram da época das cavernas) isso pesa, e muito, mesmo que se imponha (como se impõe) um limite.

Adenda: A versão insular do "centralismo democrático-socrático".

*Um leitor atento esclareceu, por email, que «uma espécie de cão menor apareceu entretanto a ladrar nos noticiários contra Benavente. Tal como o cão maior rosnou contra Carrilho com afiadas sibilantes, também este ladrou que Benavente só atacava o Grande líder leninista por "ressentimento".» Não sei a quem alude o leitor mas não gosto de ver os cães, maiores ou menores, maltratados.

10 comentários:

asinus disse...

O seu comentário é injusto para com a Ana Benavente. Há mais de três anos que critica publicamente Sócrates e o seu PS. Para quem tanto defende o rigor...

Hermitage disse...

ASSOEM-SE SFF

O problema não é sócrates, o problema são os portugueses.

Quando reelegeram sócrates, rejeitaram Manuela.

Quando sabiam que não podia haver tgv, pontes, aumentos de salários, rejeitaram Manuela.

Quando ouviram trovões ao longe anunciando a tempestade de hoje, rejeitaram Manuela.

Quando lhes falaram de doces framboesa em vez de abstinência rejeitaram Manuela.

Quando lhes disseram que a escolha não era entre um mister footing e uma miss enrugada, rejeitaram Manuela.

Quando lhes prometeram o paraiso, rejeitaram Manuela, que prometia o purgatório.

Os portugueses adoram o inferno e as cavernas disquerda.

Assoem-se, sff.

Processo de Bovinização em Curso disse...

Carlos César, pelo menos demonstra que, ao contrário da carneirada continental, não ensadeceu.

Aqui, no Portugalório, como diz o João, o que está a dar é cortar nos salários e subir os spreads para os fdp's dos banqueiros!

Anónimo disse...

Respeitinho!

Ana disse...

Incrível e de muito baixo nível o seu subterfúgio. Invocar o esclarecimento de um leitor prestado por email - que não sabemos se existiu ou não, quer o esclarecimento quer o email - para chamar de cão a uma nomenclatura que, em sua opinião, tem no dr. Almeida Santos o seu expoente máximo é de facto muito baixo.

Com opiniões assim - que precisam de recorrer ao insulto para existirem - é que nós estamos bem.

joshua disse...

Mastins políticos e cães de fila mafiosos são, em geral, temíveis. Insulto? Onde está o insulto na hipérbole?

Anónimo disse...

É efectivamente injusto para os cães - fabulosos companheiros, sempre 'sorridentes' e amistosos. Quando muito, a tal nomenclatura merece é a qualificação de 'bando'; o senescente-almeida a designação de 'padrinho' e pinto-de-sousa, mais os seus esbirros, o nome de 'rufias': o discurso do chefe-sócrates é não só norte-coreano-leninista como também é rudimentar, tosco, mentiroso, infantil e ameaçador; proferido entre aplausos canalhas, esbracejares e gesticulares violentos (e não unificadores ou apaziguadores); sem qualquer segurança, certeza ou bonomia. Se Benavente e Carrilho referem, com maior ou menor atraso face às evidências, a falta de democracia e a vacuidade da liderança-do-querido-líder - ele logo se apressa a largar os tais "cães" às canelas dos críticos; trata-se sim de caceteiros, marginais da política e rufias do regime como Capoulas-Santos (uma outra raça de 'Santos') e Santos-Silva (uma outra espécie). Quanto ao Santos original (Almeida), nem as mais vis personagens de Shakespear se lhe equiparam. O PS não tem ideias, não tem debate e não tem objectivos que não sejam ligados directamente ao saque e à sobrevivência. E ainda vão ter tempo de sugar mais algum.

Ass.: Besta Imunda

Isabel disse...

Na minha opinião, La Benavente pouco se distingue de La Gomes e não deve ser colocada no mesmo saco de Carrilho. Foi detestável enquanto Secretária de Estado, digna representante da "ala esquerda " do PS. Boa representante da crença no "Bom Selvagem",dificultou ao máximo a acção disciplinar contra os "bullies" escolares, promoveu a burocratização da função docente e é a prova viva de que nem todos os que contestam o vilão deixam de ser vilões. Quanto aos cães, se ofensa existir, terá sido feita aos nossos amigos de quatro patas.

Anónimo disse...

Benavente, Coruche, Samora Correia, e Santarém...tudo bichos da mesma raça.

Gallião Pequeno disse...

O regime socrático ainda vive porque há por aí alguns que são piores que os cegos que não querem ver.
Hoje pela manhã ouvi, sem querer, um tal Gobern que de jornalista nada tem e como comentador é tão isento quanto os mais ferrenhos tempos de antena partidários. É para isto que todos pagamos? E este dinheiro fazia tanta falta a outras tantas famílias!